Política
Emanuel quer desestabilizar a gestão do próximo prefeito
O deputado estadual Paulo Araújo (PP) afirmou que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao solicitar junto à Câmara Municipal a autorização para um empréstimo de R$ 139 milhões no Banco do Brasil. Além disso, considerou que o pedido é uma tentativa de prejudicar a gestão do próximo gestor.
O prefeito não tem condições para propor ação de melhoria em Cuiabá, porque as pessoas não confiam na gestão dele. O ciclo do Emanuel tinha que ter terminado faz muito tempo
A Lei de Responsabilidade fiscal tem como objetivo garantir a saúde financeira – inclusive para os próximos gestores – de Estados e municípios através do monitoramento anual das finanças e da aplicação adequada de recursos.
O empréstimo foi aprovado em julho por 16 votos favoráveis e 4 contrários. De acordo com o prefeito, o recurso será destinado às obra do Contorno Leste e Mercado do Porto, além da pavimentação de ruas e instalação de placas solares.
O Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), entretanto, barrou a medida porque a gestão municipal não detalhou seu custo-benefício e o interesse econômico-social.
Ao analisar a condição administrativa da Capital, Araújo classificou Emanuel como incapaz de administrar e citou dívidas com prestadores de serviço.
“Acredito que o empréstimo fere a Lei de Responsabilidade Fiscal no final de mandato, tendo que fechar contas. As contas de Cuiabá foram reprovadas [pelo TCE] com déficit orçamentário superior a R$ 1 bilhão e com um prefeito sem capacidade de honrar compromissos. Tivemos problemas de inadimplência da Prefeitura com prestadores que culminou com o encerramento de serviços”, disse.
“A meu ver, a tentativa do Emanuel Pinheiro [ao solicitar o empréstimo] é desestabilizar de todas as formas a gestão do próximo prefeito. Na linguagem da política, a gente fala que ele quer ‘colocar um jabuti’ na próxima gestão. Ele tenta inviabilizar, porque sabemos que, pelo tempo que o Emanuel tem [restando] para gerir a cidade, dificilmente conseguirá ter êxito naquilo que se propõe a fazer”, acrescentou.
Araújo considerou que o prefeito não tem condições de propor ações administrativas porque enfrenta uma crise de credibilidade. O deputado completou dizendo que, enquanto Emanuel comandar o município, os cuiabanos sofrerão prejuízos da má gestão.
“O prefeito não tem condições para propor ação de melhoria em Cuiabá, porque as pessoas não confiam na gestão dele. O ciclo do Emanuel tinha que ter terminado faz muito tempo, mas infelizmente tem mais alguns meses. A população sofrerá na gestão dele e torcemos para que acabe”, concluiu.
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