Política
Lula quer liberar bandido, mas não libera patriota sem acusação
A senadora Rosana Martinelli (PL) afirmou que o presidente Lula (PT) prefere “liberar bandidos” ao invés de patriotas que manifestaram no dia 8 de janeiro, quando ocorreram ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília. Segundo a congressista, a maioria dos manifestantes não participou da depredação ao patrimônio público.
O presidente quer fazer um indulto para reduzir a superlotação. Quer liberar criminoso que matou, mas não libera patriotas que não têm acusação formal, isso não pode acontecer
A crítica surgiu porque o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), ligado ao Ministério da Justiça, propôs ampliar o perdão de pena a criminosos. A proposta seria uma estratégia para amenizar a superlotação nos presídios.
“O presidente Lula quer fazer um indulto para reduzir a superlotação. Quer liberar criminoso que matou, mas não libera patriotas que não têm acusação formal. Isso não pode acontecer, então por isso estou defendendo essa causa”, disse.
“Não podemos passar pano em cima da cabeça das pessoas que cometeram crimes, mas a maioria estava lá, defendendo o direito a liberdade e isso nos é garantido pela Constituição”, acrescentou.
Martinelli é autora do projeto de lei 2706/2024, que prevê anistia aos manifestantes, caso eles não tenham registros criminais e comprovação de que depredaram o patrimônio público. Ela negou que a proposta normalize a violência, pois exige evidências do crime.
Além disso, afirmou que a Justiça está atuando com lentidão na análise dos processos e violando os direitos humanos dos acusados.
“A maioria não cometeu crime [depredação]. Eles [do Judiciário] sabem quem foi, têm imagens e que punam quem cometeu essa agressividade. Nosso projeto não contempla pessoas que cometeram ilegalidade, mas muitos estavam nos acampamentos, foram levados e estão sendo julgados como se estivessem na depredação. Isso não é justo, não podem colocar todos em uma vala comum”, comentou.
“Os advogados [dos acusados] não têm resposta, fazem os pedidos e não são atendidos. Muitos levam meses [para serem respondidos]. Isso não é justo, está violando os direitos humanos, muitos tornozelados estão sendo prejudicados, porque não conseguem trabalhar. As pessoas estão sendo julgadas e pegando pena pesadíssima de 17 anos, chega a ser crueldade”, completou.
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