Mato Grosso
Audiência cobra melhor qualidade de serviço da Energisa na região de Paranatinga
Instabilidades e apagões estão entre as principais queixas relatadas por moradores da região de Paranatinga, durante audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso, em Santiago do Norte, zona rural do município. O encontro aconteceu na última sexta-feira (8) e reuniu população e autoridades de toda região para discutir a viabilidade da construção de uma subestação, além de cobrar da concessionária de energia elétrica Energisa melhor qualidade na prestação de serviços.
Para o deputado Elizeu Nascimento (PL), que requereu o debate, a reunião obteve resultado positivo já que o representante da Energisa esteve presente e acolheu as demandas apresentadas. “Nós atendemos aqui um pedido da população que está novamente sofrendo com falta de energia. O povo teve esse espaço de diálogo com o representante da empresa para discutir soluções. Cabe a nós, da Assembleia Legislativa, o deputado Eliseu, estar acompanhando de perto as medidas que foram propostas”, afirmou o parlamentar.
O deputado, que esteve à frente da CPI Energisa, explicou que essa foi a segunda vez que acompanhou uma negociação entre a empresa e os moradores da região para melhorar o serviços. “Na primeira ocasião, junto com os representantes da concessionária, conseguimos fazer melhorias que resolveram os problemas”, relembrou. Agora, segundo ele, a cidade cresceu e houve um aumento na demanda elétrica. “A intenção agora é discutir a viabilidade da instalação de uma subestação para resolver de vez esse problema, porque a região está crescendo rápido e necessita de suporte para o desenvolvimento”, defendeu.
O assessor institucional da Energisa, Luís Carlos Moreira Junior afirmou que a empresa está comprometida em construir uma solução tanto para resolver os problemas de distribuição quanto para estudar a viabilidade de uma subestação. “Nós viemos ouvir e acolher as demandas para tentar entender o que está acontecendo e como segunda parte dessa ação, deixar um grupo de trabalho para que possa colher mais informações e estudar a viabilidade da substação”, adiantou. “Lembrando que, para que a Energisa possa construir uma subestação é preciso obedecer a uma série de critérios regulatórios e é para isso que a gente está aqui também, para que a gente possa explicar como funciona e o que precisamos avaliar para decidir a viabilidade dessa obra”, considerou.
Para João Marcelo Forgiarini Fernandes, coordenador e representante do prefeito eleito de Paranatinga, o resultado da audiência foi considerado muito positivo. “Da nossa parte, da transição e do futuro governo, nós vamos providenciar tudo que for necessário para auxiliar nos trabalhos para resolver esse problema, que muito nos preocupa”, afirmou. “A região de Paranatinga é muito extensa, sofre com problemas de energia, principalmente nessa região de Santiago, Salto da Alegria e Boa Vista, que ficam mais distantes da sede do município, mas que está despontando no estado como uma região de desenvolvimento econômico imensa e necessita de um projeto que acompanhe essa demanda e não de soluções provisórias”, defendeu.
Segundo a representante dos moradores e comerciantes de Santiago do Norte, Claudiane Cestare, a região tem 200 fazendas e três assentamentos, totalizando 15 mil moradores. “É uma comunidade pequena, só que ela está se desenvolvendo. Surgiram muitas fazendas nos últimos anos, desenvolveram muitos assentamentos, o Salto também desenvolveu bastante, que é o distrito do Salto da Alegria, e a gente aqui só está expandindo cada vez mais. A gente precisa de melhorias para dar qualidade de vida aos nossos e para impulsionar a economia”, explicou.
Uma das principais queixas, segundo ela, é quanto aos prejuízos com equipamentos e eletrodomésticos queimados com a oscilação na rede de abastecimento. “Todo mundo está tendo prejuízos, os comerciantes têm prejuízos com a perda de mercadorias que precisam manter resfriadas. As famílias que são de baixa renda têm ainda mais prejuízo porque queima a geladeira, queima a máquina, queima o ventilador e não têm condição de comprar um novo e nem onde reclamar”, explicou.
O representante da Energisa se comprometeu a viabilizar um suporte para atender as notificações de danos aos equipamentos e avaliação para indenizações de aparelhos danificados pelas oscilações. “Já retorno com esse compromisso de ver uma forma para atender, seja programando visitas técnicas periódicas ou instalando um escritório regional para atender essa demanda aqui para os municípios próximos”, afirmou o assessor institucional.
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