Várzea Grande

Coordenadora da Sesp fala sobre o trabalho da Lei Seca em Mato Grosso

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A coordenadora do Gabinete de Gestão Integrada, responsável pelas operações em Mato Grosso, tenente-coronel PM Monalisa Furlan, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, concedeu uma entrevista  ao portal Parlamento News, para falar sobre as principais ações desenvolvidas pelo governo estadual, quanto a Lei Federal Nº 11.705/08, que estabelece regulamentações rigorosas para o consumo de álcool e direção no país.

Segue a entrevista:

Parlamento News – Quando  iniciou o trabalho da Lei Seca em Mato Grosso?

Monalisa Furlan – No mês de fevereiro deste ano, a operação em Mato  Grosso completou dez anos. Desde o ano de 2014, foi instalada a Câmara Temática de Trânsito com os especialistas das instituições de Segurança Pública e também em conjunto com os profissionais do sistema de Justiça.  Diante da problemática gigantesca que nós temos no estado, que são as questões envolvendo morte e acidentes de trânsito, foi identificado que uma das principais causas eram as questões envolvendo embriaguez ao volante, principalmente quando o resultado é morte. Naqueles acidentes mais gravosos.  Então, a partir daí, foram desenvolvidas as operações de Lei Seca no estado, iniciando aqui em Cuiabá, Várzea Grande, de forma tímida, de acordo com a estrutura que se tinhamos na época.

Parlamento News –  E hoje, como está?

Monalisa Furlan – Ao longo do tempo, trabalhamos  a expansão desse projeto, a conscientização, tanto dos profissionais da segurança pública, por ter uma atenção maior direcionada ao trânsito, principalmente essas questões envolvendo acidentes. Buscamos  identificar ali se havia algum indício relacionado a embriaguês do condutor ao volante,  quando tem essas situações mais gravosas.

Parlamento News – Como está esse trabalho nos municípios mato-grossenses ?  

Monalisa Furlan  O trabalho tem sido intensificado em Cuiabá, Várzea Grande, Sinop,  Sorriso, Rondonópolis , Barra do Garças, além de outras cidades do interior.

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Parlamento News –  Há algum levantamento sobre essas operações?

Monalisa Furlan –  Sim. O balanço  mais recente mostra que mais de 5,5 mil pessoas foram presas por embriaguez ao volante, em Mato Grosso, durante as operações da Lei Seca realizadas entre 2019 a 2023. Nesse período, foram 728 operações coordenadas pela Sesp, em parceria integrada com instituições estaduais e municipais. As operações foram ampliadas nos últimos cinco anos a partir da determinação do governador Mauro Mendes de tolerância zero para motoristas alcoolizados no trânsito e passaram a ser referência. Nessas ações, um total de 74 mil pessoas passaram pelo teste de alcoolemia e 23.950 veículos foram removidos.  Diante do estudo, em todo o estado de Mato Grosso, verificamos alguns municípios que tinham uma incidência maior de mortes em incidentes de trânsito. Dentro desse projeto das operações Lei Seca, buscamos a  parceria com os municípios, até porque havia necessidade de estruturar, objetivando essa questão de afastar a sensação de impunidade.  A gente  precisava de uma estrutura robusta e que pudesse dar todo o aparato ali do início ao final, aquela sensação às pessoas, que estavam sendo abordadas e eventualmente identificadas ali com alguma situação,  ou questões até mesmo de crimes de forma geral, também envolvendo infrações de trânsito.

Parlamento  News  – Os municípios estão estruturados para  receberem essas operações?

Monalisa Furlan – Os municípios precisam de estrutura, para que possamos  fazer as operações, tal como é hoje.  Então, de acordo com a estrutura municipal, é necessário fortalecer, por meio de termos de cooperação, a parceria com as cidades. Exemplificamos os municípios de Sinop, Sorriso, Barra do Garças, Cáceres, Alta Floresta, Rondonópolis e Tangará da Serra, onde as operações já estão sendo feitas.

Parlamento News – Sobre essa parceria, quais instituições participam?

Monalisa Furlan – A parceria é fortalecida  pelas  instituições da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, as equipes de fiscalização do Detran, Codetran, Semob Cuiabá, Ministério Público, Polícia Rodoviária Federal, agentes municipais de trânsito.   Pois todo esse aparato vem buscando a redução de crime de trânsito, principalmente envolvendo a embriaguês no volante.  E aí, a partir daí,  também, conseguimos a identificar outras causas.  Ao longo desse período de expansão dessas operações, teve uma redução dos acidentes envolvendo a embriaguez ao volante.  No entanto, percebemos  uma quantidade muito grande de mortes na rede de trânsito, só que com outras causas também.

Parlamento News  – Como assim? 

Monalisa Furlan  Por exemplo, envolvendo situações de motociclista, falta de atenção. Recentemente, houve uma reportagem, até eu posso passar para vocês. Aproximadamente 50% dos condutores de veículos hoje não são habilitados. Então, como uma pessoa vai conseguir ter noção de todas as legislações de trânsito devidamente estruturadas, todas as situações  há necessidade dessa conscientização, se a pessoa sequer é habilitada.

Parlamento News  – Quando as operações  são realizada nos municípios, a Sesp realiza algum outro tipo de trabalho de consientização voltadas às pessoas que são dependentes químicos?

Monalisa Furlan Vou ter explicar como  funciona a expansão dessas operações.  Uma vez identificado, há um cronograma dos municípios em que fomenta essa estruturação.  Firmada essa parceria com o Executivo municipal, considerando a estrutura local e que a gente consiga rodar essa operação de forma completa, formalizado o termo.  Deslocamos uma a equipe estadual. O atendimento é realizado pelos profissionais das unidades especializadas da capital. Eles deslocam até esses municípios, fazem  a capacitação com os profissionais da Segurança Pública, da  fiscalização de trânsito, que vão atuar constantemente junto no município. Com todas essas frentes, tanto a parte operacional quanto a parte educativa, e, em conjunto com a coordenadoria de educação do  Detran.  Existe esse fomento de capacitar esses profissionais para que consigam fazer palestras.  Essa frente de atuação é mais direcionada para a população local.

Parlamento News  – Em quais áreas atuam esses profissionais e que tipo de palestras a Sesp realiza às atividades  da operação?

Monalisa  Furlan – Na capital, as unidades especializadas disponibilizam os profissionais da Polícia Militar, da Polícia Judiciária Civil, e do Detran.

Parlamento  News – Há profissionais da Saúde que fazem esse trabalho pela secretaria?

Monalisa Furlan – Começamos a trabalhar com profissionais da Saúde, mas em parceria.  Esse projeto é mais sistematizado dentro do Sistema de Segurança Pública. Na Saúde, trabalha-se de forma local  Em Cuiabá tem a Secretaria de Mobilidade Urbana, tem profissionais da área de educação no momento. Eles vão fazer palestras e tudo mais. Tem um direcionamento para essa área de dependência química e outras questões também envolvendo algo.

Parlamento News – O levantamento mais recente da Sesp, diz que  74 mil pessoas passaram pelo teste de alcoolismo.  Como avalia e  quais ações  serão aplicadas pela secretaria  até o fim de ano?  

Monalisa Furlan Vamos dar continuidade nas operações no formato de fiscalização. Também tem-se buscado realizar até o final do ano,  algumas ações educativas, principalmente para rodovias estaduais, federais, objetivando ainda, a conscientização de profissionais que fazem o transporte de mercadorias, de cargas. Enfim,  estão envolvidos diretamente em acidentes mais gravosos.



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