Cidades
Estudante da Unemat faz saudação nazista e é acusado de racismo; veja posts
Gabriel Evans Fedrigo Albino, estudante do curso de Agronomia da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) – campus Nova Mutum (a 243 km de Cuiabá) – é acusado de prática de racismo, nazismo e misoginia ao responder a uma publicação na rede social de outra acadêmica da Unemat. O conteúdo tratava sobre o caso em que um policial militar de São Paulo jogou um homem de uma ponte, durante abordagem. O estudante chegou a chamá-la de “petista” e completou dizendo: “Viva Bolsonaro, que dizimava negroooos kkkkkkkkkkk” (sic).
Um vídeo, publicado pelo criador de conteúdos digitais Gustavo Brito, mostra o registro de toda a conversa entre Evans e a estudante. Em resposta ao comentário citando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a jovem enviou: “Quando cê (sic) for chorar assim, manda áudio”. Ao que o estudante de agronomia enviou um áudio dizendo: “Ei, gostosinha, cala a boca” e em seguida enviou outro áudio com a saudação nazista: “Heil Hitler”.
Reprodução
Campus da Unemat em Nova Mutum
A jovem se mostrou indignada e disse que Gabriel Evans só “fala b*”, momento em que ele envia uma sequência de áudios questionando se ela estava “preocupada com preto” e em seguida enviou: “Preto que se f*… o que importa é dinheiro. Hoje em dia ninguém liga pra preto, não. Preto, branco amarelo… gay, LGTV [uso pejorativo da sigla LGBTQIAP+]. Ninguém liga mais pra isso, não. Povo tá ligando pra dinheiro (sic)”.
Após essa conversa, a acadêmica encaminhou prints ao criador de conteúdo, que fez a exposição de Gabriel Evans. Após a repercussão, o acadêmico de Agronomia foi perguntar se a colega havia enviado a conversa deles para alguém. Em seguida, enviou um áudio dizendo que tudo não passava de uma “brincadeira”. A jovem respondeu que ele foi racista e fez apologia ao nazismo “de graça”.
“Eu falei aquele trem lá, zoando. Não falei sério. Você sabe que eu falei brincando e você explanou. Mas beleza, velho, não fiz isso pra te ferir, nem nada, e você quis me explanar, só mostrou o que era conivente a você e aí fez isso (sic)”, disse Gabriel Evans em outro áudio.
Veja, abaixo, o vídeo postado pelo criador de conteúdo, que expõe as falas de Gabriel Evans:
Movimento estudantil acompanha caso
Em resposta, o movimento estudantil Levante Popular da Juventude, a União Estadual dos Estudantes de Mato Grosso (UEE-MT) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Unemat de Diamantino (a 201 km de Cuiabá) compartilharam um vídeo de repúdio “às falas racistas, misóginas e nazistas” de Evans, destacando que o movimento estudantil usará esse caso como um “pontapé inicial, para que não seja mais aceito nenhum tipo de opressão com nossos alunos”.
“Que a nossa Unemat aprenda que questões como essas não devem ser passadas como casos isolados ou um caso que não tenha a sua devida importância. Para que a nossa universidade produza ciência e ensino de qualidade, respeitando os povos deste estado e a diversidade que essa universidade tem dentro dos seus quadros”, disse o vice-presidente da (UEE-MT), Irineu Marcelo, por meio de vídeo – veja vídeo abaixo:
Irineu disse ainda que entraram em contato com a assessoria jurídica e parceiros no campus de Diamantino, assim como em campus de outras regiões, para incentivar que este e outros casos de racismo, dentro da Unemat, sejam expostos, sendo eles praticados por alunos e/ou por professores da instituição.
Reprodução/Instagram
Estudante publicou nota se defendendo
Antes de privar sua rede social, Gabriel publicou uma “nota de esclarecimento” dizendo que suas falas foram “descontextualizadas e utilizadas de má-fé” para prejudicar sua imagem. Afirmou ainda que sua “brincadeira de mal gosto” foi feita com uma pessoa em que ele confiava e, segundo ele, ambos faziam “brincadeiras mútuas”.
“Tenho família descendente de indígenas, logo, não atacaria de forma alguma qualquer raça, etnia ou sexualidade de pessoas, pois estaria fazendo isso comigo mesmo”, disse Gabriel em seu pronunciamento – confira a postagem na íntegra ao lado.
Unemat se pronuncia
Em nota, a Unemat informou que recebeu a denúncia de um “suposto caso de racismo” e que está tratando a situação com “a seriedade que ele requer”. Além disso, disse que o racismo é inaceitável e contrário ao que a universidade defende e que “não tolera comportamentos discriminatórios de qualquer natureza”.
Confira a íntegra da nota da universidade:
“A Unemat recebeu a denúncia sobre um suposto caso de racismo ocorrido dentro de nossa comunidade acadêmica. Queremos deixar claro que estamos tratando este assunto com a seriedade que ele requer.
Racismo é completamente inaceitável e contrário a tudo o que defendemos. Como instituição comprometida com a igualdade e o respeito mútuo, a Unemat não tolera comportamentos discriminatórios de qualquer natureza.
Em respeito aos alunos envolvidos no possível ato, vamos suprimir postagens em que o nome de estudantes sejam citados, até que os fatos sejam devidamente apurados nas instâncias responsáveis.”
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