Opinião
Guardião da perenidade

Luiz Henrique Lima
A governança corporativa é um dos pilares essenciais para o desenvolvimento sustentável das organizações, públicas, privadas e do terceiro setor. Em um cenário dinâmico e globalizado, as decisões estratégicas demandam cada vez mais independência, ética e competência técnica.
Nesse contexto, a figura do conselheiro independente certificado emerge como um elemento indispensável para garantir o equilíbrio entre os interesses dos diversos stakeholders.
Segundo o Manual de Boas Práticas de Governança Corporativa, publicado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), um conselheiro independente é aquele que atua de forma imparcial, sem vínculos financeiros ou relacionamentos que possam comprometer sua objetividade.
Sua principal missão é contribuir para que o conselho de administração funcione como um órgão colegiado, capaz de agregar diferentes perspectivas e promover decisões fundamentadas, alinhadas aos valores e objetivos de longo prazo da organização.
No Brasil, a atuação de conselheiros independentes adquire especial importância frente aos desafios enfrentados pelas empresas em mercados competitivos e regulados. Além de assegurar conformidade legal e transparência, eles desempenham um papel estratégico ao incentivar práticas sustentáveis, a mitigação de riscos e a criação de valor de maneira responsável.
O conselheiro independente torna-se, assim, um guardião da perenidade organizacional e um defensor do propósito e dos valores no ambiente corporativo.
A independência, no entanto, não se restringe ao afastamento de vínculos financeiros ou familiares. Ela também exige uma postura ativa de questionamento e uma capacidade de enxergar além das pressões imediatas para manter o foco nas estratégias de longo prazo.
Naturalmente, para ser um bom conselheiro independente é necessário formação e experiência. Daí a importância de mecanismos e exames de certificação oferecidos por instituições idôneas como o IBGC. Por meio de programas rigorosos de formação e avaliação, o processo garante que os conselheiros certificados possuam não apenas conhecimento técnico, mas também habilidades interpessoais e uma sólida compreensão dos princípios éticos que norteiam a governança corporativa.
Assim, a certificação reforça a credibilidade e a relevância do papel desempenhado por esses profissionais, como agentes transformadores, comprometidos com a disseminação de uma cultura de governança ética e inclusiva.
De fato, o conselheiro independente certificado transcende o tradicional papel de supervisão e controle. Ele é um verdadeiro catalisador de mudanças positivas, capaz de aliar técnica e visão estratégica à defesa da integridade e da equidade no ambiente corporativo. No Brasil, sua presença nos conselhos de administração não é apenas uma recomendação, mas uma necessidade urgente para construir empresas mais resilientes e alinhadas às demandas da sociedade contemporânea.
Em última análise, a presença de conselheiros independentes certificados é um reflexo do compromisso de uma organização com a transparência, a responsabilidade e a governança corporativa. É por meio de sua atuação que se pavimenta o caminho para um futuro empresarial mais ético e sustentável.
Luiz Henrique Lima é doutor em Planejamento Ambiental e conselheiro independente certificado.
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