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Veja o papel de cada familiar da primeira-dama

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Na decisão do juiz federal Diogo Negrisoli Oliveira, que autorizou o cumprimento dos mandados da Operação Miasma, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (28), é destacada a participação de cada um dos familiares da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Kuhn Pinheiro, no esquema de fraude em licitação para contratação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Um dos principais personagens é o sobrinho de Márcia, Ernani Rezende Khun.

O documento citou que a PF investigou os contratos celebrados entre a SMS e a empresa Matheus Felipe Vieira Teixeira de Macedo Eireli para locação de 4 vans pelo valor de R$ 210 mil e 18 ambulâncias por R$ 1.490.000,00. A empresa agora se chama SMT Transportes e Veículos Especiais Ltda. Foi verificada uma alteração da Classificação Nacional das Atividades Econômicas da SMT nas vésperas da contratação. A PF constatou que foram feitos pagamentos que excederam o limite do contrato, que houve manutenção do contrato sem prorrogação, entre outras irregularidades. Também apontou os crimes de fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e passiva.

A polícia concluiu que a SMT Transportes era uma empresa de fachada porque “não possuía qualificação técnica, tampouco acervo para a execução dos serviços que seria contratada pela Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, bem como, a toda evidência, não detinha sequer sede própria”. Ela foi escolhida considerando “o menor preço, a garantia de disponibilidade da prestação dos serviços e a questão documental”. Segundo a PF houve uma situação de “emergência fabricada” para beneficiar a SMT Transportes.

“O suposto direcionamento da dispensa de licitação, segundo a autoridade policial, beneficiou ‘os familiares da Primeira-Dama do Município de Cuiabá/MT, Ernani Rezende Kuhn e Antônio Ernani Kuhn”, diz trecho da decisão. Foi apurado que Ernani Rezende Kuhn era a pessoa efetivamente responsável pela SMT Transportes.

O atestado de Capacidade Técnica juntado pela SMT Transportes para instruir o processo, foi emitido por Gran Express Transportes e Turismo Eireli, assinado por Claudeny Martins Rezende Kuhn, que é mãe de Ernani. A irmã de Ernani, Andrea Rezende Kuhn, também já fez parte desta sociedade e, com o irmão, é sócia da empresa Locadora de Veículos Zapp Eireli.

“Os 15 veículos locados pertenciam às empresas Locadora de Veículos Zapp Eireli e ERK Serviços e Locações Ltda, tendo como sócio em comum, Ernani Rezende Kuhn, que é filho de Antônio Ernani Kuhn, irmão da Primeira-Dama de Cuiabá, Sra. Márcia Aparecida Kuhn Pinheiro”, citou o juiz. A esposa de Ernani, Camila Nunes Guimarães Kuhn, figura como sócia da ERK Serviços e Locações Ltda. Também participou deste processo a empresa Azul Transportes Rodoviários Ltda, que forneceu orçamento de suporte para justificar o preço contratual. O pai de Ernani, Antônio Ernani Kuhn, é sócio desta empresa.

“As sociedades SMT Transportes e Veículos Especiais Ltda, Locadora de Veículos Zapp Eireli, ERK Serviços e Locações Ltda, Azul Transportes Rodoviários Ltda e Gran Express Transportes e Turismo Eireli, atuaram no sentido de fraudar as Dispensas de Licitação […] na medida em que se valeram de uma empresa de fachada, no caso a SMT […] para ocultar a relação de parentesco entre os reais beneficiários da contratação e a cúpula política do Município de Cuiabá”, citou o juiz.

As investigações apontaram que a empresa Matheus Felipe Vieira Teixeira de Macedo Eireli existia apenas para ocultar o real beneficiário do contrato, tendo em vista que é sobrinho da primeira-dama do município. De acordo com o relatório técnico da Polícia Civil, no total a empresa de Ernani recebeu mais de R$ 3 milhões do Município.

“Foram liquidados R$3.095.519,93. Vale relembrar que apesar desses valores, os contratos iniciais eram de R$ 210.000,00 para o contrato n°236/2021 [das vans] e R$1.490.400,00 relativos ao contrato n°269/2021 [das ambulâncias]”, diz trecho do documento. A Polícia Federal deflagrou a Operação Miasma, na manhã desta terça-feira (28), com objetivo de cumprir 32 mandados de busca e apreensão referentes a fraudes em licitação nos anos de 2021 e 2023 na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá.

As ordens são cumpridas em cidades de Mato Grosso, Amazonas, Tocantins e Distrito Federal. Além das buscas, houve a efetivação de medidas cautelares de suspensão de pagamentos de contratos públicos e de afastamento de função pública. As apurações apontam indícios de montagem no processo de adesão à ata de registro de preço, com participação de diversas empresas parceiras, bem como que a liberação e pagamento das licenças do software não possuíam correlação com a efetiva implantação e adesão à funcionalidade.

Além do programa de computador, é apurada a fraude na formalização e execução de contratos de locação de vans e ambulâncias pela Secretaria Municipal de Saúde, que constataram que um dos veículos empregados na execução dos serviços não pertenciam à empresa contratada e que estaria registrado no nome do pai de um dos servidores públicos responsáveis pela fiscalização contratual.

Fonte: Folhamax

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Secretário garante repasses em dia a Cuiabá e orienta EP ler acordo do TCE

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O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, desmentiu o prefeito de Cuiabá nesta sexta-feira (21.06), após a informação equivocada de que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) não teria honrado o compromisso de um repasse para a Empresa Cuiabana de Saúde. No entanto, de acordo com o termo de compromisso do Tribunal de Contas, o Estado faz o referido repasse para o município, que é o ente responsável por repassar o valor à Empresa Cuiabana.

O termo tem o objetivo de garantir o repasse do recurso à empresa, que anteriormente não era cumprido pelo município de Cuiabá. “O prefeito Emanuel Pinheiro sequer leu o termo e está falando asneira. Ou, se leu, não soube interpretar da forma correta. Todas as competências devidas pela SES ao município de Cuiabá estão em dia e, neste caso, o município de Cuiabá é o ente que não está cumprindo o acordo”, esclareceu o secretário.

Ele ainda enfatizou que o item do Termo de Compromisso que compete ao Estado é o 3.1.4 e não o 3.1.3, como afirma a Prefeitura de Cuiabá. De acordo com o item 3.1.3, citado pela Prefeitura, é uma obrigatoriedade do próprio depositante encaminhar o valor repassado pelo Estado à Empresa Cuiabana de Saúde. “O item 3.1.3 trata de uma obrigatoriedade de desconto diretamente do município de Cuiabá para a Empresa Cuiabana. Isso porque o município de Cuiabá não estava fazendo o repasse correto da LOA para a Empresa, que por sua vez não estava conseguindo cumprir as suas obrigações. Então foi designado o desconto diretamente do Fundo Municipal para a empresa Cuiabana”, explicou.

O secretário reforçou que todos os compromissos firmados pelo Estado junto ao município de Cuiabá estão sendo rigorosamente cumpridos. “O Estado está honrando todos os compromissos assumidos em prol da população cuiabana, diferentemente do município de Cuiabá que, neste caso, está em falta com o repasse. É uma pena que o prefeito desconheça uma responsabilidade que é inclusive dele”, finalizou o gestor.

Fonte: Folhamax

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8/1: Moraes vota por condenação de réu que destruiu relógio histórico

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (21) para condenar Antônio Cláudio Alves Ferreira, um dos réus do ataques de 8 de janeiro, a 17 anos de prisão em regime fechado. O julgamento virtual da ação penal contra o réu começou nesta madrugada e vai até 28 de junho.

- Imagens de câmeras de segurança mostram relógio do século XVII sendo destruído por manifestante golpista.

Relógio foi presente a Dom João VI em 1808 – Divulgação

Preso por participar da invasão ao Palácio do Planalto durante os atos golpistas, ele foi responsável pela destruição de um relógio histórico do século 17.Produzido pelo  francês Balthazar Martinot, o relógio foi presente ao imperador Dom João VI oferecido pela corte francesa em 1808 e fazia parte do acervo da Presidência da República.

Moraes, que é relator do caso, votou pela condenação do réu pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado, dano do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

O ministro também foi favorável ao pagamento solidário de R$ 30 milhões pelos danos causados por todos os acusados que invadiram as sedes dos Três Poderes no 8 de janeiro.

“Antonio Claudio Alves Ferreira, como participante e frequentador do quartel do Exército e invasor de prédios públicos na Praça dos Três Poderes, com emprego de violência ou grave ameaça, tentou abolir o estado democrático de Direito, visando o impedimento ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais por meio da depredação e ocupação dos edifícios-sede do Três Poderes da República”, afirmou Moraes. 

Durante a tramitação do processo, o acusado prestou depoimento e confessou que esteve no Palácio do Planalto e danificou o relógio. Após os atos, ele fugiu para Uberlândia (MG) e foi preso pela Polícia Federal. 

Via: Agência Brasil

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Mauro ironiza prêmio de Emanuel por gestão: “piada da semana”

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O governador Mauro Mendes (UB) classificou como “piada” o Prêmio Qualidade da Informação Contábil e Fiscal 2024 recebido pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por parte da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda na última semana. Em contrapartida, o gestor estadual exaltou a boa gestão fiscal que tem feito no estado de Mato Grosso. 

Na semana passada, Cuiabá obteve o primeiro lugar na categoria maior evolução, à frente de João Pessoa (2º lugar) e do Rio de Janeiro (3ºlugar) por prezar pela qualidade das informações contábeis e fiscais, representando “transparência na aplicação e registro dos recursos públicos” referente ao exercício de 2023. Mendes ironizou o vídeo de Pinheiro publicado nas redes sociais e comentou sobre a realidade da cidade que na prática está “péssima”.

“Eu vi nas redes sociais e, me mostram, por curiosidade. Foi a grande piada da semana. É uma bobeirinha e independente de prêmio e de colocação, vamos à prática? Como está o asfalto em Cuiabá, a Saúde, tudo em Cuiabá? Está péssimo”, disparou o governador. 

Em 2023, ano referente ao prêmio, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) suspendeu a nota de Capacidade de Pagamento (Capag) da Prefeitura de Cuiabá devido à distorções nos demonstrativos contábeis e fiscais apresentados pela administração municipal. A informação consta no último Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais e também coloca Cuiabá como a capital com o pior desempenho para a quitação de despesas, incapaz de pagar as contas sem novas receitas.

Por outro lado, Mato Grosso é líder no ranking de Competitividade dos Estados em 2023 de acordo com o relatório técnico elaborado pelo Centro de Liderança Pública. “Nós do Governo do Estado podemos falar de boca cheia que somos os primeiros em gestão fiscal. Olha os resultados, olha os investimentos e tudo que o Governo está fazendo”, exaltou Mendes.

Fonte: Folhamax

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