Política
Pivetta defende industrialização para minimizar danos da reforma
O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) afirmou que o Governo de Mato Grosso trabalha em um projeto para verticalizar a produção do agronegócio em Mato Grosso como forma de minimizar os danos da Reforma Tributária.
A reforma tributária unifica cinco impostos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – que a partir de 2033 serão cobrados em dois níveis: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) fica com a União, enquanto o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) fica com estados, Distrito Federal e municípios.
O texto prevê a tributação dos produtos no Estado que os consumirão, e isso afeta de forma negativa Mato Grosso por ser um produtor e com população pequena. Para minimizar as possíveis perdas, Pivetta defende atrair indústrias ao Estado para fomentar emprego e o consumo.
“Se nós agregarmos valor à nossa produção, a exemplo do que se faz na BR-163 em Lucas do Rio Verde e Nova Mutum. Nós agregamos no mínimo em três vezes o valor da matéria prima. E essa agregação de valor é mais dinheiro circulando no Estado, é mais emprego, de maior qualidade, mais renda… De maneira que, onde há movimento econômico, todo mundo ganha”, afirmou.
“Exportar produção primária deixa sempre menos [recursos no País]. Não tem nenhum país que se desenvolveu na história exportando commodities. Nós não podemos pensar que nossa tarefa está concluída. Precisamos seguir e estimular a transformação, a agroindústria e superaremos alguma desvantagem que tenha na reforma tributária”, emendou.
Segundo Pivetta, um programa para a agroindustrialização já está no radar do Governo de Mato Grosso.
“O agro é um dos setores que menos têm que se preocupar, porque é um setor exportador. O que temos que pensar e estamos pensando é em um programa de verticalização dessa produção para agregar valor ao Estado, para que todos os mato-grossense possam participar da roda da economia”, revelou.
Reforma: incógnita
Para Pivetta, no entanto, os impactos da reforma tributária nas contas públicas são uma “incógnita”. O Congresso Nacional analisa matérias para a regulamentação da reforma no país.
“Essa reforma tributária ainda é incógnita. Não conseguimos simular o que vai acontecer na prática, mas certamente o Brasil vai conseguir fazer o pacto necessário para que todo mundo sobreviva”.
“A preocupação nesse país com a carga tributária de 33% do PIB é sobreviver, não é nem ter muito sucesso”, criticou.
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