Política
Senadora diz que Moraes perdeu a mão, mas não vê impeachment
A senadora Margareth Buzetti (PSD) afirmou que o Senado não deve colocar em tramitação o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Não acredito que o presidente do Senado acate o pedido. Fica na mão dele, não tem outro jeito, e as articulações uma hora falam sim e depois falam não
Na semana passada, o jornal Folha de S.Paulo publicou que o gabinete do ministro solicitou por mensagens “de forma não oficial” a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio Moraes contra bolsonaristas no STF.
A produção de provas seria usada no inquérito das fake news durante e após as eleições de 2022. Congressistas, então, passaram a colher assinaturas de parlamentares.
Buzetti disse que o impeachment será analisado se o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), considerar a matéria importante o suficiente para votá-la.
“O impeachment de um ministro do STF é uma coisa muito séria. O Alexandre é uma pessoa muito inteligente e não acredito que haja o impeachment. Não acredito que o presidente do Senado acate o pedido”, afirmou.
“Fica na mão dele, não tem outro jeito, e as articulações uma hora falam sim e depois falam não”, comentou.
Críticas da oposição
Os opositores ao ministro Alexandre de Moraes apontam que ele extrapolou a competência atribuída ao Supremo e, de maneira autoritária, emite decisões que invadem a atuação do Congresso Nacional.
A senadora concordou com essa crítica e disse que o ministro não promove uma boa articulação entre Poderes. Além disso, que o PSD não deve pressionar o presidente do Senado para analisar o pedido de impeachment.
“Ele passa dos limites em vários momentos. Poderia ser de uma maneira diferente, falar a mesma coisa com outras palavras e ser uma pessoa mais querida, mais acessível e polida. O Alexandre perdeu a mão em muitos momentos. Me parece que ele não tem vontade de fazer articulação, ele não quer”, afirmou.
“O PSD não vai fechar pela análise, esquece. Eu considero a denúncia [da imprensa] grave, se comprovada, é muito grave mesmo e não sei o que será feito, mas é um caso muito sério.”, concluiu.
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