Agricultura
Soja: colheita provoca alta do preço de fretes em MT, diz Conab

A colheita da soja em Mato Grosso tem provocado alta no preço do frete no estado, diz o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta segunda-feira (31).
Segundo a estatal, a alta de preços ocorreu especialmente nas regiões nas quais a colheita se intensificou primeiro, “com destaque para o médio-norte”, diz, no boletim.
Assim, ao longo de fevereiro ocorreu avanço das cotações de frete no estado “de forma mais generalizada”.
Em Sorriso, por exemplo, o frete de soja para Santos (SP) subiu 7% em fevereiro, para R$ 490 a tonelada. Para Paranaguá (PR), a alta foi de 8%, a R$ 460 a tonelada. A alta mais expressiva no mês, no estado, ocorreu em Querência, onde o valor da tonelada transportada para Santos subiu 11%; para Araguari (MG), 25%; para Colinas (TO), 21% e para São Luís (MA), 20%.
A Conab observa ainda que, na atual safra, referente ao ciclo 2024/25, diversos fatores têm contribuído para a alta do transporte de grãos. Primeiramente, a safra recorde de soja, superior a 46 milhões de toneladas em Mato Grosso, ou 7 milhões a mais ante 2023/24, é um fator de alta.
Em segundo lugar, a Conab cita a concentração da colheita em um curto intervalo de tempo. “A produção já havia sido majoritariamente implantada em uma curta janela, com cerca de 90% realizados em apenas cinco semanas”, justifica, e acrescenta que o fato de ter chovido muito em janeiro, o que postergou os trabalhos de campo, “contribuiu para um represamento ainda maior da soja a ser colhida”.
Com a redução das chuvas, houve, “de repente”, diz a Conab, uma enorme quantidade de soja a ser transportada.
“Adicionalmente, o referido atraso fez com que tenha ocorrido coincidência no período da colheita com outros estados, que passaram a concorrer pela oferta de caminhões”, comenta a estatal, citando, por exemplo, Tocantins, Goiás e Bahia.
“Em uma safra sem intercorrências, isso não aconteceria”, assinala. Por fim, a Conab comenta que os preços altos do milho têm pressionado a urgência para o escoamento da soja, “sendo certo que Mato Grosso deverá produzir uma grande safra de milho a ser injetada no mercado em meados de 2025”, acrescenta. “Ou seja, serão poucos meses para liberação de espaço e de corredores para mais uma grande safra estadual, o que eleva a necessidade de se escoar a produção colhida o mais rapidamente possível.”
Ainda sobre a pressão nos fretes, a estatal diz que Mato Grosso já se encaminha para o fim da colheita de soja.
“No entanto, há muito produto armazenado, em razão da produção recorde, que deverá movimentar os corredores nos próximos meses, mantendo o suporte às cotações de fretes rodoviários, porém de forma mais consistente e continuada, sendo provável que em patamar um pouco inferior ao registrado na safra
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