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Traumatizado, psicólogo revela que recebeu ameaças e teme sair de casa

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Annie Souza/Rdnews

Douglas Amorim psic�logo caso nuun

Psicólogo Douglas Amorim concede entrevista à jornalista Greyce Lima no Rdtv Cast

O psicólogo Douglas Amorim revela que não se sente seguro e está apavorado desde que foi agredido dentro do banheiro da boate Nuun Garden, no Centro de Cuiabá, na madrugada do último dia 12. A agressão foi denunciada pelo psicólogo em suas redes sociais. O suspeito ainda não foi preso.

Em entrevista ao Rdtv Cast e ao , durante visita à na sede do portal, Douglas conta que, após denunciar o episódio, recebeu algumas ameaças nas redes sociais. “Parecia um ataque coordenado, várias pessoas mandando áudios, mensagens”, desabafa.

Ele acredita que o agressor tem certa influência na cidade, por isso, se diz traumatizado e teme sair de casa. “Passaram mais de dez dias que isso aconteceu e eu estou completamente com medo. Eu falei para o meu companheiro que não sei como eu vou me sentir a primeira vez que eu tiver que ir no banheiro de algum lugar público”, desabafa. “Porque eu não sei se pode ter alguém ali que é da turma dele, ou se vai tentar provocar uma outra situação, sair dali me acusando de novo de ter assediado”, completa.

“No sábado fomos na casa de uns amigos. Eles estavam doidos para sair, disseram que era num local mais seguro, de diversidade. E aquilo me deu uma certa ansiedade, porque, ao mesmo tempo que eu queria ir, eu senti medo. Eu acho que eu não estou preparado ainda”, conta.

Douglas possui um consultório em Cuiabá, onde atua como psicólogo. Ele afirma que ficou dias sem atender os pacientes e só retornou às atividades na terça-feira (21), mesmo dia em que saiu para um lugar público pela primeira vez. “Na terça fui no mercado pela primeira vez. Eu entrei, muitas pessoas me reconheceram… A gente percebe. E eu estava um pouco seguro por conta de não ter precisado ir no banheiro nesse lugar, por exemplo. Estava tudo certo, muitas câmeras muitas testemunhas”.

Douglas afirma que decidu retornar ao trabalho, apesar do medo. “Eu nunca fiz o que eu fiz, que foi avisar os pacientes que eu iria vou trancar a porta. Eu estou atendendo apenas pacientes que já eram recorrentes, que eu conheço, que já tem uma relação terapêutica estabelecida, aí eu explico para eles”, afirma.

O psicólogo salientou que nunca havia sofrido nenhum tipo de agressão pela sua orientação sexual. “Eu me achava blindado por duas coisas: Pela minha estatura e por minha ‘passabilidade”’, diz, lamentando. Ele explica que, por “não parecer” ser homossexual, as pessoas só sabem quando têm uma relação de proximidade, o que lhe garantia “certo conforto”.

Além das ameaças e ataques, Douglas também recebeu diversas mensagens de apoio, que ele não esperava. “Não sou uma pessoa que faz parte de comunidades, coletivos, mas fiquei surpreso pela força que eu fui abraçado. Isso me tocou muito, isso me fez ter esperança de que não seria mais um caso, não seria um boletim de ocorrência engavetado. Isso me abraçou de uma forma…”.

Sobre as investigações do caso, o psicólogo não tem muitas informações. Ele diz que já prestou depoimento na Polícia Civil, assim como algumas outras testemunhas e também passou por exame de corpo de delito. O suspeito de cometer o crime, segundo ele, também já foi ouvido.

Como já informado pelo , na semana passada a boate Nuun Garden, onde o caso foi registrado, já entregou as imagens da câmera de segurança do local na noite do incidente. O caso segue sendo apurado pela 2ª Delegacia de Polícia de Cuiabá. A boate garante que está colaborando com as autoridades. “A Nuun Garden, jamais foi conivente com qualquer tipo de agressão ou discriminação. Desejamos que a justiça seja feita, e nos colocamos a disposição a ajudar no que for necessário, dentro dos critérios legais”.





Fonte: RDNews

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