Mauro Mendes (União) se reuniu, essa semana, com o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, em Brasília, e defendeu que seu projeto de obras para conter os deslizamentos no Portão do Inferno, na MT 251 entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães é o melhor. Mauro afirmou que Agostinho se assustou inicialmente com a proposta, mas entendeu ser a solução mais viável.
No último dia 28, a Secretaria de Infraestrutura de Mato Grosso (Sinfra) assinou a ordem de serviço com a Lotufo Engenharia e Construções LTDA, empresa que fará o recorte dos paredões e o novo traçado da MT-251. De acordo com corpo técnico responsável pela intervenção, entre as 10 soluções estudadas, essa seria a mais barata, rápida e eficiente a ser executada no local.
O governador cumpriu agenda em Brasília na terça-feira (2) e, entre os compromissos, participou de uma reunião com o presidente do Ibama. Mauro explicou que a ordem de serviço dada exige a autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), já que se trata de um parque federal. O objetivo da reunião foi pedir que houvesse celeridade na autorização ou que houvesse dispensa emergencial.
O chefe do Executivo estadual disse que explicaram a Agostinho todos os motivos que levaram àquela solução, com base em análises técnicas. Mauro citou que o chefe do Ibama teria se assustado, inicialmente, mas depois compreendeu.
“Ele disse claramente ‘eu vi pelo WhatsApp que mandaram e fiquei um pouco impactado pelo tamanho do corte que era feito’. Entretanto, a informação que ele recebeu era parcial. Nós mostramos com muita clareza […], ali não é só um problema de rochas que estão se desprendendo do paredão e cair na pista. Existe uma falha estrutural por onde a rodovia passa, onde está aquele viaduto. Essa falha estrutural tem demonstrado fragilidades, rupturas, já houve uma retração, ou seja, um rebaixamento de 3 centímetros naquele viaduto e isso pode acarretar um problema no curto, médio ou longo prazo. Se nós resolvermos só uma parte do problema, […] vamos continuar convivendo com esse fantasma”.
O objetivo do Governo é trazer uma solução definitiva para o problema e para isso será necessário afastar a estrada 10 metros do ponto em que está hoje. “Quando ele entendeu isso, ele mudou completamente a sua percepção”, disse Mauro.
“Não resta a menor dúvida que aquela é a melhor solução ambientalmente, com menor impacto, e também sob o ponto de vista de tempo, porque o tempo é fundamental. Algumas outras alternativas que foram cogitadas podem demorar dois anos e com alto impacto ambiental, devido às características daquele morro”, disse.
O governo do Estado ainda espera liberação de licenças para efetivamente iniciar as obras.