Joao Aguiar/Rdnews
![Delegados Gutemberg de Lucena Almeida, Wilson Cibulski J�nior e Pablo Carneiro. E, ao centro (de branco), promotor Natanael Moltocaro Fiuza.](https://ultimahoramt.com.br/wp-content/uploads/2024/03/Aluno-de-medicina-e-outros-de-bairros-nobres-traficam-drogas.jpg)
Delegados Gutemberg de Lucena Almeida, Wilson Cibulski Júnior e Pablo Carneiro. E, ao centro (de branco), promotor Natanael Moltocaro Fiuza
A Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) já cumpriu 29 mandados de prisão em Cuiabá, durante a Operação Doce Amargo, deflagrada na manhã desta terça-feira (5). Além delas, foram realizadas 13 prisões em flagrante. Durante a ação, os policiais conseguiram encontrar uma estufa de plantação de maconha, na Capital.
Ao todo, foram emitidos 43 mandados de prisão preventiva, 53 de busca e apreensão e 53 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias. A Polícia Civil também conseguiu apreender três armas de fogo, aproximadamente R$ 20 mil em espécie e uma grande quantidade de drogas.
Segundo o delegado Gutembert de Lucena Almeida, alguns dos investigados na ação são integrantes de facção criminosa e um deles, inclusive, é estudante de medicina. Segundo a autoridade policial, alguns integrantes moram em bairros nobres de Cuiabá e abastecem toda a Baixada com drogas sintéticas.
“Geralmente quem vende essa droga está em uma classe social mais estabelecida, de classe média alta, que são os traficantes. E os consumidores também, como a droga tem um valor agregado maior, então elas são consumidas também por jovens, geralmente, de classe média e alta”, destacou o delegado.
Em uma das casas que foram alvos de mandados, ainda foi encontrada uma estufa de maconha. “Em uma das casas funcionava uma estufa, com aproximadamente 80 mudas de maconha. Também apreendemos pasta base de cocaína, LSD, ecstasy e até alguns cogumelos”, afirmou.
Operação Doce Amargo
A operação faz parte dos trabalhos da Operação Erga Omnes, deflagrada dentro do planejamento da Polícia Civil de Mato Grosso para combate à atuação de facções criminosas no estado.
No curso das investigações conduzidas pela DRE, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidas como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários de melhor poder aquisitivo em bairros considerados nobres da Capital e em festas e baladas.
Esses traficantes atuavam de forma associada, dividindo tarefas e sendo fornecedores diretos a outros contatos, também somando valores para compra de maiores quantidades de drogas com qualidade mais refinada.
Outra parte dos investigados se associava ao grupo comprando drogas para fornecimento a terceiros, captando usuários e intermediando uma espécie de rateio para ampliação das vendas ilícitas. Destacou-se ainda na investigação a participação de alguns investigados vinculados a uma facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso, mediante o pagamento de espécie de taxa para execução das atividades ilícitas.