Polícia
Áudio revela suposto assédio de médico a paciente em consulta na Capital; ouça

Um áudio que circula nas redes sociais desde segunda-feira (16) registrou o momento em que um médico teria assediado uma paciente, durante uma consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá. A gravação teria sido feita pela própria vítima. O médico Ruy de Souza Gonçalves, de 67 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar, mas acabou solto ainda na segunda-feira, após audiência de custódia.
Na gravação, de cerca de 1 minuto e meio, o médico pede um hemograma para a paciente e, em seguida, pede para a vítima lhe ‘dar um beijinho’. “Esse hemograma deve ficar pronto à tarde e aqui está o atestado de 5 dias. Agora me dá um beijinho aqui, dá”, teria dito.
A vítima se assusta com o pedido e repete várias vezes que não. Ela ainda reforça que não é lugar apropriado para isso, já que estava em um consultório médico, mas o profissional insiste dizendo: “dá sim, dá sim”.
Após sair da consulta, a mulher procurou a coordenadoria da unidade e relatou o que tinha acontecido. A coordenadora acionou a Polícia Militar, que esteve no local e levou o profissional até a Central de Flagrantes.
A Secretaria Municipal de Saúde, em nota, confirmou o ocorrido e afirmou que aguarda o desdobramento das apurações realizadas pela delegacia para instaurar uma sindicância administrativa e tomar as providências cabíveis, de acordo com os protocolos legais.
“Para garantir a continuidade do atendimento, outro médico foi designado para cobrir o plantão da unidade”, diz trecho.
Ainda na segunda, o médico passou por audiência de custódia e acabou solto pelo juiz Jurandir Florêncio de Castilho Júnior, do Núcleo de Audiências de Custódia de Cuiabá.
O magistrado entendeu que há provas da materialidade e indícios suficientes de autoria, principalmente pelos depoimentos dos policiais e da vítima, mas não achou ser necessária a segregação cautelar do médico.
Entre os argumentos está o fato do médico ser réu primário e que, mesmo solto, não deve atrapalhar no andamento das investigações.
“Posto isso, concedo a liberdade provisória sem fiança ao médico qualificado no auto”, diz trecho da decisão do magistrado. O suspeito, no entanto, terá que cumprir medidas cautelares, como comparecimento mensal em juízo para informar e justificar suas atividades; e proibição de ausentar-se da comarca em que reside por mais de oito dias sem autorização do juízo e/ou mudar-se sem atualizar o novo endereço.
A Polícia Civil investiga o caso.
O que diz o CRM
O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) foi acionado com base nas notícias veiculadas na imprensa, e o caso em questão foi enviado ao Tribunal de Ética para apuração.
É importante frisar que o CRM-MT não fornece informações sobre qualquer procedimento administrativo em trâmite, assegurando o sigilo previsto em lei.
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