CULTURA

Calorosa leva pop tropical pantamazônico para circular pelo Brasil

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A Calorosa embarca rumo à primeira turnê nacional levando na bagagem o pop tropical pantamazônico, conceito utilizado pela banda para descrever a fusão que promove, de gêneros contemporâneos a ritmos tradicionais da cultura popular de Mato Grosso. As letras politizadas arrematam o mix infalível e dançante, fazendo despontar assim, um novo movimento estético no fértil solo artístico mato-grossense.  

Com quatro shows no cronograma, a banda chega a Brasília (DF) no dia 26 de abril para show no Zepelim, dividindo a noite com os parceiros da Corujones. Na sequência, o encontro é com a banda Mundhumano, em Goiânia (GO), no Shiva Alt Bar. A Calorosa passa ainda por Campo Grande (MS), no dia 28, no Barcelona Pub – onde a Dovalle também se apresenta – e por fim, encerra a série de shows no Sol y Sombra 2, em São Paulo (SP), onde ocorre a Noite Cuiabana, com Paulo Monarco e DJ Dieguito Reis.

Selecionado no edital Viver Cultura, o projeto de circulação se concretiza graças ao incentivo do Governo de Mato Grosso, via Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT). Os guitarristas Yan Alvez e Karola Nunes, assim como Paulinho Nascimento (baixo), Vinícius Barros (bateria) e Bruno el Joe (sintetizadores e samples) já se preparam para a nova temporada.  Os músicos estão entusiasmados com a turnê, especialmente, porque em tão pouco tempo – afinal, a banda surgiu no contexto da pandemia -, já somam muitas conquistas impulsionadas pela gravação do primeiro EP, o Pacu e Pequi (2021). Os primeiros shows ocorreram em 2022 e no ano seguinte, a Calorosa já estava participando de festivais e feiras fora do estado. Karola destaca que “a turnê nacional descortina uma fase bastante produtiva”.

Pop Tropical Pantamazônico

E por onde ecoa, o som “ardidinho, dançante e politizado” tem cativado o público. “A gente tem construído uma identidade em sintonia com o contexto social e político no qual estamos inseridos, mas de olho no global. Então, aliamos manifestações populares tradicionais de Mato Grosso, como o cururu, siriri, rasqueado e lambadão, com o reggae, rock e eletrônico. Essa ressignificação dialoga tanto com a identidade tropical brasileira, quanto com a produção do pop atual. É assim que surge o pop tropical pantamazônico”.

Karola destaca que se trata de um pop bastante engajado, a serviço do letramento social, pois a banda acredita que a arte pode ser aliada na defesa de direitos sociais. “Falamos de afeto, liberdade de corpos, amor fora dos padrões e também realçamos pautas da agenda de enfrentamento à crise climática. Queremos uma sociedade mais justa, música diversa, corpos diversos e aliar a arte da música à causa climática, é urgente, principalmente para nós que vivemos nesses territórios”. Ela analisa que o público da Calorosa está a fim de dançar e se divertir, mas está aberto a sonoridades e temas que vão além do que o mainstream entrega.

Um dos grandes destaques do repertório da banda, o “Manifesto calorista”, por exemplo, abusa de um humor ácido para questionar a monocultura de pensamento, defendendo que a ancestralidade negra, indígena e ribeirinha do estado precisa ser celebrada. E é essa mesma música que inspira a escolha do nome da turnê: “O mato cresce num instante e engole o muro”. Karola arremata: “Estamos prontos para derrubar as fronteiras e chegar a todos os cantos do país”. 

A intenção é multiplicar também, a participação da banda em festivais, pois refletem a diversidade sonora do país. “A circulação pode nos ajudar muito na perspectiva das conexões e maior visibilidade do nosso trabalho”. Durante toda sua jornada a Calorosa tem contado com a produção da Lambuza Musical, na gestão de carreira, aliada ainda ao artista visual Hugo Alberto, que assina trabalhos importantes de nomes como Letrux e Astrid Fontenelle e com apoio da consultora e diretora da Sonar Cultural Consultoria, Dani Ribas.

Trajetória

Os primeiros shows presenciais da banda ocorreram em abril de 2022 em Cuiabá e Chapada dos Guimarães, com destaque para as participações no Festival Ver a Cidade (2022) e Feira da Música de Mato Grosso (2023). Em 2023 integraram junto a nomes de peso da música brasileira, como Ney Matogrosso, Lia de Itamaracá, Black Alien e muitos outros, o line-up da 31° edição do Festival da Lua Cheia, que aconteceu no estado de São Paulo. Nesse mesmo ano fizeram show em Belém (PA) no Festival SeRasgum à ocasião do lançamento do Circuito Amazônico de Festivais, além dos festivais de Mato Grosso, Vambora (Cuiabá) e Cerrado Fuzz (Rondonópolis).    

Em 2024 estiveram em um dos mais importantes eventos da música, o Porto Musical em Recife e recentemente, junto ao parceiro Paulo Monarco, a banda lançou o single Vem Me Ter.

Serviço:

26/04 – Brasília | Local: Zepelim | 21h | Shows Calorosa e Corujones |  Endereço: 713N Bloco C Loja 27 – Asa Norte, Brasília – DF

27/04 – Goiânia | Local: Shiva Alt Bar | 21h | Shows Calorosa e Mundhumano | Endereço: Alameda das Rosas, 1371 – St. Oeste, Goiânia – GO

28/04 – Campo Grande | Local: Barcelona Pub / Guará | 19h | Shows Calorosa e Dovalle | Endereço: R. José Eduardo Rolim, 201, Campo Grande – MS

30/04 – São Paulo | Local: Sol y Sombra 2 | 21h | NOITE CUIABANA com Calorosa e Paulo Monarco + DJ Dieguito Reis | Endereço: R. Conselheiro Ramalho, 945 – Bela Vista, São Paulo – SP

Fonte: Folhamax

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Festival define bandas para animar o evento em Cuiabá

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Seis horas de festa regadas a muita música e gastronomia de qualidade. Esse é o Festival Braseiro 2024, que será realizado no dia 18 de maio, no Sesi Papa, das 15h às 21h em Cuiabá. Ao todo, o evento contará com dois palcos para apresentações simultâneas de quatro shows, que vão do rock ao country music.  

A maior festa de carne com cunho 100% filantrópico do país, contará neste ano com as apresentações das bandas Red Fox, Grupo Versão, Plebeus, Red River, Gusttavo & Guilherme e Ruan Ravi. “Temos a honra de estar mais uma vez presentes nesse grande evento sensacional”, comenta Gusttavo, da dupla sertaneja Gusttavo & Guilherme.

Todo lucro obtido com a venda de ingressos é revertido para entidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social da capital. Segundo Marco Túlio Duarte Soares, presidente da Associação Festival Braseiro, o público do evento é bastante engajado e já absorveu o intuito filantrópico da festividade.  

“Estamos organizando uma programação muito bacana para que todos possam vir aqui celebrar com os amigos e se divertir. Mas o melhor de tudo, é que as pessoas que frequentam o Braseiro sabem da importância que a festa tem para ajudar na melhoria da vida de muitas pessoas. E isso é especial”, comenta Marco Túlio.  

O Festival Braseiro deste ano contará com mais de 80 estações de carne, preparadas nas mais diversas modalidades, como parrilla, fogo de chão, entre outros. Quanto às carnes, são vários tipos de corte e tipos servidos, como filé, costela, fraldinha, salmão e muito mais.  

“Churrasco combina com música boa. Queremos proporcionar para que todos se sintam em casa e tenham uma experiência única. Todos os detalhes foram cuidadosamente pensados, visando o nosso propósito que é ajudar as pessoas”, frisou o presidente.  

Ainda dá tempo

As entradas estão sendo vendidas nas lojas Celeiro Carnes, localizadas no Alpha Mall e na Avenida Miguel Sutil, bem como no Shopping Estação. Em Rondonópolis, na Loja Celeiro Express II, situada no bairro Parque Sagrada Família.

Quem quiser efetivar a compra de forma online basta acessar o site www.usinado ingresso.com.br. Os ingressos podem ser pagos via pix ou ainda em até 4x no cartão de crédito. Vale ressaltar que crianças até 11 anos não pagam.

Para ficar por dentro de todas as novidades acompanhe as redes sociais no Instagram: @Festivabraseiro_ e Facebook: FestivalBraseiro.

Fonte: Folhamax

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Juíza cita “caos social” em cidade de MT e anula show superfaturado

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Manu Bahtidao, queima alho

 

A juíza Michele Cristina Ribeiro de Oliveira, da Vara Única de Ribeirão Cascalheira, concedeu liminar ao Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) e suspendeu o contrato que previa a contratação da cantora Manu Bahtidão, uma das atrações artísticas da 9ª Queima do Alho, que seria realizado neste domingo (5). Na decisão, a magistrada apontou que sequer o valor a ser gasto na realização do evento é conhecido, tendo em vista que até mesmo os custos de palco e outros itens ainda nem haviam sido orçados pela Prefeitura da cidade.

A apresentação da cantora na cidade de 10 mil habitantes, conforme censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), estava prevista para 5 de maio, último dia do evento, que tem início previsto para o dia 2 de maio. O custo geral do evento, conforme informação do Controle Interno do Município, é de R$ 372 mil. Somente o cachê da artista é de R$ 275 mil, sem incluir as outras despesas referentes ao evento.

Ao pedir a suspensão do show, o MP-MT apontou a “desproporcionalidade entre as ações prioritárias e violações sistemáticas de direitos fundamentais”. Entre os exemplos citados na petição, está o fato de que a cidade de Ribeirão Cascalheira não possui sequer saneamento básico, ou seja, não há tratamento de água e esgoto no município, o que motivou a instauração de um inquérito civil.

Também foi citado o descumprimento de uma ordem judicial quanto à disponibilização de vagas de creche dos alunos do Distrito do Novo Paraíso e a ausência de reforma e a destruição completa da Escola da Vila Berrante. Outro ponto destacado foi uma omissão da Prefeitura em relação a situação crítica nas estradas rurais, o que acaba impedindo o acesso de estudantes da zona rural e o tráfego dos demais habitantes destas localidades.

A lista de problemas apontados pelo MP-MT na cidade segue com o descumprimento de um convênio relacionado ao descarte de lixo e, por conta disso, grandes débitos referentes a multas administrativas ambientais. O órgão ministerial também relatou a ineficiência da Prefeitura em adotar providências necessárias à correção de severas erosões em ruas urbanas, comprometendo a segurança dos cidadãos.

Foi relatado ainda a existência de filas de espera para atendimento especializado e ausência de profissionais habilitados, além de irregularidades na prestação do transporte escolar para crianças e adolescentes. Por fim, o MP-MT destacou a ineficiência da Prefeitura em em adotar providências necessárias à proteção e preservação do meio ambiente, em particular das águas subterrâneas e lençol freático, assim como o abandono e a completa deterioração da biblioteca municipal.

Na ação, a Prefeitura relatou que o show da artista “Manu Bahtidão” seria custeado totalmente pela administração pública municipal, incluindo-se os gastos com hotel, alimentação e camarim. Em relação aos shows de Mario e Thizil, Wender e Falcão e Jiraya Uai, que também se apresentariam na Feira do Alho, estes seriam custeados pelo Governo do Estado, através da Associação Mato-Grossense de Cultura.

No entanto, o MP-MT relatou que não há nenhum documento que formalize esta parceria com a associação, ressaltando que, apenas para o show de Manu Bahtidão, o orçamento disponível seria de R$ 295 mil, sem incluir as demais despesas de ECAD, hotel e alimentação para 25 integrantes da banda, vans para translado local, abastecimento de camarins, carregadores para carga e descarga do material de apresentação da cantora, palco, som, iluminação e estrutura física dos camarins, todas previstas no contrato.

“O Ministério Público destaca que o Controle Interno Municipal afirmou que seria necessário fazer alocação de recursos para custear as despesas com a festa em voga, enquanto a municipalidade cascalheirense estaria padecendo com a ausência de ações efetivas do ente na materialização de direitos fundamentais, tais quais saneamento básico, educação pré-escolar, revitalização de estradas, entre outros, o que, na visão do órgão ministerial, configura o fenômeno da erosão da consciência constitucional”, diz o pedido do MP-MT.

Na decisão, a magistrada apontou que a Prefeitura emitiu declarações de disponibilidade orçamentária de R$ 312 mil para a Festa da Queima do Alho, sendo que R$ 301.573,09 já haviam sido empenhados. A maior parte deste montante seria utilizada para o pagamento do show, mas a juíza destacou que sequer houve contratação da estrutura de palco, iluminação e outros serviços adjacentes ao evento, e que os mesmos sequer haviam sido orçados pela administração municipal.

A juíza destacou ainda os apontamentos feitos pelo MP-MT, de que direitos fundamentais básicos estão sendo preteridos pela Prefeitura, relatando a existência de diversos inquéritos civis em tramitação. Por fim, a magistrada ressaltou que as provas juntadas aos autos demonstram a existência de obscuridade sobre o valor real a ser gasto pela administração municipal em relação ao pagamento dos artistas que se apresentarão na Festa do Alho.

“Vale dizer, é razoável admitir-se o controle jurisdicional na hipótese de alocação indiscriminada e obscura de valores em eventos festivos, a se realizarem em uma cidade de cerca de 10 mil habitantes, que experimenta deficiências de outras ordens em diversos setores de primeira necessidade, principalmente relacionadas a saúde, educação, segurança viária e transporte. Diante do exposto, defiro a antecipação dos efeitos da tutela e determino ao Município de Ribeirão Cascalheira que suspenda o contrato nº 07/2024 (atração artística “Manu Bahtidão – prevista para o dia 05/05/2024”) e atos dele decorrentes, inclusive suspenda o repasse de pagamentos e contratações suplementares (v.g. equipamentos de som, montagem de palcos e correlatos), sem prejuízo da manutenção de outras atividades necessárias à realização da “Festa Queima do Alho” de 2024”, destacou.

Fonte: Folhamax

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Espetáculo que conta história da Ditadura estreia em Cuiabá

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Espetaculo Ditadura MT

 

O espetáculo teatral ‘60 Anos Depois’ chega ao palco do Cine-Teatro, em Cuiabá, neste sábado (4). A peça reúne vários momentos importantes da Ditadura Militar em Mato Grosso. A adaptação do texto original de João Carlos Vicente Ferreira ficou a cargo do grupo de teatro Cena Onze e homenageia pessoas que moraram no estado e lutaram contra o período militar.

Ao g1, o diretor do espetáculo Flávio Ferreira, contou que uma das testemunhas oculares dos fatos que marcaram essa época, foi o professor mato-grossense, Waldir Bertúlio. Ele narra a história a partir de sua experiência nos anos 1964 a 1985. Também foram ouvidos o historiador João Carlos Vicente Ferreira e os pesquisadores Cátia Cristina de Almeida e Rafael Adão.

Para Flávio, falar sobre fatos ocorridos na época da Ditadura Militar, é possibilitar aos espectadores um outro olhar sobre esse período violento da história.

“A maioria de nós mato-grossenses, não sabemos o que realmente ocorreu nesse período. Tantas pessoas daqui e que vieram pra cá, lutaram em favor da democracia, contra a ditadura e não sabemos seus nomes. Quero que nosso público conheça a luta dessas pessoas”, disse.

O processo de pesquisa de ‘60 Anos Depois’ para a construção do roteiro, foi feito baseado em várias entrevistas com personagens que participaram na luta contra a ditadura. A proposta literária partiu de João Carlos, que contribuiu com leituras, filmes e reflexões sobre o período.

“Após costurarmos todos os fatos importantes e com base do texto original, eu e o elenco construímos a dramaturgia” conta Flávio.

A ideia de falar sobre Ditadura Militar

Para o diretor do espetáculo, a ideia de mergulhar no universo da Ditadura Militar em Mato Grosso, partiu do professor Waldir Bertúlio que é integrante do Cena Onze há muito tempo e já vinha trabalhando com essa temática na última peça do grupo que relatou a vida da militante política cacerense, Jane Vanini. A mato-grossense, que morreu no Chile, vítima de violações de direitos humanos, é conhecida por sua luta no período da Ditadura Militar.

‘60 Anos Depois’ – o espetáculo

-Local: Cine Teatro Cuiabá – Sala Anderson Flores

-Horário: todos os sábados e domingos de maio de 2024 – 19h

-Entrada: gratuita (sugestão de 2 quilos de alimento não perecíveis)

Fonte: Folhamax

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