POLÍTICA

Chefe do MP prevê intervenção total em Cuiabá se prefeito ignorar TAC da Saúde

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Deosdete Cruz e Emanuel Pinheiro

 

O procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT), Deosdete Cruz Junior, afirmou durante entrevista à Rrádio CBN, na manhã desta quarta-feira (10), que não descarta um novo pedido de intervenção em relação à Prefeitura de Cuiabá. Segundo o chefe do órgão ministerial, caso a administração da Capital não cumpra os itens pactuados no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado junto ao Gabinete de Intervenção, a medida, desta vez, atingiria toda a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

A intervenção na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá foi determinada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), em março de 2023. Às vésperas do encerramento da medida, MP-MT e o Gabinete de Intervenção, criado pelo Governo do Estado, pactuaram um TAC prevendo uma série de medidas para a pasta. O prefeito questionou o acordo, que estabelece entre outros aspectos, uma fiscalização constante de órgãos como, por exemplo, o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

De acordo com Deosdete Cruz, o acordo extrajudicial, homologado pelo desembargador Orlando de Almeida Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), foi firmado porque algumas metas ainda estavam pendentes de serem cumpridas e também para que se mantivesse os bons resultados conquistados com a intervenção. Entre eles, de acordo com o procurador, estava a manutenção do número de profissionais a disposição da população, o funcionamento adequado dos serviços e a diminuição da fila de espera para atendimento. O representante do MP destacou, ainda, que o termo foi firmado com a interventora Danielle Carmona, tendo em vista que ela era a responsável pela pasta naquele momento.

“Muita dúvida surgiu sobre o fato de que não seria o caso de o prefeito ser quem deveria assinar esse TAC. É bom lembrar que quem se responsabiliza pelo acordo é sempre o órgão público, que é representado por um gestor. Quem tinha poderes para representar a Secretaria Municipal de Saúde até o dia 31 de dezembro era a interventora. Então ela assinou o acordo, que foi submetido a uma homologação judicial pelo desembargador Orlando Perri”, afirmou.

Deosdete alertou ainda que o prefeito terá poderá recorrer da decisão que homologou o TAC, mas que já há uma sentença judicial que precisa ser cumprida. Destacou ainda que, caso Emanuel Pinheiro não obedeça aos dispositivos no acordo, o MP-MT poderá inclusive pedir uma nova intervenção, desta vez em toda a administração da Capital. 

“Nós temos um acordo homologado, portanto, temos uma sentença que obriga o cumprimento daquele Termo de Ajustamento de Conduta. O prefeito ou qualquer um dos seus procuradores, pode naturalmente questionar essa decisão, mas jamais pode deixar de cumpri-la. Ele pode inclusive recorrer, que foi o que ele fez e, até o que nos consta, já ingressou com duas medidas e ainda não obteve sucesso. Nós temos hoje uma sentença e o descumprimento dessa decisão pode abrir margem inclusive, num cenário mais drástico, para uma nova intervenção, não só na Saúde, mas total. Espero realmente não ter que fazer um pedido como este”, destacou.

Fonte: Folhamax

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“Ambições e Erros Políticos: O Fim da ‘Rapaziada da Câmara Municipal de Cuiabá’

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FIM DO QUARTETO FANTASTICO

MARCIO EÇA DA REDAÇÃO

Na efervescente dinâmica política de Cuiabá, a “rapaziada” que um dia ecoou nos corredores da câmara municipal agora se vê dispersa, cada qual trilhando caminhos próprios após as eleições de 2020 redefinirem seu destino político.

Diego Guimarães, estrategista habilidoso, manteve-se firme na arena eleitoral. Conquistou a reeleição como vereador, consolidando seu papel influente na política local. Em seguida, alçou novos voos rumo à Assembleia Legislativa, onde suas habilidades políticas continuam a ser testadas em novos contextos.

Abílio Brunini, o líder carismático da “rapaziada”, não conseguiu replicar o sucesso municipal no pleito para prefeito em 2020. Seu compromisso anterior com Wellaton para o apoio em 2022 não se materializou, revelando fissuras na antiga aliança. Contudo, Abílio ressurgiu como deputado federal, uma posição que o coloca novamente no centro das atenções políticas estaduais.

Wellaton, o jovem em ascensão, viu seus planos de liderança serem moldados por acordos políticos que nem sempre se concretizaram. Distante de Abílio, agora aspira à vice na chapa de Eduardo Botelho, um movimento estratégico que poderia redefinir sua trajetória política.

Marcelo Bussiki, conhecido pela sua capacidade de articulação, sacrificou sua reeleição segura como vereador para ser o vice de Roberto Franca. No entanto, o resultado das urnas não foi favorável, deixando Bussiki sem mandato e evidenciando os desafios de alianças políticas no cenário local.

À medida que se aproxima 2024, novos capítulos se desenham. Abílio busca mais uma vez a prefeitura, sem o apoio de antigos aliados. Enquanto isso, Bussiki busca retornar à câmara, agora na chapa de Eduardo Botelho, um movimento que poderia reacender sua influência política.

Diego Guimarães, por sua vez, enfrenta o dilema de escolher entre apoiar Abílio ou se aliar a Botelho, uma decisão que poderá moldar seu futuro político.

Assim, a “rapaziada” que um dia simbolizou a promessa de renovação e oposição na política cuiabana agora se dispersa, cada qual navegando pelas águas turbulentas da política com suas próprias estratégias e aspirações.

Como diria Gonzaguinha, na incerteza dos destinos políticos, resta a esperança de que cada um encontre seu caminho para servir à cidade que um dia prometeram transformar.

Fonte: Rufando o Bombo

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POLÍTICA

AGU diz que modelo de escola cívico-militar de SP é inconstitucional

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Parecer a favor da inconstitucionalidade do modelo de escolas cívico-militares do estado de São Paulo foi envido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Advocacia-Geral da União (AGU), nesta sexta-feira (28).

A adoção do modelo é alvo de ações protocoladas no STF pelo PSOL e o PT. A criação das escolas cívico-militares foi aprovada pelo Legislativo estadual no mês passado e sancionada pelo governador, Tarcísio de Freitas.

No documento, a AGU sustenta que os estados não podem instituir modelo educacional que não está previsto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Além disso, o órgão acrescenta que a Constituição também não prevê que militares possam exercer funções de ensino ou de apoio escolar.

“A alocação de militares da reserva para a execução de atividades relacionadas à educação básica fora do sistema de ensino militar formal, ainda que na condição de apoio ou monitoramento, não encontra respaldo nas normas fundamentais do sistema educacional brasileiro, nem previsão compatível com a finalidade constitucional dessas instituições”, concluiu a AGU.

O parecer foi anexado à ação na qual o PSOL defende a suspensão do modelo educacional e argumenta que a intenção é substituir o sistema público de educação, e não a coexistência dos dois modelos, como afirma o governo paulista.

“Objetiva-se a gradual substituição de profissionais da educação, os quais devem prestar concurso público e passar pela análise de seus títulos acadêmicos para estarem aptos a ocupar tais cargos, por militares, a serem escolhidos de forma discricionária, em última instância, por ato da Secretaria da Segurança Pública”, diz o partido na ação.

À época da sanção da lei, o governo do estado informou que a implantação do novo modelo será gradual, com “consentimento expresso das comunidades escolares em consultas públicas”.

“A iniciativa da escola cívico-militar está alinhada ao Plano Estadual de Educação. É uma iniciativa altamente democrática, que dá opção às famílias e incrementa o portfólio de escolas da rede pública. A escola cívico-militar tem o propósito de melhorar o aprendizado e o ambiente escolar, além de reduzir a violência”, afirmou o secretário executivo da Educação, Vinicius Neiva.

O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes. Não há prazo para a decisão.

Via: Agência Brasil

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POLÍTICA

Visitas guiadas: TSE recebeu mais de 1,2 mil estudantes no 1º semestre do ano

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No primeiro semestre de 2024, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recebeu 1.243 estudantes no edifício-sede da Corte, em Brasília. O número é resultado do Programa de Visitas Guiadas, realizado pelo Tribunal por meio da Assessoria de Cerimonial da Presidência (ACP), que busca aproximar os estudantes da Justiça Eleitoral.

As regiões Sudeste e Centro-Oeste se destacaram com 608 e 428 visitas, respectivamente. O Nordeste emplacou 156, seguido pelo Sul, com 16, e pelo Norte, com apenas uma visitação.

Entre os estados de origem, Minas Gerais ocupou o primeiro lugar no ranking, com 309 visitas desempenhadas. Em segundo lugar, São Paulo, com 278, e, em terceiro, o Distrito Federal, com 187. Além disso, houve um número expressivo do público feminino nas visitações, de 58%, enquanto o grupo masculino marcou apenas 42% de presença. 

A iniciativa permite aos estudantes conhecer espaços como o Museu do Voto e o plenário e assistir a apresentações sobre diversos temas da Justiça Eleitoral.

A solicitação de agendamento da visita deve ser realizada pelo e-mail [email protected]. No envio, é necessário indicar o nome da instituição de ensino, o responsável pelo agendamento do grupo, a data e o horário da visitação, além da previsão do número de participantes.

IA, MS/DB

Fonte: TSE

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