POLÍTICA

Coronel de MT ataca morte de irmão de deputada, que reage: “moral de esgoto”

Published

on

fernandasamia.jpg

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que criminaliza a posse e o porte de drogas independentemente de quantidade. Os deputados governistas Bacelar (PV-BA) e Fernanda Melchionna (Psol-RS) pediram vista, na sessão desta terça-feira (4), e a presidente do colegiado, Caroline de Toni (PL-SC), concedeu. A matéria deve voltar à pauta na próxima semana.

Os pedidos foram feitos após o relator da PEC na CCJ, Ricardo Salles (PL-SP), fazer a leitura do seu parecer sobre o texto. Salles vota pela aprovação da PEC. “Querer legalizar e/ou ter empatia e tolerância com o usuário é tornar socialmente aceito o uso dessas substâncias e fechar os olhos para um enorme problema que só se agrava a cada dia”, diz, no documento.

“A resposta de ambas as Casas não pode se submeter a modismos e interesses econômicos de fortes lobbies pró-liberação [de drogas], que encontra respaldo também em correntes de produção acadêmica e cobertura midiática, devidamente abastecidos por vultosas quantias de verbas publicitárias disponibilizadas pelos respectivos lobbies”, acrescenta. A sessão foi marcada por várias tentativas de deputados governistas para adiar a votação do texto, como pedidos de retificação de trechos da ata da sessão anterior, e bate-bocas com a oposicionista Coronel Fernanda (PL-MT).

O primeiro bate-boca, entre a parlamentar do PL e a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP), ocorreu após a deputada do Psol atacar o relator da PEC. “Muito me espanta esse relatório ser feito por um traficante de madeira querendo criminalizar o usuário de drogas”, declarou.

A Coronel Fernanda pediu, então, a retirada da fala e, em crítica a Sâmia, mencionou o caso em que o irmão da governista, Diego Ralf de Souza Bomfim, foi morto a tiros no Rio de Janeiro. “Eu acho que a gente tem que discutir o assunto e não ofender as pessoas. Se ela está tratando de traficante, ela tem que conversar com pessoa lá do morro do Rio de Janeiro que cometeu crime gravíssimo e ela sabe de qual estou falando. Respeito é bom e a gente gosta”, disse Coronel Fernanda.

“A pessoa tem que ter uma moral de esgoto para usar o caso do meu irmão numa discussão como essa. Uma moral de lixo para, neste tema, trazer o tema do meu irmão”, falou Sâmia, com a voz embargada. “E, sinceramente, um projeto como esse, sabe o que fortalece? O crime organizado”.

“Bandido e traficante”, gritou a oposicionista, rebatendo. Sâmia, depois, falou para a parlamentar “lavar a boca” para falar sobre seu irmão. “Lave a sua”, gritou Coronel Fernanda. “Tenha respeito pelo luto da minha família e responda à sociedade por ajudar a alimentar o crime organizado, que traz a dor para tantas famílias brasileiras como a minha. Cale a sua boca”, falou Sâmia.

Caroline de Toni pediu aos deputados que recompusessem o equilíbrio, para que pudessem fazer a discussão sobre o tema da PEC das Drogas. Posteriormente, Fernanda Melchionna também discutiu com Coronel Fernanda. “Estou anojada. Porque vi nessa comissão hoje uma das coisas mais vis, sujas, do submundo do que representa a extrema-direita e do esgoto, expressa pelo ataque ridículo da Coronel Fernanda à minha colega Sâmia Bomfim”, disse Melchionna em determinado momento, se referindo à fala da oposicionista a respeito do caso de Diego Ralf.

Ela se solidarizou com a colega de partido e disse que ambas têm uma vida de luta contra as quadrilhas, as milícias e as organizações criminosas que se retroalimentam do mercado ilegal de drogas. “Bem diferente do que disse a Coronel Fernanda, de maneira desrespeitosa, de maneira, eu diria, criminosa, e de maneira hipócrita e demagógica. Acho que a Coronel Fernanda devia estar preocupada se defendendo frente ao STF”, acrescentou.

“Aí, não. Criminoso não é a minha laia”, rebateu Coronel Fernanda. “É bem a tua praia. Ajudar criminoso, golpista”, afirmou Melchionna. “Ela não pode ofender as pessoas, chamar as pessoas de criminosas”, gritou a deputada do PL fora do microfone depois.

“Ninguém deve ofender ninguém e peço que todos respeitem os colegas”, disse a presidente da CCJ. Pela Proposta de Emenda à Constituição, o artigo 5º da Carta Magna recebe um inciso segundo o qual a lei vai considerar crimes a posse e o porte de drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, “observada a distinção entre o traficante e o usuário por todas as circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicáveis ao usuário penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência”.

A proposta foi apresentada pelo presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e vem como uma reação ao julgamento em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Se for aprovada na CCJ da Câmara, a PEC ainda precisará ser votada no plenário da Casa. Para serem aprovadas, as propostas de mudança à Constituição precisam de dois terços dos votos dos 513 deputados.

Fonte: Folhamax

Comentários

POLÍTICA

CNJ investigará desembargador que negou prioridade a advogada gestante

Published

on

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu neste domingo (30) uma reclamação disciplinar contra o desembargador Luiz Alberto de Vargas, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre.

A medida foi tomada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, após o surgimento do caso envolvendo a advogada Marianne Bernardi, que está grávida de oito meses, e teve pedido de prioridade de sustentação oral negado durante uma sessão virtual realizada em 27 de junho.

A reclamação é um procedimento prévio que antecede a eventual abertura de processo disciplinar contra magistrados. Para o ministro, o procedimento é necessário para averiguar a conduta do desembargador.

“Tais questões exigem do Judiciário um olhar atento e que abomine todas as formas de discriminação ou violência, o que inclui tratamento adequado e paritário dispensado àqueles que exercem os serviços no Poder Judiciário, além daqueles que, de qualquer forma, se utilizam das suas dependências ou são usuários dos serviços prestados”, afirmou Salomão.

A seccional da Ordem do Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul (OAB) também acompanha o caso e deve apresentar uma denúncia contra o magistrado ao CNJ e à corregedoria da Justiça do Trabalho.

De acordo com a OAB, o Estatuto da Advocacia garante à advogada gestante o direito de ser ouvida antes de outros advogados durante as sessões de julgamentos nos tribunais de todo o Brasil.

Audiência

Marianne afirmou que ficou das 9h às 16h30 aguardando o processo ser chamado para julgamento.

Durante a sessão, ao negar o direito de preferência, o desembargador Luiz Alberto de Vargas alegou que a preferência não vale para sessões virtuais, somente para presenciais.

“É minha posição, não vou mudar. O problema está sendo criado pela doutora Marianne, não por mim. A doutora teve uma hora para conseguir outro advogado para substituí-la, já que está passando mal. Não posso fazer mais do que isso. Esse assunto já tomou muito tempo da sessão”, afirmou o magistrado.

Em seguida, a advogada argumentou que seu direito estava sendo desrespeitado pelo magistrado. Ela foi defendida por outros desembargadores, advogadas e pelo procurador do Trabalho que estavam na sessão. “Doutor, eu não estou criando nenhum problema aqui na sessão. É um direito legal sendo desrespeitado pelo senhor”, disse.

Em meio ao impasse, o magistrado chegou a dizer que não sabia se a profissional estaria realmente grávida ou não. Ao ouvir o questionamento, ela se levantou da cadeira e mostrou a barriga de gestante para a câmera.

Outro lado

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do tribunal e perguntou se o gabinete do desembargador Luiz Alberto de Vargas pretende se manifestar sobre o episódio. A reportagem aguarda retorno.

Via: Agência Brasil

Comentários
Continue Reading

POLÍTICA

Carlos Fávaro Cita Nomes para Vice, mas Não Define Chapa de Lúdio em Lançamento de Candidatura

Published

on

PSD RACHADO

REDAÇÃO DO RUFA 

No lançamento oficial da candidatura de Lúdio Cabral como postulante à prefeitura de Cuiabá, a presença do Ministro Carlos Fávaro, do PSD, trouxe expectativas e incertezas quanto ao apoio efetivo do partido. Enquanto o evento foi marcado por discursos e especulações sobre quem seria o vice na chapa de Lúdio, Fávaro  revelou nomes , mas sem definir um como o vice na chapa de Lúdio 

Embora Fávaro tenha destacado diversos nomes internos do PSD como possíveis candidatos a vice, como a Medica Natasha, Bruna, a jornalista Rafaela( filha do Ministro), e mencionado o ex- vereador Misael Galvão, líder reconhecido do Shopping Popular, as principais lideranças do partido em Cuiabá manifestaram apoio a Eduardo Botelho, rival de Lúdio, o que pode indicar uma divisão interna significativa.

Fávaro também mencionou uma aproximação entre o deputado Max Russi, do PSB, e o grupo político do governador Mauro Mendes, que apoia Eduardo Botelho como candidato próprio à prefeitura. Essa movimentação sugere um cenário complexo de alianças e interesses políticos em jogo, onde tudo é possível conforme destacado pelo próprio ministro.

Fonte: Rufando o Bombo

Comentários
Continue Reading

POLÍTICA

As Relações familiares e as “divergências politicas” entre os Rivas e os Fagundes

Published

on

2026 EM DEBATE

Pablo Rodrigo  A GAZETA 

Em palanques opostos nas principais cidades de Mato Grosso, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e o seu sogro, senador Wellington Fagundes (PL), travarão uma disputa particular com o objetivo de chegarem fortalecidos nas eleições de 2026, para seus projetos pessoais. Enquanto Fagundes visa disputar o governo do Estado, Janaina tentará uma das duas vagas ao Senado.

 

Porém, neste ano, os dois se enfrentarão partidariamente, já que o MDB e PL se enfrentarão nas principais cidades, exceto em Sinop, onde o MDB apoiará a reeleição de Roberto Dorner (PL).

 

‘Tirando Sinop, nós vamos nos enfrentar em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Barra do Garças, Sorriso e em tantos outros municípios. Mas acredito que isso não irá prejudicar nossa relação’, disse Janaina Riva, que é casada do empresário Diógenes Fagundes, filho do senador.

 

Apesar de acreditar que a disputa não ultrapassará o palanque a disputa eleitoral, Janaina não esconde que a prioridade sempre será o seu projeto político e não do sogro.

 

‘O ideal era que nós dois chegássemos fortalecidos em 2026. Mas o Wellington sabe que entre priorizar o meu projeto e o dele, eu vou escolher o meu. Assim como ele escolherá o dele’, aponta.

 

Porém, ela acredita que nenhum dos dois buscará atrapalhar o outro, até porque, segundo ela, uma aliança pode ocorrer lá na frente. ‘Ele tem o sonho de ser governador e eu senadora. Analisando a atual conjuntura, tudo indica que estaremos em lados opostos também em 26. Mas tudo pode acontecer’, pondera.

 

No entanto, Janaina lembra, que em relação à disputa ao governo, entre os atuais nomes, ela tem preferência pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). ‘Ele sabe [Wellington] que é muito difícil eu não apoiar o Pivetta. Ele sempre me apoiou, então tenho que retribuir’, disse.

 

‘Mas se a gente conseguir chegar lá sem atrapalhar um ao outro já será uma vitória. Porque o Wellington nem tanto, mas eu sou bem incisiva e empolgada nas eleições’, analisa.

 

Janaina Riva casou com o filho de Wellington Fagundes em 2018. Nas eleições daquele ano, ela pediu licença do MDB para apoiá-lo na disputa ao governo, quando ele foi derrotado pelo governador Mauro Mendes (União). Já em 2022, os dois estiveram juntos no mesmo palanque, quando Fagundes foi reeleito senador e ela deputada estadual.

Fonte: Rufando o Bombo

Comentários
Continue Reading

As mais quente