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Debatedores sugerem que práticas sustentáveis do Legislativo sejam adotadas por estados e municípios

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Representantes da Câmara dos Deputados e do Tribunal de Contas da União (TCU) defenderam que as práticas sustentáveis adotadas pela Rede Nacional de Sustentabilidade no Legislativo, que inclui também o Senado Federal, sejam transformadas em lei para que possam ser adotadas em estados e municípios. O debate sobre sustentabilidade na administração pública foi promovido nesta segunda-feira (24) pela Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara.

Chefe do Comitê de Gestão Socioambiental da Câmara dos Deputados (EcoCâmara) e representante da rede, Luiz Vicente Braga disse que as ações desenvolvidas pela Casa visam economia de água e energia, entre outros recursos, além de prever programas de gestão de resíduos e campanhas de conscientização.

“A Câmara, em 20 anos, reduziu dois terços do seu consumo de água. Qual a cidade do Brasil reduziu dois terços do seu consumo de água nesse período?”, questionou Braga. Segundo ele, a estimativa é de uma economia de 3 milhões de metros cúbicos de água no período, cerca de R$ 100 milhões.

O chefe do EcoCâmara defendeu ainda a disseminação das práticas da Rede Nacional de Sustentabilidade no Legislativo para estados e municípios. “É possível que câmaras municipais, assembleias e instituições públicas utilizem o nosso plano de logística sustentável para, de fato, conseguir esses resultados? Sim, o Projeto de Lei 10453/18 traz exatamente isso”, acrescentou.

Proposto pelo ex-senador Raimundo Lira (PB), o projeto cria regras e instrumentos para a adoção de práticas sustentáveis em toda a administração pública. O texto recomenda preferência para a aquisição de produtos e serviços com menos impacto sobre os recursos naturais; menos consumo de matérias-primas e geração de resíduos; entre outras diretrizes.

Secretária-adjunta de Administração do Tribunal de Contas da União, Fabiana Ruas Vieira comentou sobre a implantação da política de sustentabilidade no TCU. Segundo ela, de 2016 a 2020, foram desenvolvidas 123 ações como foco na sustentabilidade do tribunal. Entre as ações estão a redução do almoxarifado, de 2.500 itens para 30, a adoção do esgoto a vácuo, reduzindo em 36% no consumo de água, e a instalação de painéis fotovoltaicos nos prédios do TCU.

“É uma rede criada por TCU, Câmara e Senado – e os três órgãos foram se fortalecendo para desvendar os caminhos e os mistérios para a gente buscar esse impacto positivo ambiental. Porém hoje eu tenho muita clareza de que a nossa principal missão é fazer chegar na ponta, nos municípios, passando, claro, pelos estados”, disse Fabiana Ruas.

O debate sobre a sustentabilidade na administração pública foi proposto pelos deputados Prof. Reginaldo Veras (PV-DF) e Socorro Neri (PP-AC). “Essas mudanças de padrão podem contribuir para a economicidade de espaço e de recursos naturais”, disse Veras.

Para a deputada Socorro Neri, a iniciativa de uma gestão pública comprometida com a sustentabilidade é essencial para moldar um ambiente corporativo que promova práticas responsáveis. “A utilização eficiente de recursos, além de servir de exemplo, funciona como catalisador para adoção de práticas semelhantes no setor privado”, disse.

Serviços compartilhados

O secretário de Serviços Compartilhados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Cilair de Abreu, apresentou a estratégia de serviços compartilhados que vem sendo adotada pelo governo federal.

“É quando uma unidade presta serviço para várias outras unidades”, disse. “O principal objetivo é não replicar a estrutura administrativa, então, hoje, a gente atua prestando serviço diretamente para 13 ministérios, reduzindo a estrutura administrativa necessária nesses ministérios”, acrescentou.

Segundo Abreu, a medida se aplica a serviços comuns, como limpeza, manutenção, gestão de folha de pagamento, entre outros. “Isso permite que as estruturas dos ministérios sejam 25% do que seriam normalmente. Nossa projeção de redução de gastos é de R$ 2,37 bilhões em quatro anos.”

Fonte: AMM

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CNJ investigará desembargador que negou prioridade a advogada gestante

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu neste domingo (30) uma reclamação disciplinar contra o desembargador Luiz Alberto de Vargas, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre.

A medida foi tomada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, após o surgimento do caso envolvendo a advogada Marianne Bernardi, que está grávida de oito meses, e teve pedido de prioridade de sustentação oral negado durante uma sessão virtual realizada em 27 de junho.

A reclamação é um procedimento prévio que antecede a eventual abertura de processo disciplinar contra magistrados. Para o ministro, o procedimento é necessário para averiguar a conduta do desembargador.

“Tais questões exigem do Judiciário um olhar atento e que abomine todas as formas de discriminação ou violência, o que inclui tratamento adequado e paritário dispensado àqueles que exercem os serviços no Poder Judiciário, além daqueles que, de qualquer forma, se utilizam das suas dependências ou são usuários dos serviços prestados”, afirmou Salomão.

A seccional da Ordem do Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul (OAB) também acompanha o caso e deve apresentar uma denúncia contra o magistrado ao CNJ e à corregedoria da Justiça do Trabalho.

De acordo com a OAB, o Estatuto da Advocacia garante à advogada gestante o direito de ser ouvida antes de outros advogados durante as sessões de julgamentos nos tribunais de todo o Brasil.

Audiência

Marianne afirmou que ficou das 9h às 16h30 aguardando o processo ser chamado para julgamento.

Durante a sessão, ao negar o direito de preferência, o desembargador Luiz Alberto de Vargas alegou que a preferência não vale para sessões virtuais, somente para presenciais.

“É minha posição, não vou mudar. O problema está sendo criado pela doutora Marianne, não por mim. A doutora teve uma hora para conseguir outro advogado para substituí-la, já que está passando mal. Não posso fazer mais do que isso. Esse assunto já tomou muito tempo da sessão”, afirmou o magistrado.

Em seguida, a advogada argumentou que seu direito estava sendo desrespeitado pelo magistrado. Ela foi defendida por outros desembargadores, advogadas e pelo procurador do Trabalho que estavam na sessão. “Doutor, eu não estou criando nenhum problema aqui na sessão. É um direito legal sendo desrespeitado pelo senhor”, disse.

Em meio ao impasse, o magistrado chegou a dizer que não sabia se a profissional estaria realmente grávida ou não. Ao ouvir o questionamento, ela se levantou da cadeira e mostrou a barriga de gestante para a câmera.

Outro lado

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do tribunal e perguntou se o gabinete do desembargador Luiz Alberto de Vargas pretende se manifestar sobre o episódio. A reportagem aguarda retorno.

Via: Agência Brasil

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Carlos Fávaro Cita Nomes para Vice, mas Não Define Chapa de Lúdio em Lançamento de Candidatura

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PSD RACHADO

REDAÇÃO DO RUFA 

No lançamento oficial da candidatura de Lúdio Cabral como postulante à prefeitura de Cuiabá, a presença do Ministro Carlos Fávaro, do PSD, trouxe expectativas e incertezas quanto ao apoio efetivo do partido. Enquanto o evento foi marcado por discursos e especulações sobre quem seria o vice na chapa de Lúdio, Fávaro  revelou nomes , mas sem definir um como o vice na chapa de Lúdio 

Embora Fávaro tenha destacado diversos nomes internos do PSD como possíveis candidatos a vice, como a Medica Natasha, Bruna, a jornalista Rafaela( filha do Ministro), e mencionado o ex- vereador Misael Galvão, líder reconhecido do Shopping Popular, as principais lideranças do partido em Cuiabá manifestaram apoio a Eduardo Botelho, rival de Lúdio, o que pode indicar uma divisão interna significativa.

Fávaro também mencionou uma aproximação entre o deputado Max Russi, do PSB, e o grupo político do governador Mauro Mendes, que apoia Eduardo Botelho como candidato próprio à prefeitura. Essa movimentação sugere um cenário complexo de alianças e interesses políticos em jogo, onde tudo é possível conforme destacado pelo próprio ministro.

Fonte: Rufando o Bombo

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As Relações familiares e as “divergências politicas” entre os Rivas e os Fagundes

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2026 EM DEBATE

Pablo Rodrigo  A GAZETA 

Em palanques opostos nas principais cidades de Mato Grosso, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e o seu sogro, senador Wellington Fagundes (PL), travarão uma disputa particular com o objetivo de chegarem fortalecidos nas eleições de 2026, para seus projetos pessoais. Enquanto Fagundes visa disputar o governo do Estado, Janaina tentará uma das duas vagas ao Senado.

 

Porém, neste ano, os dois se enfrentarão partidariamente, já que o MDB e PL se enfrentarão nas principais cidades, exceto em Sinop, onde o MDB apoiará a reeleição de Roberto Dorner (PL).

 

‘Tirando Sinop, nós vamos nos enfrentar em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Barra do Garças, Sorriso e em tantos outros municípios. Mas acredito que isso não irá prejudicar nossa relação’, disse Janaina Riva, que é casada do empresário Diógenes Fagundes, filho do senador.

 

Apesar de acreditar que a disputa não ultrapassará o palanque a disputa eleitoral, Janaina não esconde que a prioridade sempre será o seu projeto político e não do sogro.

 

‘O ideal era que nós dois chegássemos fortalecidos em 2026. Mas o Wellington sabe que entre priorizar o meu projeto e o dele, eu vou escolher o meu. Assim como ele escolherá o dele’, aponta.

 

Porém, ela acredita que nenhum dos dois buscará atrapalhar o outro, até porque, segundo ela, uma aliança pode ocorrer lá na frente. ‘Ele tem o sonho de ser governador e eu senadora. Analisando a atual conjuntura, tudo indica que estaremos em lados opostos também em 26. Mas tudo pode acontecer’, pondera.

 

No entanto, Janaina lembra, que em relação à disputa ao governo, entre os atuais nomes, ela tem preferência pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). ‘Ele sabe [Wellington] que é muito difícil eu não apoiar o Pivetta. Ele sempre me apoiou, então tenho que retribuir’, disse.

 

‘Mas se a gente conseguir chegar lá sem atrapalhar um ao outro já será uma vitória. Porque o Wellington nem tanto, mas eu sou bem incisiva e empolgada nas eleições’, analisa.

 

Janaina Riva casou com o filho de Wellington Fagundes em 2018. Nas eleições daquele ano, ela pediu licença do MDB para apoiá-lo na disputa ao governo, quando ele foi derrotado pelo governador Mauro Mendes (União). Já em 2022, os dois estiveram juntos no mesmo palanque, quando Fagundes foi reeleito senador e ela deputada estadual.

Fonte: Rufando o Bombo

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