MATO GROSSO

Defensoria obteve 38 absolvições em 112 júris no mutirão do Tribunal em Cuiabá

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A Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) participou de 112 júris (até o dia 21 de maio), obtendo 38 absolvições (34% do total) até agora, em 2024, no mutirão do Tribunal do Júri, em Cuiabá.

“Temos um represamento muito grande de júris. A grande vantagem é a distribuição de justiça social, esse é o ponto central”, afirmou o primeiro subdefensor-geral, Rogério Borges Freitas, que auxiliou os defensores do Núcleo do Júri da Capital.

Do total de 112 júris realizados pela Defensoria no Mais Júri, foram 30 absolvições, oito absolvições com outras condenações (mais de um réu), 65 condenações e nove desclassificações (cinco prescritos).

O programa Mais Júri é o resultado de um termo de cooperação interinstitucional firmado pelo Judiciário com a Defensoria e o Ministério Público, retomado no dia 4 de março desde ano. A previsão é de que 163 júris sejam designados até o dia 27 de junho.

“A Administração Superior está dando total amparo aos defensores, tirando defensor do interior para vir para cá fazer júri. Está sendo muito positivo para os nossos assistidos”, revelou o defensor Marcus Vinícius Esbalqueiro, que atua na 3ª Defensoria do Núcleo do Júri.

Absolvição – No dia 23 de maio, Luiz Henrique de Mello Lobo Lima foi absolvido pelo júri popular das acusações de envolvimento no assassinato de Edcarlos, ocorrido em 25 de abril de 2016.

Baseada na tese de Negativa de Autoria, a Defensoria conseguiu provar que Luiz Henrique não esteve presente no local do crime e não fazia parte do grupo denunciado.

Os defensores apresentaram uma série de evidências e testemunhos que sustentaram a inocência do réu, levando os jurados a um veredito favorável.

A estratégia de defesa se concentrou em demonstrar que Luiz Henrique estava em um local diferente no momento do crime.

Além disso, a ausência de provas materiais que vinculassem o réu à cena do crime foi um ponto crucial para a decisão do júri.

A defesa argumentou que não havia DNA, impressões digitais ou qualquer vestígio de presença de Luiz Henrique no local do fato.

Outro ponto forte da defesa foi a desacreditar as testemunhas da acusação e a análise dos procedimentos investigativos.

A equipe de defesa destacou inconsistências e lacunas nas provas apresentadas pela acusação, questionando a validade e a integridade das evidências.

Além disso, foram apontadas possíveis falhas nos métodos de investigação utilizados e a influência indevida que poderia ter comprometido a imparcialidade dos investigadores e testemunhas.

“Mudou a perspectiva que eu tinha em relação à Defensoria. Os defensores são muito bons, deram toda a atenção, foram extremamente dedicados, técnicos. São pessoas muito inteligentes e capacitadas”, afirmou Luiz Henrique.

A defesa também enfatizou a ausência de qualquer motivo para que ele cometesse o crime. Foi ressaltado que ele não tinha nenhuma conexão pessoal ou conflito com a vítima, Edcarlos, e que não fazia parte do grupo denunciado.

Testemunhas de defesa atestaram o caráter de Luiz Henrique, destacando seu bom comportamento como policial militar desde 2011, sem punições administrativas e com bom conceito dentro da Polícia Militar de Mato Grosso.

Ao final, a defesa fez um apelo emocional ao júri, pedindo que considerassem todas as evidências de forma justa e imparcial.

O argumento da “dúvida razoável” foi reiterado, reforçando que, no sistema de justiça criminal, a dúvida deve beneficiar o réu.

Com base nos argumentos apresentados, o júri absolveu Luiz Henrique de Mello Lobo Lima.

“Estou aliviado. A perspectiva de pena era de no mínimo 21 anos. Em média, estavam dando 27 anos aos condenados. Poderia ter contratado o melhor advogado de Mato Grosso que não teria sido tão bem defendido quanto fui”, destacou.

Via: Defensoria Pública MT

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Após ação da Defensoria, recém-nascido de Confresa realiza implante de marca-passo em Cuiabá

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Após ação da Defensoria Pública de Mato Grosso, R.L.M.T., um bebê nascido em Confresa (1.049 km de Cuiabá), realizou um implante de marca-passo no Hospital Santa Helena, na capital, no dia 27 de maio, com 15 dias de vida.

O pedido de tutela de urgência antecipada foi proposto pelo defensor público Nelson Gonçalves de Souza Junior, no dia 24 de maio, e deferido pelo Juízo de Primavera do Leste no mesmo dia, durante o plantão, que avaliou a urgência do caso.

“A cirurgia durou cerca de duas horas. Fiquei apreensiva na hora, mas depois fiquei bem aliviada. Deu tudo certo, graças a Deus. A recuperação dele está sendo ótima”, relatou a mãe, R.S.M., de 21 anos.

Entenda o caso – Ainda no pré-natal, o ultrassonografista constatou que o feto apresentava um bloqueio atrioventricular total congênito, com risco de arritmia e insuficiência cardíaca, e necessitava de um implante de marca-passo.

Desse modo, segundo a mãe, ela foi imediatamente internada, na sexta-feira (10 de maio), e o parto ocorreu no domingo (12), em Confresa, sem intercorrências. O bebê nasceu com 36 semanas (cerca de oito meses de gestação).

Porém, o quadro dele evoluiu para bradicardia (ritmo cardíaco irregular ou lento) e, diante da urgência do caso, foi transferido no dia seguinte (13) para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Maternidade São Lucas, em Primavera do Leste.

Por conta da gravidade do caso, a Defensoria solicitou à Justiça a transferência dele para uma UTI neonatal, tipo 2, com suporte para cirurgia cardíaca, em hospital público ou particular.

A ação de obrigação de fazer, com pedido de tutela de urgência antecipada, foi proposta pelo defensor público Nelson Gonçalves de Souza Junior, no dia 24 de maio, incluindo os laudos médicos e orçamentos.

“Zelar hoje pela Primeira Infância é oferecer um presente ao passado e ao futuro, um presente que muda a representação dos tempos pretéritos e amplia o horizonte do porvir”, afirmou.

O defensor solicitou ainda o imediato bloqueio de verbas públicas nas contas do Estado, no valor de R$ 200 mil, para garantir a internação do bebê e a realização do procedimento cirúrgico em hospital da rede privada, se necessário.

“Que sejam incluídos o fornecimento de todos os exames e medicamentos necessários ao tratamento, além do custeio das despesas indispensáveis e necessárias ao tratamento do requerente”, diz trecho da ação.

Durante o plantão, o atendimento prosseguiu com a atuação do defensor público Rafael Pereira Cardoso. Mais tarde, no mesmo dia (24), a tutela provisória de urgência foi deferida pela juíza plantonista Patrícia Cristiane Moreira.

Com isso, o bebê foi transferido no dia 27 de maio para o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, onde passou pelo procedimento cardíaco para implantar o marca-passo, colocado na região abdominal. Segundo a família, ele está se recuperando bem.

“Recomendo a Defensoria porque o atendimento foi excelente, maravilhoso, muito rápido! Me deixou bastante surpresa”, revelou a mãe, que já retornou para Confresa com o filho.

Via: Defensoria Pública MT

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Defensoria Pública sedia reunião do CIAMP-Rua Nacional sobre políticas públicas para a população em situação de rua

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Defensoria Pública sedia reunião do CIAMP-Rua Nacional sobre políticas públicas para a população em situação de rua

Via: Defensoria Pública MT

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Defensoria Pública debate combate à violência contra idosos

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Durante a tarde desta quarta-feira, 26, a Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) participou ativamente do 3º Seminário sobre o Dia de Conscientização e Combate aos Atos de Violência Contra os Idosos, realizado no auditório da OAB.

Há seis anos envolvida nessas reuniões, a DPMT tem constantemente sugerido pautas e abordado questões cruciais para os idosos, inclusive estabelecendo redes de apoio em parceria com centros especializados, assistentes sociais e centros de saúde.

A defensora pública Elianeth Cláudia de Oliveira Nazário, que integra o Conselho Estadual de Defesa das Pessoas Idosas (CEDEDIPI), representou a Defensoria Pública no evento e destacou a participação efetiva da instituição no Conselho, promovendo políticas públicas que protejam os direitos dos idosos e garantam sua autonomia, qualidade de vida e segurança. “A participação da Defensoria no CEDEDIPI tem promovido avanços significativos na proteção dos direitos dos idosos”, afirmou Elianeth.

Isandir Rezende, presidente do CEDEDIPI, ressaltou que a maioria dos casos de violência contra os idosos ocorre dentro do ambiente familiar, com mais de 90% dos crimes cometidos em Mato Grosso acontecendo nesse contexto. Ele também enfatizou a exaustão dos cuidadores, onde frequentemente “apenas um filho assume essa responsabilidade, enquanto o trabalho deveria ser dividido entre todos os filhos”.

O secretário adjunto de Direitos Humanos, Kennedy Dias, garantiu que “toda a temática da pessoa idosa dentro do estado será vencida”, destacando que “todas as políticas públicas, mais cedo ou mais tarde, passarão pelos direitos dos idosos, e são por essas políticas que estamos lutando”.

A participação da Defensoria Pública no seminário reforça o compromisso em promover a conscientização e o combate à violência contra os idosos, além de fortalecer as redes de apoio e as políticas públicas essenciais para a proteção deste grupo vulnerável.

Via: Defensoria Pública MT

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