MATO GROSSO

Defensoria participa da implantação da Central de Regulação que visa acabar com superlotação do Sistema Penitenciário de MT

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Na tarde desta segunda-feira (27), a Defensoria Pública (DPMT) participou da reunião de implementação da Central de Regulação de Vagas e do Comitê de Políticas Penais, na sala da Presidência do Tribunal de Justiça (TJMT), em Cuiabá.

Desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o projeto-piloto visa evitar a superlotação e reformular a gestão prisional.

O defensor público André Rossignolo, que atua no Núcleo de Execução Penal (Nep), representou a DPMT no evento.

“Esse comitê vai tratar de políticas do Sistema Penitenciário em que existirão, doravante, medidas uniformes do Estado, que servirão de parâmetro para que aquilo que o Estado quer implantar seja efetivamente implantado. Vai ser um marco”, afirmou.

Para o defensor, a primeira medida que deve ser implementada pelo comitê é acabar com a superlotação dos presídios de Mato Grosso.

“Isso já seria um grande avanço. Vivemos décadas de superlotação nos presídios, com o dobro de presos pelo número de vagas. Com a central de regulação, existiria a determinação de que só seja preso o número de pessoas que o Estado comporta”, sustentou.

O juiz auxiliar da Presidência do CNJ e coordenador do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF), Luís Geraldo Lanfredi, também participou da reunião.

“A superlotação não é uma coisa normal. É a constatação de que o Estado falhou. Temos que fundar o nova Execução Penal e essa não é uma tarefa que se realiza sozinho. Por isso, existe o comitê”, pontuou.

Dentre as medidas discutidas pelo grupo, estão a reformulação das medidas socioeducativas, evitando que o menor infrator retorne ao Sistema Prisional no futuro, a redução do uso de tornozeleiras eletrônicas, e a aplicação de penas alternativas à prisão.

“Avançamos muito em Mato Grosso em relação ao Sistema Prisional e ao Socioeducativo. Saímos do horrível para o ruim. Temos uma longa e árdua jornada ainda a ser percorrida”, ressaltou o desembargador Orlando Perri.

Segundo o secretário-adjunto de Administração Penitenciária, Jean Carlo Gonçalves, que participou do encontro, atualmente há 12.700 presos em Mato Grosso, um aumento de 10,5% entre janeiro de 2023 e janeiro deste ano.

“Mais do que duplicamos o número de vagas nos últimos quatro anos. Temos a previsão de aumentar mais de duas mil vagas. Serão construídas cinco novas unidades prisionais femininas”, revelou Perri.

O desembargador defendeu investimentos na chamada “primeira criminalidade” – o Sistema Socioeducativo.

“É muito mais caro atuar na repressão do que na prevenção. Temos que fazer um acompanhamento desse adolescente pari passu, com a família”, disse.

Recentemente, o Governo do Estado encaminhou um protocolo à Secretaria de Administração Penitenciária (Saap), autorizando que detentos tenham ar-condicionado em suas celas.

“Vamos colocar ar-condicionado e piscinas na Penitenciária Central do Estado (PCE). O governador já autorizou. O preso vai ter que merecer lá dentro, vai ter um sistema de meritocracia”, explicou o desembargador.

Outro projeto previsto é a criação do Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) para garantir atendimento humanizado aos adolescentes em conflito com a lei.

Via: Defensoria Pública MT

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Após ação da Defensoria, recém-nascido de Confresa realiza implante de marca-passo em Cuiabá

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Após ação da Defensoria Pública de Mato Grosso, R.L.M.T., um bebê nascido em Confresa (1.049 km de Cuiabá), realizou um implante de marca-passo no Hospital Santa Helena, na capital, no dia 27 de maio, com 15 dias de vida.

O pedido de tutela de urgência antecipada foi proposto pelo defensor público Nelson Gonçalves de Souza Junior, no dia 24 de maio, e deferido pelo Juízo de Primavera do Leste no mesmo dia, durante o plantão, que avaliou a urgência do caso.

“A cirurgia durou cerca de duas horas. Fiquei apreensiva na hora, mas depois fiquei bem aliviada. Deu tudo certo, graças a Deus. A recuperação dele está sendo ótima”, relatou a mãe, R.S.M., de 21 anos.

Entenda o caso – Ainda no pré-natal, o ultrassonografista constatou que o feto apresentava um bloqueio atrioventricular total congênito, com risco de arritmia e insuficiência cardíaca, e necessitava de um implante de marca-passo.

Desse modo, segundo a mãe, ela foi imediatamente internada, na sexta-feira (10 de maio), e o parto ocorreu no domingo (12), em Confresa, sem intercorrências. O bebê nasceu com 36 semanas (cerca de oito meses de gestação).

Porém, o quadro dele evoluiu para bradicardia (ritmo cardíaco irregular ou lento) e, diante da urgência do caso, foi transferido no dia seguinte (13) para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Maternidade São Lucas, em Primavera do Leste.

Por conta da gravidade do caso, a Defensoria solicitou à Justiça a transferência dele para uma UTI neonatal, tipo 2, com suporte para cirurgia cardíaca, em hospital público ou particular.

A ação de obrigação de fazer, com pedido de tutela de urgência antecipada, foi proposta pelo defensor público Nelson Gonçalves de Souza Junior, no dia 24 de maio, incluindo os laudos médicos e orçamentos.

“Zelar hoje pela Primeira Infância é oferecer um presente ao passado e ao futuro, um presente que muda a representação dos tempos pretéritos e amplia o horizonte do porvir”, afirmou.

O defensor solicitou ainda o imediato bloqueio de verbas públicas nas contas do Estado, no valor de R$ 200 mil, para garantir a internação do bebê e a realização do procedimento cirúrgico em hospital da rede privada, se necessário.

“Que sejam incluídos o fornecimento de todos os exames e medicamentos necessários ao tratamento, além do custeio das despesas indispensáveis e necessárias ao tratamento do requerente”, diz trecho da ação.

Durante o plantão, o atendimento prosseguiu com a atuação do defensor público Rafael Pereira Cardoso. Mais tarde, no mesmo dia (24), a tutela provisória de urgência foi deferida pela juíza plantonista Patrícia Cristiane Moreira.

Com isso, o bebê foi transferido no dia 27 de maio para o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, onde passou pelo procedimento cardíaco para implantar o marca-passo, colocado na região abdominal. Segundo a família, ele está se recuperando bem.

“Recomendo a Defensoria porque o atendimento foi excelente, maravilhoso, muito rápido! Me deixou bastante surpresa”, revelou a mãe, que já retornou para Confresa com o filho.

Via: Defensoria Pública MT

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Defensoria Pública sedia reunião do CIAMP-Rua Nacional sobre políticas públicas para a população em situação de rua

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Defensoria Pública sedia reunião do CIAMP-Rua Nacional sobre políticas públicas para a população em situação de rua

Via: Defensoria Pública MT

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Defensoria Pública debate combate à violência contra idosos

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Durante a tarde desta quarta-feira, 26, a Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) participou ativamente do 3º Seminário sobre o Dia de Conscientização e Combate aos Atos de Violência Contra os Idosos, realizado no auditório da OAB.

Há seis anos envolvida nessas reuniões, a DPMT tem constantemente sugerido pautas e abordado questões cruciais para os idosos, inclusive estabelecendo redes de apoio em parceria com centros especializados, assistentes sociais e centros de saúde.

A defensora pública Elianeth Cláudia de Oliveira Nazário, que integra o Conselho Estadual de Defesa das Pessoas Idosas (CEDEDIPI), representou a Defensoria Pública no evento e destacou a participação efetiva da instituição no Conselho, promovendo políticas públicas que protejam os direitos dos idosos e garantam sua autonomia, qualidade de vida e segurança. “A participação da Defensoria no CEDEDIPI tem promovido avanços significativos na proteção dos direitos dos idosos”, afirmou Elianeth.

Isandir Rezende, presidente do CEDEDIPI, ressaltou que a maioria dos casos de violência contra os idosos ocorre dentro do ambiente familiar, com mais de 90% dos crimes cometidos em Mato Grosso acontecendo nesse contexto. Ele também enfatizou a exaustão dos cuidadores, onde frequentemente “apenas um filho assume essa responsabilidade, enquanto o trabalho deveria ser dividido entre todos os filhos”.

O secretário adjunto de Direitos Humanos, Kennedy Dias, garantiu que “toda a temática da pessoa idosa dentro do estado será vencida”, destacando que “todas as políticas públicas, mais cedo ou mais tarde, passarão pelos direitos dos idosos, e são por essas políticas que estamos lutando”.

A participação da Defensoria Pública no seminário reforça o compromisso em promover a conscientização e o combate à violência contra os idosos, além de fortalecer as redes de apoio e as políticas públicas essenciais para a proteção deste grupo vulnerável.

Via: Defensoria Pública MT

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