Agricultura
Impactos do clima e da política externa no mercado da soja

A soja enfrenta um cenário de volatilidade e incerteza. Conforme informações da plataforma Grão Direto, fatores como mudanças políticas nos EUA, condições climáticas na América do Sul e a flutuação do dólar têm impactado diretamente o mercado, gerando desafios para produtores brasileiros e compradores internacionais.
Como o mercado da soja se comportou?
A eleição de Donald Trump, com a adoção de uma política mais agressiva em relação às tarifas de importação, gerou preocupação no mercado da soja. O governo dos Estados Unidos pretende implementar taxas de até 10% sobre as importações chinesas, o que pode afetar negativamente os preços internacionais da soja, especialmente na Bolsa de Chicago, maior referência global para a commodity.
Além disso, o clima também foi um fator importante que influenciou o mercado nos últimos dias. No Brasil, a previsão de chuvas excessivas no Centro-Norte (Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais) levou a atrasos na colheita da soja, impactando a qualidade dos grãos. Ao mesmo tempo, o Sul do Brasil sofre com a estiagem, que, embora favoreça a colheita da soja, prejudica o plantio do milho safrinha. As condições climáticas têm gerado volatilidade nas cotações da soja e devem continuar a influenciar o mercado no curto prazo.
Dólar em queda
A cotação do dólar também foi impactada por uma leve desaceleração da inflação no Brasil. Com a moeda norte-americana recuando para R$ 5,91, o mercado viu um certo otimismo se espalhar, mas com efeitos negativos sobre os preços internos da soja. A queda do dólar pode tornar a soja brasileira mais cara para os compradores internacionais, dificultando a comercialização e pressionando os preços para baixo.
E o que esperar do mercado?
O clima continua sendo o principal fator de incerteza para os próximos meses. A continuidade das chuvas intensas no Centro-Norte pode causar novos atrasos na colheita e reduzir a qualidade dos grãos. Por outro lado, as condições de seca no Sul devem favorecer a colheita, mas agravar a situação do milho. Esse cenário de instabilidade climática poderá continuar a pressionar os preços, principalmente no curto prazo.
As políticas de Trump podem influenciar os preços da soja de maneira significativa. Caso as tarifas sobre as importações chinesas sejam implementadas, as cotações da soja podem recuar, devido à redução da demanda global. Porém, se houver valorização dos prêmios externos, pode haver um certo alívio nas quedas, equilibrando as forças no mercado.
Na Argentina, a safra de soja enfrenta dificuldades, com altas temperaturas e a falta de umidade prejudicando as lavouras. A estimativa de produção foi revista para baixo, o que reduz a oferta de soja no mercado global e pode gerar um aumento nos preços internacionais, beneficiando produtores no Brasil.
Contratos futuros da soja
Os contratos futuros de soja para março/2025 na Bolsa de Chicago apresentaram um movimento técnico importante. Após atingir US$ 10,75/bushel, os preços sofreram pressão vendedora e fecharam a semana em US$ 10,50/bushel. Esse nível é crucial para determinar a direção futura das cotações.
Se o mercado mantiver os preços acima de US$ 10,40/bushel, é possível que tenha uma valorização até US$ 10,95/bushel. Porém, a perda deste suporte pode resultar em uma queda até US$ 10,23/bushel e, em um cenário mais pessimista, até US$ 10,00/bushel.
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