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Jovem que matou melhor amiga em Cuiabá é expulsa de faculdade em SP

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caso isabele

 

A Faculdade São Leopoldo Mandic, uma das mais caras do país, expulsou do seu quadro de alunos, nesta sexta-feira, uma estudante de 18 anos do curso de Medicina. A medida ocorreu após colegas de turma acionarem a direção da instituição de Campinas (SP) informando que a jovem esteve diretamente envolvida em um caso que mobilizou manchetes Brasil afora em 2020: a morte da adolescente Isabele Guimarães Rosa, baleada no rosto pela melhor amiga — a universitária expulsa — em um condomínio de luxo em Cuiabá, capital do Mato Grosso.

Em 2021, a autora do disparo foi indiciada pela Polícia Civil por ato infracional análogo a homicídio doloso, com intenção de matar. Ela passou cerca de 18 meses reclusa em uma unidade para menores infratores. Em junho de 2022, porém, após recurso apresentado pelos pais da jovem, a tipificação foi alterada para ato análogo a homicídio culposo, quando não há o intuito da morte, o que permitiu que a jovem ganhasse liberdade.

Depois de concluir o Ensino Médio, ela prestou vestibular no ano passado e foi aprovada em várias faculdades, entre elas a São Leopoldo Mandic, onde foi matriculada em Medicina ao lado da irmã gêmea. Aos pais, a agora ex-universitária contou que a escolha do curso deu-se justamente por se tratar de um sonho de Isabele, que havia perdido o pai neurocirurgião pouco antes de morrer pelas mãos da melhor amiga.

“Já não basta eu ter que morar no mesmo condomínio que a família dela, ainda tenho que ouvir essas coisas”, reagiu a mãe de Isabele, Patricia Hellen Guimarães Ramos, ao tomar ciência do relato.A decisão da São Leopoldo Mandic ocorreu após o recebimento de uma denúncia, que resultou na abertura de uma sindicância.

Nessa apuração interna, foi constatado que a presença da jovem estaria tumultuando a comunidade acadêmica e poderia comprometer a reputação da instituição, além de, no entender da faculdade, não ser compatível com a prática da Medicina. Assustado com a presença da recém-chegada junto do restante da turma, um grupo de mães também pressionou a direção a decidir pela expulsão.

“Essa estudante matou a melhor amiga com um tiro bem no meio do rosto. Quem me garante que ela não vai fazer isso de novo? Não estou nem dormindo direito”, disse ao blog Berta Camillo, cuja filha era da mesma classe que a jovem.

Nas primeiras semanas de aula na nova universidade, a jovem até passou despercebida. No entanto, às vésperas do carnaval, uma aluna do 5º ano, moradora de Cuiabá, espalhou pela comunidade acadêmica que a caloura havia sido condenada. A partir deste momento, a estudante passou a ser rejeitada pelas colegas de classe. Em uma das situações, chegou para assistir aula e sentou numa das cadeiras. As alunas em volta dela se levantaram do seu lado, em uma demonstração de rejeição.

 Procurada, a faculdade São Leopoldo Mandic enviou ao blog a seguinte nota: “Em relação ao caso da aluna ingressante no curso de Medicina, a instituição tomou conhecimento do fato a partir de uma denúncia feita ao comitê de compliance. Foi feita uma apuração e constatado que a presença da aluna gerou um clima interno de grande instabilidade no ambiente acadêmico. Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa”.

O diretor de graduação da faculdade, Guilherme Succi, reforçou que a decisão foi tomada para proteger a tranquilidade do ambiente acadêmico e a segurança de todos os envolvidos. “Todas as ações baseiam-se em questões previstas nas normas internas da Instituição e também no Código de Ética do Estudante de Medicina”, disse. Ele fez questão de frisar que a instituição vai devolver os valores pagos pela estudante e que a decisão não se estende à irmã gêmea. A mensalidade na faculdade em questão custa em torno de R$ 13 mil.

Como foi a morte

Isabele e a amiga eram vizinhas no residencial Alphaville I, onde também morava à época o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes. No domingo de 12 de junho de 2020, a garota usou o WhatsApp para convidar a colega para fazer uma torta de limão. Isabele pegou os ingredientes, despediu-se da mãe e seguiu para a outra casa no condomínio de luxo. Ambas tinham 14 anos à época.

Na mesma tarde, o namorado da universitária, então com 16 anos, chegou à mansão com uma case contendo uma pistola de fabricação italiana Tanfoglio, calibre 38, cor preta e sem munição. Toda a família proprietária do imóvel praticava tiros, inclusive a própria adolescente, que já havia vencido várias competições do gênero.

Segundo consta no processo que condenou a estudante ao cumprimento de três anos de medidas socioeducativas, a pistola foi levada naquela data porque o pai dela, um empresário de sucesso, estaria interessado em comprá-la. Havia, contudo, uma outra arma na case: uma pistola Imbel prata calibre 38, também sem balas. O empresário ordenou que a filha de 14 anos levasse as duas armas para o segundo pavimento, onde deveriam ser guardadas em um armário. Sem que ninguém percebesse, porém, o namorado da adolescente municiou a pistola Imbel.

 

No segundo andar, ainda de acordo com os autos, a estudante deparou-se com Isabele fumando um cigarro eletrônico escondida. Ela narrou em depoimento que levou um susto com a presença da amiga na porta do banheiro e acabou disparando a arma “sem querer” e à queima-roupa, o que foi classificado por ela na polícia como um “tiro acidental”. A bala atravessou o rosto de Isabele, perfurando a ponta do nariz, e saiu pela nuca, causando morte instantânea.

Posteriormente condenada, e embora tenha alegado tiro acidental, a jovem foi acusada de querer efetuar um “disparo seco”, sem munição. Na noite da morte, o namorado dela conversou com o irmão pelo WhatsApp, em diálogo anexado ao processo. O parente perguntou: “Você deixou ela com munição? Fala a verdade”. O rapaz respondeu: “Estava no carregador, mas não na câmara”, acrescentando em seguida que “a guria morreu”.

Patricia Ramos move uma ação de danos morais no valor de R$ 2 milhões contra a família da jovem que matou sua filha e contra a família do ex-namorado dela, que levou a arma para a casa onde o assassinato se consumou. “Eles nunca vieram me pedir desculpas”, queixa-se a mãe, que também move uma ação de danos materiais para forçar a família da estudante a pagar os R$ 40 mil gastos no funeral de Isabele. O adolescente que levou arma, hoje com 20 anos, foi punido por porte ilegal de arma de fogo.

Fonte: Folhamax

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Gestão inaugura sede física do Museu Histórico de Lucas do Rio Verde

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Um local para salvaguardar a história do município foi entregue na tarde deste sábado (29), pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde. A Casa de Pedra, construída em 2004, agora sediará o Museu Histórico da cidade. 

Com o investimento de mais de R$ 349 mil, o espaço foi reestruturado para esta nova função e recebeu uma nova pintura, limpeza do telhado, troca da estrutura da claraboia, restauro das portas, janelas, madeiras e banheiros, reestruturação da parte elétrica, troca dos pisos da recepção, sala de exposição, sala administrativa, além do novo paisagismo e portal de entrada. 

“Um marco histórico para Lucas do Rio Verde. Poder viver esse momento junto com os pioneiros que contribuíram para construir essa linda história. O espaço está muito bem organizado e vale a pena vir ser visitado pela população”, ressaltou o prefeito Miguel Vaz.

Na ocasião, o prefeito recebeu das mãos da salvaguarda e pioneira do município, Vera Carpenedo, documentos históricos que estavam guardados para compor o acervo do museu no dia da sua inauguração. Além disso, foi realizado também a assinatura do decreto de tombamento da Casa de Pedra, se tornando agora Patrimônio Histórico e Cultural de Lucas do Rio Verde.

A cerimônia de entrega contou também com a presença de autoridades, convidados, sociedade civil e de pioneiros luverdenses, que se emocionaram ao relembrar momentos especiais ao ver o acervo reunido no local.

(Foto: Ascom Prefeitura/Janderson Kavano)

“Pra mim é um grande acontecimento. Cheguei aqui há 42 anos, quando só tinha o cerrado, então muitas coisas que estamos mostrando hoje a gente presenciou. É um passo gigantesco no nosso município, temos a nossa história real para mostrar aos jovens que nascerem daqui pra frente e aos que não conhece”, contou o pioneiro Sebastião Garcia Costa.

Agora, a Casa de Pedra se torna sede do Museu Histórico de Lucas do Rio Verde, um local aberto para visitação pública, de referência para a população e turistas terem a oportunidade de conhecer a história do Município, a partir das narrativas históricas e exposições museológicas. 

“Estou muito feliz! Era um compromisso da gestão entregar um espaço para assegurar que a história dos luverdenses sejam contadas pelas próximas gerações. Convido a todos que venham conhecer o museu e saber mais sobre o município, tenho certeza que irão se surpreender”, finalizou a secretária de Cultura e Turismo, Luciana Bauer.

O Museu Histórico de Lucas do Rio Verde está localizado na Rua Santa Fé, s/nº, no centro da cidade. O espaço funcionará de quarta a domingo, das 9h às 12h e das 15h às 20h. A entrada é gratuita.

 

Fonte: Secom Lucas do Rio Verde

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Prefeitura entrega revitalização da praça do Jardim Primaveras

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A população do Jardim Primaveras prestigiou nesta sexta-feira (28), a entrega da revitalização da praça do  bairro. Dentre as melhorias, realizadas pela Prefeitura de Lucas do Rio Verde, o espaço recebeu um novo campo, com gramado sintético.

A revitalização inclui a instalação e ampliação do parque, quadra de areia, quadra de Streetball e paisagismo.

O prefeito Miguel Vaz destacou o cuidado e zelo que a comunidade tem com a praça, que está sempre ocupada por crianças e pessoas de todas as idades. 

“Me enche de satisfação poder trabalhar em prol de fazer aquilo que são as demandas da sociedade. Então entregar a praça é colher os frutos, porque vemos aqui as crianças e os jovens se divertindo. E percebemos que realmente as pessoas cuidam da praça ”, disse o prefeito.

Para comemorar a entrega da nova praça, uma partida rápida de futebol foi registrada. Participaram do jogo, autoridades como o prefeito Miguel Vaz, a Guarda Civil Municipal e outros convidados.

“Pintamos todos os espaços, aonde tem área de caminhada específica, os brinquedos, foi construída uma quadra de areia nova para que a população possa jogar o voleibol, quadra de street separada, quadra de futsal. Tudo isso, para que mais pessoas possam aproveitar ao mesmo tempo desse espaço. O investimento foi grande aqui no espaço, mas a comunidade merece”, acrescentou o secretário de Esporte e Lazer, Andre Matto.

Outras praças da cidade estão passando por melhorias para atender os bairros. Assim como o campo do bairro Rio Verde, que recebeu revitalização e foi devolvido a comunidade e a praça do bairro Tessele Junior que também teve várias melhorias.

Fonte: Secom Lucas do Rio Verde

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Evento de combate à violência contra a mulher sensibilizou a cidade

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Durante um dia inteiro de palestras e apresentações culturais, ocorrido na sexta-feira (28), mulheres luverdenses se uniram no evento “Elas Têm Poder”, do Instituto Harrison Ribeiro com apoio da Prefeitura de Lucas do Rio Verde, para a conscientização do combate a violência doméstica. De acordo com a organização, quase 300 pessoas se reuniram no Clube do Idoso De bem com a Vida, local escolhido para  o evento.

Um testemunho emocionante abriu o evento, da Aline Silva Araújo, vítima de agressões físicas, psicológicas e patrimonial.

A primeira-dama e secretária de Assistência Social, Janice Ribeiro, foi a anfitriã do evento. “Ficamos muito felizes quando recebemos a visita do Instituto aqui e saber que nós somos um dos 16 municípios, e o primeiro a ser aplicado o projeto. Vem ao encontro com os trabalhos que nós já realizamos aqui com a rede de enfrentamento. Nós temos que intensificar o nosso trabalho, conscientizar as pessoas e cada vez mais nos darmos as mãos. As mulheres precisam se unir mais e lutar pelos nossos direitos”, explicou. 

(Foto: Ascom Prefeitura/Andrew Aragão)

Harrison Ribeiro, presidente do Instituto e idealizador do evento, agradeceu a oportunidade de abrir os trabalhos em Lucas do Rio Verde. “O sentimento é de muita alegria, porque a gente sabe que é um tema muito relevante. Nós temos uns índices tristes de violência contra a mulher. Então a gente fica feliz do movimento de ver que a gente pode fazer alguma coisa. Saber que a gente pode transformar essa realidade. Nós temos também, vai ter aplicativo para dar uma continuidade nisso. Uma rede para que a gente possa cada dia mais, essas mulheres, sentir seguras com saber que tem várias pessoas, as entidades, não só as OSCs, mas também as prefeituras, as empresas privadas, todos estão mobilizados a um só propósito, que é eliminar com esse índice tão triste que a gente vive hoje de violência contra a mulher”, esclareceu.

Para trabalhar a autoestima das mulheres, a apresentação do evento ficou por conta da humorista Comadre Sebastiana. Palestras motivacionais, de empreendedorismo e demais temas foram ministradas pelas organizadoras Consuelo Alves, Elaine Paes, Celma Griggi e Tais Nunes.

Todos os presentes no Elas Têm Poder receberam certificado digital de participação.

Fonte: Secom Lucas do Rio Verde

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