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Mesmo com liberdade concedida em caso de posse de arma, Romero Xavier continua preso por feminicídio

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O juiz Fabio Petengill, da 2ª Vara Criminal de Lucas do Rio Verde, decidiu conceder liberdade a Romero Xavier Mengarde, acusado de posse ilegal de arma de fogo. A decisão também suspendeu o pagamento de uma fiança de R$ 8 mil, anteriormente imposta como condição para sua soltura. No entanto, Romero Xavier permanece detido, pois também é suspeito de ser o mandante do assassinato brutal de sua ex-esposa, Raquel Cattani, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL).

Na decisão, o magistrado considerou desproporcional manter Romero preso apenas pela falta de pagamento da fiança, especialmente porque já havia sido reconhecida a possibilidade de conceder liberdade provisória no caso de posse ilegal de arma. “Afigura-se irrazoável manter o réu preso cautelarmente apenas em razão do não pagamento de fiança”, afirmou o juiz em seu despacho publicado nesta quinta-feira (8).

Apesar dessa decisão, Romero Xavier segue preso devido a outro mandado de prisão, desta vez relacionado ao feminicídio de Raquel Cattani. Conforme a legislação brasileira, crimes contra a vida, como o feminicídio, são considerados inafiançáveis, o que impede sua libertação por meio de fiança.

Raquel Cattani, de 26 anos, foi assassinada com mais de 30 facadas dentro de sua casa, localizada no sítio da família na região de Pontal do Marape, em Nova Mutum. Ela era uma produtora de queijos reconhecida internacionalmente e mãe de duas crianças pequenas. O crime chocou a comunidade local e levou à prisão de Romero Xavier e seu irmão, Rodrigo Xavier, que segundo as investigações, foi o executor do crime.

De acordo com o delegado Guilherme Pompeo, responsável pela investigação, Romero não aceitava o término do relacionamento com Raquel e, motivado por um comportamento possessivo, planejou o assassinato. Rodrigo teria ajudado a encenar o crime para que parecesse um roubo, mas a farsa foi desvendada pela Polícia Civil. A prisão dos dois irmãos foi efetuada após a realização de diligências que incluíram o depoimento de mais de 150 pessoas.

O caso continua a ser investigado pela Polícia Civil, que busca esclarecer todos os detalhes desse crime bárbaro.





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