Política
Na posse, Anglizey lembra avanços na vara de recuperação judicial
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) deu posse, nesta tarde desta terça-feira (20), a nova desembargadora Anglizey Solivan de Oliveira.
Em seu discurso, a magistrado citou o histórico de 26 anos no Judiciário mato-grossense, e fez um agradecimento emocionada ao filho, Guilherme: “Tudo valeu a pena!”, disse.
Anglizey foi escolhida pelo critério merecimento. Ela assume a cadeira que pertencia ao desembargador Luiz Carlos da Costa, que morreu em maio deste ano.
Nos últimos anos como juíza, Anglizey atuou na Primeira Vara Cível de Cuiabá, que é referência em recuperação judicial e falência empresarial no País.
“Inicialmente, me parecia um desafio impossível de ser enfrentado e se tornou a maior oportunidade profissional da minha vida. […] Participei de decisões que construíram o direito empresarial no Brasil, eu o fiz como juíza da Primeira Vara Cível da Capital do Estado de Mato Grosso”, disse.
“Em verdade, eu vivi desafios imensuráveis pela complexidade desses processos, mas também vivi a alegria por transformar a vida de tantas pessoas, especialmente trabalhadores que receberam pagamentos de massas falidas, e permiti a reestruturação e continuidade de empresas viáveis que geram a riqueza desse País”, disse.
Ela citou que quando o desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha foi presidente do Judiciário (2019-2020), a 1ª Vara se tornou a primeira do País quanto à insolvência empresarial.
“O pioneirismo de Mato Grosso nessa matéria é tanto que […] o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] regulou a questão num dia, e no outro o TJMT instalou a vara especializada. […] Em recente evento em nosso Estado, o ministro Luis Felipe Salomão [corregedor do CNJ] observou que temos muita tradição na matéria, muita vocação”.
“Eu diria que a minha vocação foi moldada pela demanda, pela necessidade de atuação. Foram oito anos desafiadores e de muitos sacrifícios, mas que experimentei grandes alegrias. Tenho orgulho de dizer que hoje eu sou uma das juízas mais longevas à frente de uma vara de recuperação judicial e falência no Brasil. Esse trabalho foi construído com muita retidão e segurança e atuação de várias pessoas”, disse.
“Mãe normal”
Anglizey ainda agradeceu familiares, amigos, professores e magistrados. Ela dedicou a posse ao seu filho único, Guilherme, que o recebeu os agradecimentos emocionado.
“O Guilherme é a luz dos meus dias e a luz da minha vida. O Guilherme, muitas vezes, me disse que queria ter uma mãe normal. E eu o perguntava: ‘O que é uma mãe normal, meu filho?’ E ele dizia: ‘Que não trabalha tanto quanto você e que saia da frente do computador’”, disse a nova desembargadora.
“Hoje, eu estou com ele experimentando essa alegria. Tudo valeu a pena!”, comemorou.
A magistrada nasceu no dia 6 de dezembro de 1965, em Tapira (PR). Ingressou na Magistratura em 1998, e atuou nas comarcas de Colíder, Juscimeira, Jaciara, Cáceres, Itiquira, Rondonópolis, Várzea Grande e Cuiabá.
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