Polícia
PJC recupera R$ 340 mil em móveis de luxo adquiridos por golpista na prisão
A Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá cumpriu, nesta quinta-feira (09), mandados de busca e apreensão dentro da Operação Jail Hacker contra suspeitos de envolvimento em um golpe contra uma loja de móveis de alto padrão em Cuiabá. O golpe causou um prejuízo estimado em mais de R$ 350 mil à loja e teria mobiliado a residência do principal investigado, na Capital.
Apontado pela polícia como mentor do golpe, Heitor Rocha Machado, de 29 anos, já foi investigado pela Polícia Civil por fraudes anteriores, entre elas a que resultou na Operação Falsa Portabilidade, deflagrada em 2023. Neste inquérito atual, ele, a mãe e a esposa são investigados pelo golpe aplicado contra a loja de móveis.
Polícia Civil – MT
Nesta quinta-feira, as equipes de policiais civis cumpriram mandados em endereços da mãe do principal investigado, no Jardim Califórnia, e em um imóvel de propriedade dele, que estava locado.
Na casa alugada, no bairro Jardim Paulista, os policiais encontraram a maioria dos móveis e objetos de decoração que teriam sido comprados fraudulentamente da loja vítima do golpe.
Jogos de mesa de jantar, móveis de área externa, estofados, objetos decorativos, itens de cama, mesa e banho, poltronas, entre outros foram apreendidos pela Polícia Civil e reconhecidos pela loja como os produtos comprados e não pagos.
Os produtos recuperados estão estimados em R$ 343 mil. A maior parte deles mobiliava uma residência que o suspeito teria construído com dinheiro oriundo de golpes aplicados anteriormente. A casa estava alugada, atualmente, para uma influenciadora digital.
Outra parte dos objetos da vítima foi localizada na residência da mãe do suspeito, que é também investigada no inquérito da Delegacia de Estelionatos para apurar o crime contra a loja de móveis.
Como foi o golpe
Em julho do ano passado, a proprietária da loja e vítima do golpe procurou a Delegacia de Estelionatos de Cuiabá e relatou que em fevereiro do mesmo ano foi procurada por uma cliente, pelo Whatsapp, que demonstrou interesse em comprar produtos promocionais disponíveis em uma campanha da loja.
Foi enviado orçamento e as negociações ocorreram de 02 até 24 de fevereiro de 2024, culminando com a efetivação do pagamento pela cliente, por meio de links digitais emitidos por duas financeiras, cujas operações autorizadas totalizaram R$ 337.561,68, divididas em dez diferentes pagamentos.
Polícia Civil – MT
Após a autorização dos pagamentos e o respectivo faturamento, a loja organizou a logística de retirada das mercadorias e uma transportadora fez as entregas em quatro remessas.
No final de fevereiro, ao consultar os recebimentos das compras junto aos bancos, a loja de móveis foi surpreendida com a contestação dos valores. As instituições financeiras alegaram possível fraude no uso dos cartões para pagamento das compras.
A investigação da Delegacia de Estelionatos apontou que o planejador do golpe, Heitor Machado, “organizou” a compra dos móveis de dentro da unidade prisional onde estava detido, em Várzea Grande. Segundo a PJC, a fraude foi aplicada usando cartões de crédito, supostamente de terceiros, a fim de dissimular os reais suspeitos da prática criminosa.
Preso em outra operação
Heitor Machado e sua companheira foram presos na Operação Falsa Portabilidade, deflagrada em novembro de 2023 pela Delegacia de Estelionatos contra a associação criminosa especializada em falsificação de documentos para abertura de contas digitais usadas em diversos golpes. Entre as vítimas do grupo estavam servidores públicos e uma empresa, cujos golpes causaram prejuízo aproximado de R$ 23 milhões.
Os crimes tiveram como vítima principal uma instituição que presta serviços de pagamentos, transferências de valores e portabilidade de salários. Servidores públicos e outras pessoas tiveram os salários desviados para contas falsas criadas pelos golpistas.
Em outubro passado, o suspeito teve um recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça em que pedia sua soltura. No final de novembro de 2024, Heitor foi colocado em regime semiaberto, com monitoramento por tornozeleira eletrônica.
A investigação atual apontou que, mesmo preso, Heitor teria continuado a planejar e executar golpes.
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