Saúde
Recorde: jovem está há 19 anos em remissão de câncer com terapia CAR-T

A jovem, que teve um neuroblastoma (um câncer infantil raro no cérebro) aos 4 anos de idade, fez parte de um estudo experimental e está há 19 anos sem sinal de tumores em seu organismo.
geneticamente para combater o câncer com mais eficiência. Após cinco anos, a maioria dos oncologistas acredita que já é possível falar em cura.
Tratamento salvou a vida
O tratamento da jovem, que não foi identificada, foi realizado no Texas Children’s Hospital, em Houston, nos Estados Unidos. As terapias convencionais disponíveis na época não foram suficientes para ajudá-la e a doença se espalhou para os ossos.
Em 2006, com um prognóstico muito ruim, ela foi incluída no estudo experimental com CAR-T, quando a técnica era considerada uma aposta arriscada. Hoje, aos 23 anos, a jovem segue livre do câncer e é mãe de duas crianças. Outra paciente que participou da mesma pesquisa ficou oito anos livre de tumores – depois disso, ela deixou de se corresponder com a equipe médica e não é possível avaliar se a mulher ainda está em remissão.
O estudo experimental publicado em 2009 revelou o caso de 11 crianças com neuroblastoma que foram tratadas com o CAR-T. Delas, duas alcançaram a chamada cura, considerando um intervalo de cinco anos sem tumores. Os demais pacientes faleceram durante o período.
“Essa persistência foi alcançada apesar de terem sido usados vetores de primeira geração, que não são mais empregados por falta de domínio dos linfócitos gerados. Apesar disso, pacientes com neuroblastoma recidivante/refratário alcançaram controle da doença em longo prazo”, celebraram os médicos no novo estudo.
Desafios do CAR-T contra tumores sólidos
Enquanto as células CAR-T têm mostrado resultados promissores contra cânceres no sangue, como leucemia, tumores sólidos representam um desafio maior. O neuroblastoma, por exemplo, é um dos cânceres infantis mais difíceis de tratar. A remissão prolongada da paciente, no entanto, sugere que a terapia pode ser eficaz mesmo em casos complexos.
“Isso me dá muita esperança. Vamos desbloquear células CAR-T para pessoas com tumores sólidos”, afirmou a oncologista pediátrica Sneha Ramakrishna, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que não participou do estudo,. Apesar do otimismo, os pesquisadores ressaltam que a terapia ainda precisa ser aprimorada para garantir resultados consistentes.
Uma das críticas é que, apesar dos resultados encorajadores, ainda não está claro se as células CAR-T foram responsáveis pela cura ou se a doença já estava entrando em controle pelo próprio organismo antes da terapia.
Os pesquisadores avaliam, porém, que os dados sugerem que pode valer a pena testar terapias com células CAR-T em crianças com baixos níveis de doença, não apenas em casos terminais e após as três linhas de tratamento falhas, como geralmente é feito.
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