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Sarau reúne magistrados e familiares em momento cultural

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No final da tarde de sexta-feira (19 de abril), a Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT) promoveu um significativo momento de cultura, lazer e congraçamento entre magistrados e seus familiares, tendo como foco a poesia de Carlos Drummond de Andrade. O “III Sarau Prosa, Poesia e Justiça” contou com apresentações culturais diversas, como declamação de poesias e exposição de livro.

Idealizadora da iniciativa, a diretora-geral da Esmagis-MT, desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, destaca a importância de que os magistrados e magistradas participem de momentos culturais como esse. “O juiz escreve bem, porque ele é obrigado a aprender a escrever, então a escrita técnica, jurídica, é importante, mas também a poesia, a prosa, os livros ligados à cultura mesmo”, destaca.

Conforme Helena Ramos, o Sarau é um oportunidade para os magistrados participarem, junto de seus familiares, e poderem conhecer melhor uns aos outros. “Muitas vezes um está numa comarca muito longe da outra, não se conhecem efetivamente, a não ser aqueles que estão mais próximos. Então, vindo aqui eles podem se conhecer, se relacionar, e isso melhora a integração entre eles. Podem trocar ideias, inclusive jurídicas. Então, o Sarau tem essa ideia de congraçamento entre eles e de apresentar um pouquinho de cultura. Aqui nós falamos de poesias, nós declamamos, a gente lança livros, mostra de livros já lançados. Aqueles que têm quadros podem trazê-los para expor aqui”, assinala.

“Esse é o terceiro Sarau. Nós já fizemos Manoel de Barros, que é um cuiabano, nós já fizemos Cora Coralina, de Goiás, e agora nós estamos falando do mineiro Carlos Drummond de Andrade. São poesias diferentes, com estilos distintos. E aí os participantes vão conhecendo também a história de cada um deles, esses poetas que são tão famosos e tão reverenciados”, assevera Helena Ramos.

Desembargador Paulo da Cunha

 

Um dos presentes ao evento foi o desembargador Paulo da Cunha, que na oportunidade declamou o poema “O chão é cama”. “A Esmagis está de parabéns pela realização desses eventos culturais. Esse é o terceiro sarau promovido pela Esmagis e nós estamos hoje falando sobre um grande poeta, um grande escritor mineiro, que é o Carlos Drummond. Isso é muito importante para nós, para a comunidade jurídica também, porque a gente sai daquele meio de só literatura jurídica. Esses eventos nos levam a sair daquele métier do trabalho e enveredarmos por outro ramo da cultura, que é a literatura, a poesia e etc.”, observa.

O desembargador Lídio Modesto da Silva Filho também prestigiou o evento e aproveitou a oportunidade para apresentar seu livro mais recente, intitulado ‘Decisão judicial e a teoria da justiça de John Rawls’, lançado em 2023. “O livro é resultado da minha tese de doutoramento. Havia uma insatisfação de minha parte com relação a um determinado problema que havia várias decisões discrepantes em casos iguais. Durante o curso, nós chegamos à ideia de fazer este livro, sacando da teoria da justiça de John Rawls um mecanismo que se chama equilíbrio reflexivo que fosse um apoio para o magistrado na produção das decisões judiciais, para que pudéssemos ter maior coerência, simetria decisória e que acabasse por dar mais segurança jurídica para o jurisdicionado.”

Em relação ao Sarau, Lídio Modesto destacou que é uma satisfação participar do evento e que a Escola está de parabéns por oportunizar, ao longo dos últimos anos, que os magistrados apresentem seus trabalhos ao público. “A Escola da Magistratura vem ao longo dos últimos anos oportunizando que magistrados que escrevem, que gostam de poesia, ou seja, de cultura de modo geral, não somente na área jurídica, mas em qualquer vertente do conhecimento, que a gente possa trazer, expor para os colegas, para além da atividade unicamente judicante.”

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Já o diretor-geral da Fundação Escola Superior do Ministério Público, promotor de Justiça Wesley Sánchez Lacerda, que declarou o poema “Para sempre”, assinalou ser um privilégio ser convidado para os eventos promovidos pela Esmagis, uma grande parceria da Fundação Escola. “A gente faz questão de estar junto, atendemos as requisições do desembargador Marcos Machado e agora sobre a batuta da desembargadora Helena Bezerra. A gente tem termos de cooperação e estamos sempre juntos”, observa.

“E para mim, especialmente como mineiro, o ano que eu prestei o vestibular em Minas Gerais foi exatamente o ano em que Carlos Drummond de Andrade morreu, em 1987, então eu vim aqui com um pouco de nostalgia, saudosismo, mas também orgulho por ser um mineiro e estar aqui no Sarau em homenagem a esse grande mestre da palavra, da arte da palavra, que foi o Carlos Drummond de Andrade. É a segunda vez que eu venho. Tivemos um em homenagem ao mato-grossense Manoel de Barros, tivemos um de Goiás, em homenagem a Cora Coralina, e agora o meu conterrâneo dos gerais lá do quadrilátero ferrífero, da cidade de Itabira, Carlos Drummond Andrade.”

Também declamaram poesias do poeta mineiro a juíza Alethea Assunção Santos, a juíza Flávia Catarina de Amorim, a juíza Henriqueta Fernanda Lima, o juiz Jeverson Luiz Quintieri, a juíza Lorena Amaral Malhado e a senhora Maria de Lourdes Seba Roder.

 

 

Fonte: Folhamax

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Festival define bandas para animar o evento em Cuiabá

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Seis horas de festa regadas a muita música e gastronomia de qualidade. Esse é o Festival Braseiro 2024, que será realizado no dia 18 de maio, no Sesi Papa, das 15h às 21h em Cuiabá. Ao todo, o evento contará com dois palcos para apresentações simultâneas de quatro shows, que vão do rock ao country music.  

A maior festa de carne com cunho 100% filantrópico do país, contará neste ano com as apresentações das bandas Red Fox, Grupo Versão, Plebeus, Red River, Gusttavo & Guilherme e Ruan Ravi. “Temos a honra de estar mais uma vez presentes nesse grande evento sensacional”, comenta Gusttavo, da dupla sertaneja Gusttavo & Guilherme.

Todo lucro obtido com a venda de ingressos é revertido para entidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade social da capital. Segundo Marco Túlio Duarte Soares, presidente da Associação Festival Braseiro, o público do evento é bastante engajado e já absorveu o intuito filantrópico da festividade.  

“Estamos organizando uma programação muito bacana para que todos possam vir aqui celebrar com os amigos e se divertir. Mas o melhor de tudo, é que as pessoas que frequentam o Braseiro sabem da importância que a festa tem para ajudar na melhoria da vida de muitas pessoas. E isso é especial”, comenta Marco Túlio.  

O Festival Braseiro deste ano contará com mais de 80 estações de carne, preparadas nas mais diversas modalidades, como parrilla, fogo de chão, entre outros. Quanto às carnes, são vários tipos de corte e tipos servidos, como filé, costela, fraldinha, salmão e muito mais.  

“Churrasco combina com música boa. Queremos proporcionar para que todos se sintam em casa e tenham uma experiência única. Todos os detalhes foram cuidadosamente pensados, visando o nosso propósito que é ajudar as pessoas”, frisou o presidente.  

Ainda dá tempo

As entradas estão sendo vendidas nas lojas Celeiro Carnes, localizadas no Alpha Mall e na Avenida Miguel Sutil, bem como no Shopping Estação. Em Rondonópolis, na Loja Celeiro Express II, situada no bairro Parque Sagrada Família.

Quem quiser efetivar a compra de forma online basta acessar o site www.usinado ingresso.com.br. Os ingressos podem ser pagos via pix ou ainda em até 4x no cartão de crédito. Vale ressaltar que crianças até 11 anos não pagam.

Para ficar por dentro de todas as novidades acompanhe as redes sociais no Instagram: @Festivabraseiro_ e Facebook: FestivalBraseiro.

Fonte: Folhamax

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Juíza cita “caos social” em cidade de MT e anula show superfaturado

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Manu Bahtidao, queima alho

 

A juíza Michele Cristina Ribeiro de Oliveira, da Vara Única de Ribeirão Cascalheira, concedeu liminar ao Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) e suspendeu o contrato que previa a contratação da cantora Manu Bahtidão, uma das atrações artísticas da 9ª Queima do Alho, que seria realizado neste domingo (5). Na decisão, a magistrada apontou que sequer o valor a ser gasto na realização do evento é conhecido, tendo em vista que até mesmo os custos de palco e outros itens ainda nem haviam sido orçados pela Prefeitura da cidade.

A apresentação da cantora na cidade de 10 mil habitantes, conforme censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), estava prevista para 5 de maio, último dia do evento, que tem início previsto para o dia 2 de maio. O custo geral do evento, conforme informação do Controle Interno do Município, é de R$ 372 mil. Somente o cachê da artista é de R$ 275 mil, sem incluir as outras despesas referentes ao evento.

Ao pedir a suspensão do show, o MP-MT apontou a “desproporcionalidade entre as ações prioritárias e violações sistemáticas de direitos fundamentais”. Entre os exemplos citados na petição, está o fato de que a cidade de Ribeirão Cascalheira não possui sequer saneamento básico, ou seja, não há tratamento de água e esgoto no município, o que motivou a instauração de um inquérito civil.

Também foi citado o descumprimento de uma ordem judicial quanto à disponibilização de vagas de creche dos alunos do Distrito do Novo Paraíso e a ausência de reforma e a destruição completa da Escola da Vila Berrante. Outro ponto destacado foi uma omissão da Prefeitura em relação a situação crítica nas estradas rurais, o que acaba impedindo o acesso de estudantes da zona rural e o tráfego dos demais habitantes destas localidades.

A lista de problemas apontados pelo MP-MT na cidade segue com o descumprimento de um convênio relacionado ao descarte de lixo e, por conta disso, grandes débitos referentes a multas administrativas ambientais. O órgão ministerial também relatou a ineficiência da Prefeitura em adotar providências necessárias à correção de severas erosões em ruas urbanas, comprometendo a segurança dos cidadãos.

Foi relatado ainda a existência de filas de espera para atendimento especializado e ausência de profissionais habilitados, além de irregularidades na prestação do transporte escolar para crianças e adolescentes. Por fim, o MP-MT destacou a ineficiência da Prefeitura em em adotar providências necessárias à proteção e preservação do meio ambiente, em particular das águas subterrâneas e lençol freático, assim como o abandono e a completa deterioração da biblioteca municipal.

Na ação, a Prefeitura relatou que o show da artista “Manu Bahtidão” seria custeado totalmente pela administração pública municipal, incluindo-se os gastos com hotel, alimentação e camarim. Em relação aos shows de Mario e Thizil, Wender e Falcão e Jiraya Uai, que também se apresentariam na Feira do Alho, estes seriam custeados pelo Governo do Estado, através da Associação Mato-Grossense de Cultura.

No entanto, o MP-MT relatou que não há nenhum documento que formalize esta parceria com a associação, ressaltando que, apenas para o show de Manu Bahtidão, o orçamento disponível seria de R$ 295 mil, sem incluir as demais despesas de ECAD, hotel e alimentação para 25 integrantes da banda, vans para translado local, abastecimento de camarins, carregadores para carga e descarga do material de apresentação da cantora, palco, som, iluminação e estrutura física dos camarins, todas previstas no contrato.

“O Ministério Público destaca que o Controle Interno Municipal afirmou que seria necessário fazer alocação de recursos para custear as despesas com a festa em voga, enquanto a municipalidade cascalheirense estaria padecendo com a ausência de ações efetivas do ente na materialização de direitos fundamentais, tais quais saneamento básico, educação pré-escolar, revitalização de estradas, entre outros, o que, na visão do órgão ministerial, configura o fenômeno da erosão da consciência constitucional”, diz o pedido do MP-MT.

Na decisão, a magistrada apontou que a Prefeitura emitiu declarações de disponibilidade orçamentária de R$ 312 mil para a Festa da Queima do Alho, sendo que R$ 301.573,09 já haviam sido empenhados. A maior parte deste montante seria utilizada para o pagamento do show, mas a juíza destacou que sequer houve contratação da estrutura de palco, iluminação e outros serviços adjacentes ao evento, e que os mesmos sequer haviam sido orçados pela administração municipal.

A juíza destacou ainda os apontamentos feitos pelo MP-MT, de que direitos fundamentais básicos estão sendo preteridos pela Prefeitura, relatando a existência de diversos inquéritos civis em tramitação. Por fim, a magistrada ressaltou que as provas juntadas aos autos demonstram a existência de obscuridade sobre o valor real a ser gasto pela administração municipal em relação ao pagamento dos artistas que se apresentarão na Festa do Alho.

“Vale dizer, é razoável admitir-se o controle jurisdicional na hipótese de alocação indiscriminada e obscura de valores em eventos festivos, a se realizarem em uma cidade de cerca de 10 mil habitantes, que experimenta deficiências de outras ordens em diversos setores de primeira necessidade, principalmente relacionadas a saúde, educação, segurança viária e transporte. Diante do exposto, defiro a antecipação dos efeitos da tutela e determino ao Município de Ribeirão Cascalheira que suspenda o contrato nº 07/2024 (atração artística “Manu Bahtidão – prevista para o dia 05/05/2024”) e atos dele decorrentes, inclusive suspenda o repasse de pagamentos e contratações suplementares (v.g. equipamentos de som, montagem de palcos e correlatos), sem prejuízo da manutenção de outras atividades necessárias à realização da “Festa Queima do Alho” de 2024”, destacou.

Fonte: Folhamax

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Espetáculo que conta história da Ditadura estreia em Cuiabá

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Espetaculo Ditadura MT

 

O espetáculo teatral ‘60 Anos Depois’ chega ao palco do Cine-Teatro, em Cuiabá, neste sábado (4). A peça reúne vários momentos importantes da Ditadura Militar em Mato Grosso. A adaptação do texto original de João Carlos Vicente Ferreira ficou a cargo do grupo de teatro Cena Onze e homenageia pessoas que moraram no estado e lutaram contra o período militar.

Ao g1, o diretor do espetáculo Flávio Ferreira, contou que uma das testemunhas oculares dos fatos que marcaram essa época, foi o professor mato-grossense, Waldir Bertúlio. Ele narra a história a partir de sua experiência nos anos 1964 a 1985. Também foram ouvidos o historiador João Carlos Vicente Ferreira e os pesquisadores Cátia Cristina de Almeida e Rafael Adão.

Para Flávio, falar sobre fatos ocorridos na época da Ditadura Militar, é possibilitar aos espectadores um outro olhar sobre esse período violento da história.

“A maioria de nós mato-grossenses, não sabemos o que realmente ocorreu nesse período. Tantas pessoas daqui e que vieram pra cá, lutaram em favor da democracia, contra a ditadura e não sabemos seus nomes. Quero que nosso público conheça a luta dessas pessoas”, disse.

O processo de pesquisa de ‘60 Anos Depois’ para a construção do roteiro, foi feito baseado em várias entrevistas com personagens que participaram na luta contra a ditadura. A proposta literária partiu de João Carlos, que contribuiu com leituras, filmes e reflexões sobre o período.

“Após costurarmos todos os fatos importantes e com base do texto original, eu e o elenco construímos a dramaturgia” conta Flávio.

A ideia de falar sobre Ditadura Militar

Para o diretor do espetáculo, a ideia de mergulhar no universo da Ditadura Militar em Mato Grosso, partiu do professor Waldir Bertúlio que é integrante do Cena Onze há muito tempo e já vinha trabalhando com essa temática na última peça do grupo que relatou a vida da militante política cacerense, Jane Vanini. A mato-grossense, que morreu no Chile, vítima de violações de direitos humanos, é conhecida por sua luta no período da Ditadura Militar.

‘60 Anos Depois’ – o espetáculo

-Local: Cine Teatro Cuiabá – Sala Anderson Flores

-Horário: todos os sábados e domingos de maio de 2024 – 19h

-Entrada: gratuita (sugestão de 2 quilos de alimento não perecíveis)

Fonte: Folhamax

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