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Tribunal recebe especialistas da PF e da UFMS para fase de confirmação do Teste da Urna

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Na manhã desta quarta-feira (15), teve início, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a etapa de confirmação da sétima edição do Teste Público de Segurança da Urna (TPS), que representa a segunda fase do evento que ocorreu em 2023. Investigadoras e investigadores da Polícia Federal (PF) e da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) voltaram ao Tribunal para verificar se as contribuições que sugeriram para o aprimoramento das urnas eletrônicas e dos sistemas eleitorais foram adotadas.

O Teste de Confirmação ocorre até sexta-feira (17), sempre das 9h às 18h, no edifício-sede da Corte, em Brasília. O evento pode ser acompanhado em tempo real por meio do canal do TSE no YouTube.

Contribuições apresentadas

As sugestões foram feitas pelos dois grupos na primeira fase da sétima edição do Teste da Urna, realizada de 27 de novembro a 2 de dezembro de 2023. Na ocasião, nenhum dos especialistas em computação presentes conseguiu comprometer a integridade e o sigilo do voto. Mesmo assim, a Comissão Avaliadora recomendou a repetição de cinco planos de testes executados pelas instituições.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - Abertura da sétima edição do Teste Público de Segurança da ...

Ao abrir o evento, o diretor-geral do TSE, Rogério Galloro, afirmou que “o TPS é fundamental para o sistema eleitoral. É ele que possibilita essa transparência e essa evolução constante no sistema eleitoral”. Segundo Galloro, o teste permite que “a população, por meio das entidades, universidades e representantes autônomos, venha aqui para testar o sistema e nos ajudar a evoluir”.

Participantes das instituições

Os integrantes da PF e da UFMS poderão testar e verificar as melhorias ao longo dos três dias. Serão executados os firmwares (programas de controle do hardware) e as mídias dos modelos 2022 e 2020 da urna eletrônica. No caso, serão testados os seguintes itens: Gerenciador de Dados; Aplicativos e Interface com a Urna Eletrônica; Software de Carga; Software de Votação; Sistema de Apuração; Kit JE-Connect; entre outros.

A Polícia Federal, que participa com cinco integrantes, quer replicar três dos seis testes executados em 2023. “Nosso objetivo aqui é sempre usar a nossa expertise, na área de segurança da informação, com um pessoal altamente qualificado, para melhorar o sistema eleitoral”, disse Galileu Batista de Sousa, perito criminal da Polícia Federal. Ele informa que “o trabalho é feito em parceria com o TSE para viabilizar um sistema cada vez melhor e, assim, fortalecer a democracia”.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - Abertura da sétima edição do Teste Público de Segurança da ...

Já a UFMS trouxe quatro integrantes para analisar dois pontos de melhorias dos sistemas eleitorais. De acordo com o professor Carlos Alberto da Silva, essa etapa “é muito importante para o processo eleitoral. Às vezes a gente acha que o processo é só no dia da eleição, e não é. Tem etapas importantes antes e depois e estamos aqui para colaborar”, disse ele. 

O estudante de doutorado Mário Carvalho afirmou que o teste “reúne uma série de pessoas que estão interessadas em contribuir para que as urnas eletrônicas e o processo eleitoral sejam efetivados de maneira segura e confiável”.

Também participam do Teste de Confirmação pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Os acadêmicos darão suporte às investigadoras e aos investigadores durante a execução dos planos de reteste.

Teste Público de Segurança da Urna

O Teste da Urna ocorre desde 2009 e é um dos momentos mais importantes de auditoria do processo eleitoral. O evento é a oportunidade de unir sociedade e Justiça Eleitoral no trabalho de aperfeiçoamento da segurança dos sistemas eleitorais. O TPS acontece, preferencialmente, no ano anterior às eleições.

“O Teste Público de Segurança da Urna é um evento em que o TSE abre todos os sistemas da urna eletrônica, sistemas de transmissão, de recepção de dados da urna, para que sejam verificados e testados por qualquer brasileiro acima de 18 anos”, explica o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Júlio Valente.

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE - Abertura da sétima edição do Teste Público de Segurança da ...

Já a etapa de Confirmação, que ocorre em ano eleitoral, tem como objetivo constatar se o que foi encontrado na primeira fase do Teste da Urna foi devidamente corrigido para as eleições, que, neste ano, serão municipais e ocorrem nos dias 6 de outubro (1º turno) e 27 de outubro (2º turno).

De acordo com o secretário, “os sistemas eleitorais como existem hoje são o resultado da contribuição e da parceria de toda a sociedade brasileira. Hoje temos aqui professores universitários, alunos de mestrado e doutorado e peritos em informática e em cibernética da Polícia Federal, juntos, contribuindo para tornar o sistema eletrônico brasileiro de votação cada vez mais seguro”. 

Valente explicou também que, no Teste de Confirmação, são apresentados dois códigos-fontes, o da primeira etapa e o que já contém as melhorias sugeridas. “Apresentamos o que tínhamos antes e as melhorias que foram feitas. Então, as investigadoras e os investigadores não vêm aqui somente para testar; eles podem olhar o que foi feito, cada linha de código. Cada instrução que foi alterada a partir da contribuição está à disposição para que eles vejam também”, finalizou.

Números recordes

Em 2023, O Teste de Urna registrou 85 pré-inscritos, o maior número de todos os anos. O evento contou com a participação de 33 investigadoras e investigadores, que executaram 35 planos.

A participação feminina foi outro marco da sétima edição da iniciativa do TSE: do total de 33 participantes que efetivamente executaram planos de teste, seis foram mulheres, sendo duas investigadoras individuais e quatro que atuaram em equipes.

MS/EM, DB

Fonte: TSE

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CNJ investigará desembargador que negou prioridade a advogada gestante

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu neste domingo (30) uma reclamação disciplinar contra o desembargador Luiz Alberto de Vargas, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre.

A medida foi tomada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, após o surgimento do caso envolvendo a advogada Marianne Bernardi, que está grávida de oito meses, e teve pedido de prioridade de sustentação oral negado durante uma sessão virtual realizada em 27 de junho.

A reclamação é um procedimento prévio que antecede a eventual abertura de processo disciplinar contra magistrados. Para o ministro, o procedimento é necessário para averiguar a conduta do desembargador.

“Tais questões exigem do Judiciário um olhar atento e que abomine todas as formas de discriminação ou violência, o que inclui tratamento adequado e paritário dispensado àqueles que exercem os serviços no Poder Judiciário, além daqueles que, de qualquer forma, se utilizam das suas dependências ou são usuários dos serviços prestados”, afirmou Salomão.

A seccional da Ordem do Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul (OAB) também acompanha o caso e deve apresentar uma denúncia contra o magistrado ao CNJ e à corregedoria da Justiça do Trabalho.

De acordo com a OAB, o Estatuto da Advocacia garante à advogada gestante o direito de ser ouvida antes de outros advogados durante as sessões de julgamentos nos tribunais de todo o Brasil.

Audiência

Marianne afirmou que ficou das 9h às 16h30 aguardando o processo ser chamado para julgamento.

Durante a sessão, ao negar o direito de preferência, o desembargador Luiz Alberto de Vargas alegou que a preferência não vale para sessões virtuais, somente para presenciais.

“É minha posição, não vou mudar. O problema está sendo criado pela doutora Marianne, não por mim. A doutora teve uma hora para conseguir outro advogado para substituí-la, já que está passando mal. Não posso fazer mais do que isso. Esse assunto já tomou muito tempo da sessão”, afirmou o magistrado.

Em seguida, a advogada argumentou que seu direito estava sendo desrespeitado pelo magistrado. Ela foi defendida por outros desembargadores, advogadas e pelo procurador do Trabalho que estavam na sessão. “Doutor, eu não estou criando nenhum problema aqui na sessão. É um direito legal sendo desrespeitado pelo senhor”, disse.

Em meio ao impasse, o magistrado chegou a dizer que não sabia se a profissional estaria realmente grávida ou não. Ao ouvir o questionamento, ela se levantou da cadeira e mostrou a barriga de gestante para a câmera.

Outro lado

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do tribunal e perguntou se o gabinete do desembargador Luiz Alberto de Vargas pretende se manifestar sobre o episódio. A reportagem aguarda retorno.

Via: Agência Brasil

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Carlos Fávaro Cita Nomes para Vice, mas Não Define Chapa de Lúdio em Lançamento de Candidatura

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PSD RACHADO

REDAÇÃO DO RUFA 

No lançamento oficial da candidatura de Lúdio Cabral como postulante à prefeitura de Cuiabá, a presença do Ministro Carlos Fávaro, do PSD, trouxe expectativas e incertezas quanto ao apoio efetivo do partido. Enquanto o evento foi marcado por discursos e especulações sobre quem seria o vice na chapa de Lúdio, Fávaro  revelou nomes , mas sem definir um como o vice na chapa de Lúdio 

Embora Fávaro tenha destacado diversos nomes internos do PSD como possíveis candidatos a vice, como a Medica Natasha, Bruna, a jornalista Rafaela( filha do Ministro), e mencionado o ex- vereador Misael Galvão, líder reconhecido do Shopping Popular, as principais lideranças do partido em Cuiabá manifestaram apoio a Eduardo Botelho, rival de Lúdio, o que pode indicar uma divisão interna significativa.

Fávaro também mencionou uma aproximação entre o deputado Max Russi, do PSB, e o grupo político do governador Mauro Mendes, que apoia Eduardo Botelho como candidato próprio à prefeitura. Essa movimentação sugere um cenário complexo de alianças e interesses políticos em jogo, onde tudo é possível conforme destacado pelo próprio ministro.

Fonte: Rufando o Bombo

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As Relações familiares e as “divergências politicas” entre os Rivas e os Fagundes

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2026 EM DEBATE

Pablo Rodrigo  A GAZETA 

Em palanques opostos nas principais cidades de Mato Grosso, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e o seu sogro, senador Wellington Fagundes (PL), travarão uma disputa particular com o objetivo de chegarem fortalecidos nas eleições de 2026, para seus projetos pessoais. Enquanto Fagundes visa disputar o governo do Estado, Janaina tentará uma das duas vagas ao Senado.

 

Porém, neste ano, os dois se enfrentarão partidariamente, já que o MDB e PL se enfrentarão nas principais cidades, exceto em Sinop, onde o MDB apoiará a reeleição de Roberto Dorner (PL).

 

‘Tirando Sinop, nós vamos nos enfrentar em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Barra do Garças, Sorriso e em tantos outros municípios. Mas acredito que isso não irá prejudicar nossa relação’, disse Janaina Riva, que é casada do empresário Diógenes Fagundes, filho do senador.

 

Apesar de acreditar que a disputa não ultrapassará o palanque a disputa eleitoral, Janaina não esconde que a prioridade sempre será o seu projeto político e não do sogro.

 

‘O ideal era que nós dois chegássemos fortalecidos em 2026. Mas o Wellington sabe que entre priorizar o meu projeto e o dele, eu vou escolher o meu. Assim como ele escolherá o dele’, aponta.

 

Porém, ela acredita que nenhum dos dois buscará atrapalhar o outro, até porque, segundo ela, uma aliança pode ocorrer lá na frente. ‘Ele tem o sonho de ser governador e eu senadora. Analisando a atual conjuntura, tudo indica que estaremos em lados opostos também em 26. Mas tudo pode acontecer’, pondera.

 

No entanto, Janaina lembra, que em relação à disputa ao governo, entre os atuais nomes, ela tem preferência pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). ‘Ele sabe [Wellington] que é muito difícil eu não apoiar o Pivetta. Ele sempre me apoiou, então tenho que retribuir’, disse.

 

‘Mas se a gente conseguir chegar lá sem atrapalhar um ao outro já será uma vitória. Porque o Wellington nem tanto, mas eu sou bem incisiva e empolgada nas eleições’, analisa.

 

Janaina Riva casou com o filho de Wellington Fagundes em 2018. Nas eleições daquele ano, ela pediu licença do MDB para apoiá-lo na disputa ao governo, quando ele foi derrotado pelo governador Mauro Mendes (União). Já em 2022, os dois estiveram juntos no mesmo palanque, quando Fagundes foi reeleito senador e ela deputada estadual.

Fonte: Rufando o Bombo

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