Autora de um novo pedido de comissão processsante contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) rebateu a declaração do colega Sargento Vidal (MDB), que disse que a nova investigação contra o gestor cuiabano seria um “palco eleitoreiro”.
Desta vez, a investigação que, caso aprovada pode levar a perda do mandato do gestor, se deve a falta de pagamento das emendas impositivas dos parlamentares. Lido na última quinta-feira (23), o requerimento será votado na próxima terça-feira (28). Em entrevista concedida à imprensa, o emedebista classificou o pedido como “palco eleitoreiro”.
Como resposta, Maysa cobrou respeito. “O Sargento Vidal deu entrevista dizendo que eu estou fazendo palco eleitoreiro, vereador respeite a minha história como eu respeito a sua. Eu tenho pauta, represento pessoas, uma causa real, conheço o que estou falando, sou filha de dois médicos do SUS. Isso aqui não é palco eleitoreiro, isso é trabalho sério, não ridicularizo o trabalho de ninguém e não aceitarei ser pontuada”, disparou a legisladora.
No requerimento apresentado, a vereadora argumenta que Emanuel Pinheiro descumpre a Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pela Câmara Municipal em 2023. Ao todo, ela elenca o calote de 27 emendas impositivas destinadas principalmente à área da Saúde e outras pastas.
“O intuito desse legislativo é representar a população cuiabana, representar aqueles que não têm vez e voz. Esse pedido do comissão processante tem apenas um único objeto o não pagamento das emendas impositivas que não vem de recurso de deputado federal algum, mas sim do orçamento anual da prefeitura”, esclareceu a parlamentar.
Ao subir na tribuna durante o grande expediente, Vidal não comentou o assunto.
CALOTE NAS EMENDAS – O débito foi denunciado na sessão de terça-feira (21), pelo presidente da Casa das Leis, vereador Chico 2000 (PL) , que declarou ter desistido de cobrar do prefeito o pagamento das emendas impositivas que somam R$ 30 milhões para cirurgias eletivas.