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Asteconpe: 12 anos em prol dos Técnicos de Controle Externo do TCE-MT

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As associações de classe desempenham um papel crucial na defesa dos interesses comuns e na promoção do bem-estar de seus associados. Seja representando profissionais de uma determinada área, trabalhadores de um setor específico ou mesmo grupos de interesse comuns.

No entanto, temos aquelas associações com vocação essencialmente na promoção do interesse público ao defenderem padrões éticos e de qualidade em suas respectivas áreas de atuação, essas organizações são pilares fundamentais da sociedade civil.

Em 11 de abril de 2012, um grupo de servidores públicos fundaram a Associação dos Técnicos de Controle Público Externo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso – Asteconpe-MT.

A Asteconpe-MT constituída exclusivamente da categoria de servidores da carreira de Técnicos de Controle Público Externo, tem por obrigação estatutária defender o livre exercício das funções inerentes ao cargo com ética e qualidade, sendo um aliado do TCE-MT em sua missão constitucional de fiscalizador dos recursos públicos.

Quando se fala sobre recursos públicos, temos um orçamento estadual crescente, porém além das nossas necessidades, Mato Grosso enfrenta o desafio de equilibrar a alocação de recursos em diversas áreas prioritárias, como infraestrutura, saúde e educação e por outro lado na esfera municipal temos os municípios, também dependem de uma gestão financeira eficiente para atender às diversas demandas locais. 

Nesse cenário, o papel do TCE-MT é crucial, pois sua fiscalização minuciosa garante que cada centavo seja aplicado de acordo com as necessidades reais da população, evitando desvios e desperdícios.

Paralelo a isso, o TCE-MT têm se destacado como referência no cenário do controle externo no Brasil. Com uma atuação pautada pela eficiência, transparência e rigor técnico, o TCE-MT conquistou reconhecimento nacional pela sua contribuição para a fiscalização e o acompanhamento dos gastos públicos.

Hoje, é incontestável que o TCE-MT consolidou-se como referência nacional em seu mister. Assim, inegável sua evolução enquanto Instituição no Controle Externo se dá em virtude da qualidade do quadro de seus servidores e membros.

No universo desafiador do sistema de controle externo estadual, a Asteconpe-MT nos seus 12 anos de existência, se destaca como uma força motriz essencial, impulsionando os Técnicos de Controle Público Externo do TCE/MT a desempenharem suas funções com diligência, responsabilidade e constante busca pelo aperfeiçoamento profissional, destacando-se como uma voz unificada e forte dentro da categoria, garantindo que exerçam suas funções com integridade, competência e compromisso com o interesse público.

A importância da Asteconpe-MT transcende as suas atribuições burocráticas de defender os interesses administrativos de seus associados.

Através de seu Estatuto, a Asteconpe-MT compartilha diretrizes claras e objetivas para estimular os seus associados atuarem com autonomia e competência técnica, desempenhando um papel crucial na fiscalização e no controle dos recursos públicos, garantindo transparência, eficiência e responsabilidade na gestão dos recursos estaduais e municipais.

Quando o arcabouço jurídico que disciplina a atuação da carreira de Técnico de Controle Público Externo, destaca-se a reorganização fundamental no quadro permanente de servidores do TCE-MT ocorrida em 2005, ao prever o ingresso na carreira de Técnico de Controle Público Externo, dar-se-á através de concurso público de provas e títulos, com exigência mínima de curso superior regular concluído e reconhecido pelo Ministério da Educação, essa medida não apenas cumpre com a legalidade, mas também foi de extrema importância pois reconheceu que esses profissionais ocupam cargo público que lida com as complexidades e os novos desafios inerentes à Administração Pública.

Hoje, os Técnico de Controle Público Externo é uma carreira em permanente atualização profissional, que conta com mais de 90% de servidores de seu quadro com pós-graduação em nível de especialização lato sensu na área de controle externo da gestão dos recursos públicos. 

A qualificação profissional é fundamental, pois com base no ordenamento jurídico normativo do TCE-MT, esses profissionais têm atribuições específicas e cruciais que contribuem diretamente para o funcionamento eficaz do TCE-MT, em especial aqueles que visam garantir que os processos de fiscalização sejam conduzidos de maneira eficiente e rigorosa como levantamentos minuciosos de dados, instrução de processos com documentos necessários e fornecimento de apoio técnico durante todo o processo de controle externo, inclusive com as visitas periódicas que o TCE/MT desenvolve juntos aos seus jurisdicionados.

Além disso, esses profissionais compartilham responsabilidades com as demais carreira do TCE/MT, como verificar o cumprimento das normas fiscais, subsidiar Conselheiros na elaboração de pareceres e resoluções, avaliar tecnicamente documentos e auxiliar no desenvolvimento de sistemas de informação. A complementaridade entre carreiras é essencial para o sucesso do sistema de controle externo das contas públicas. 

No campo prático, destaca-se que somente no 1º trimestre de 2024, os Técnicos de Controle Público Externo executaram inspeções “in loco” e visitas técnicas programadas em diversos jurisdicionados do TCE/MT espalhados em mais de 15 (quinze) municípios, paralelo aos trabalhos técnicos interna corpori. 

Assim, é inegável a contribuição vital dos Técnicos de Controle Público Externo para a eficiência, transparência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos de Mato Grosso. Seu trabalho diligente e comprometido é um pilar fundamental que rege os trabalhos da Asteconpe-MT, assegurando que os interesses da sociedade sejam protegidos e que os recursos públicos sejam utilizados de maneira responsável e eficaz.

Neste sentido, a Asteconpe – MT tem sido fundamental para representar os 163 Técnicos de Controle Público Externo, servidores do TCE/MT, destacando-se como uma voz unificada e forte em defesa do livre exercício das funções inerentes ao cargo.

Portanto, nesta data de 11 de abril de 2014, ano que a Asteconpe – MT celebra 12 anos de fundação, temos reais motivos para comemorar e compartilhar a atuação de seus associados – Técnicos de Controle Público Externo na construção e consolidação do TCE-MT como Excelência no Controle Externo Brasileiro.

Por fim, a Asteconpe/MT reafirma o seu propósito de existir que é contribuir efetivamente com os interesses da sociedade, garantindo que o recursos públicos sejam utilizados de forma responsável tanto no âmbito estadual quanto municipal, contribuindo para construção de uma gestão pública mais ética, transparente e eficiente em benefício de todos os cidadãos.

Parabéns à Asteconpe/MT!!!

Marcílio Ribeiro é Técnico de Controle Público Externo. Presidente da Asteconpe-MT. Economista – Pós-graduado Lato Sensu em Gerente de Cidades pela Fundação Armando Alvares Penteado – FAAP. Pós-graduado em Gestão Pública e Finanças pela Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Pós-graduado em Direito do Estado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV.

Fonte: Folhamax

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Mais respeito ao SUS e à vida! Por Natasha Slhessarenko

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O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, oferecendo assistência integral, universal e gratuita a toda a população no Brasil. Sua criação, consolidada pela Constituição Federal de 1988, representa um marco na garantia do direito à saúde para todos os cidadãos.

Vamos destacar aqui a importância do SUS em seus vários aspectos, a começar pela garantia do acesso universal à saúde. Todos os cidadãos que o procuram, têm direito ao atendimento, independente de classe social, renda ou local de residência. A saúde é um direito fundamental de todos os cidadãos, esse é o princípio da universalidade.

Ao oferecer uma ampla gama de serviços, que vão desde a atenção básica até procedimentos de alta complexidade, envolvendo consultas, exames, cirurgias, vacinação, transplantes e fornecimento de medicamentos, lança luz sobre outro princípio, o da integralidade.



A atenção integral à saúde deve priorizar as ações preventivas, sem prejuízo das atividades assistenciais.




No âmbito da promoção e prevenção à saúde, o fortalecimento de toda a rede de atenção primária, com as equipes dos Programas de Saúde da Família, em alinhamento com os Agentes de Saúde e de Combate a Endemias, que levam saúde às comunidades, por meio das visitas domiciliares e acompanhamento contínuo das famílias, reforçam a magnitude e a importância deste princípio e o foco em prevenção e promoção da saúde.

Reforçando a jornada da promoção e prevenção à saúde, está o Programa Nacional de Imunização (PNI), um dos maiores programas de vacinação do mundo. Formulado  em 1973, ou seja, com mais de 50 anos, o PNI oferece 48 imunobiológicos, sendo 31 vacinas para toda população. São mais de 35 mil salas de vacinas espalhadas por este país de dimensões continentais, o que garante a aplicação de milhões de doses em um único dia, sem estratégias adicionais. Nenhum país do mundo tem Programa de Imunização maior que o nosso.

Outro pilar do SUS é a equidade, para a redução de desigualdades, ao promover a distribuição equitativa de recursos e serviços de saúde, alcançando áreas rurais e regiões remotas do país. Oferecer mais, para quem mais precisa. Além disso, desenvolve políticas e programas voltados para populações mais vulneráveis, como indígenas, quilombolas e moradores de rua.

Durante a pandemia de COVID-19, o SUS mostrou a sua força e o seu tamanho, ao desempenhar importante papel na testagem, tratamento, acompanhamento dos pacientes e na vacinação da população.

O SUS também está preparado para responder a desastres naturais, fornecendo atendimento de emergência e suporte às vítimas.

O SUS também está presente quando o SAMU é acionado.

No campo da pesquisa e desenvolvimento, o SUS está ligado a importantes instituições de pesquisa, como a Fiocruz, que desenvolve estudos e vacinas, contribuindo para avanços na saúde pública. Aqui destacamos a formação e capacitação de profissionais de saúde, garantindo um quadro qualificado para atender às necessidades da população.

Ao centralizar a aquisição de medicamentos e equipamentos, estabelecer novos modelos de compra e propor compartilhamento de risco, o SUS consegue negociar melhores preços e condições, bem como oferecer mais para a sociedade, promovendo a sustentabilidade financeira do sistema.

Ao garantir acesso à saúde, o SUS contribui para a melhoria da qualidade de vida da população, reduzindo morbidade e mortalidade, facilitando a inclusão social, reduzindo as desigualdades ao proporcionar condições de saúde adequadas para que todos possam participar ativamente da vida econômica e social do país.

 


Natasha Slhessarenko é pediatra e patologista.

Fonte: Rufando o Bombo

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A reeleição é prejudicial ao próprio mandato! Por Wilson Carlos Fuáh

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Com o advento da reeleição, o político tão logo começa o seu mandato, já está pensando nas próximas eleições, e esquecem-se dos compromissos para qual foi eleito, deixa de ser ele mesmo, pratica todo tipo de traição, trocando de partido em busca de espaços, pratica conchavos e acertos, e vira um mentiroso por excelência, tornando um político de qualidade duvidosa e tornando um “lobista” dos  grupos econômicos.

Vende-se o mandato, a espera de financiamento para a próxima eleição e com a “Cara de Pau” vira um líder sem ideologia e sem autonomia para decisão pessoal, e passa a fazer composição de bancadas fatiadas aos seguimentos diversos, agrupando por interesses escusos  e “comem nas mãos” dos poderosos e endinheirados, garantindo assim, o financiamento de campanha com dinheiro não declarado, mais conhecido como Caixa 2, (dinheiro em espécie), esquecendo-se do povo que os elegeu.  

A origem do “Caixa 2”, nasce em função da reeleição, porque no poder, o político é procurado pelos Grupos Econômicos, para buscar facilidade nas decisões das instituições públicas, (no executivo e no legislativo),  promovendo projetos de leis direcionados para beneficiar as ações que possam  beneficiar os seus financiadores futuro, tais como:  incentivos e isenções fiscais, fraudes em licitações e contratos, subornos de servidores públicos.  E, ao fim, com esses financiamentos ilegais, desequilibram os pequenos candidatos na eleição, ou seja, o resultado das eleições são transformado em  fraudes, pois os  eleitores sem consciência, são comprados pelos recursos financeiros sujos e lastreados na corrupção em todos os níveis de poder.

O  “Caixa 2”, é filho  da reeleição, porque a necessidade de se reeleger é que levam os políticos, a se venderem, a serem usados em troca de financiamento do “Por Fora”, dinheiro sujo em espécie, e por não haver registro contábil nas contas do candidato, não passam pelas  Contas Bancárias,  e por isso, não são declarados, e por não serem declarados, não estão nas Prestações de Contas, mas quando os políticos são pegos ou denunciados pelos “delatores premiados”, vem a público dizer cinicamente que:  “a minha Prestação de Contas foram devidamente aprovadas na forma da lei e pela Justiça Eleitoral, portanto, vou ajuizar uma ação,  para reparação de dano moral contra a minha pessoa, pois esses delatores premiados,  não tem prova do que estão dizendo, são ilações e fantasias”.              

Vejam que todos falam as mesmas coisas: “nunca coloquei as minhas mãos em dinheiro sujo, sou honesto e honrado, e não vou admitir que ninguém venha a manchar minha história política”.  

Sem a reeleição, em cada eleição se promoverá uma nova mudança do quadro político, e com isso o país estará expurgando e extirpando os políticos viciados e dando oportunidade aos novos lideres, e passando o país a limpo.

As próximas eleições  serão  muito diferente, porque poucos que irão votar, com certeza quem se dispor a votar, irá fazer com raiva, com nojo da situação atual e estarão promovendo “um limpa ao não votar em quem tem mandato continuado”, porque só o eleitor tem o poder de escolher os políticos,  e não depende de Lei,  basta não votar naqueles que estão pedindo mais oportunidade de continuar roubando os cofres públicos. 

As eleições futuras virão carregadas de sentimentos de mudanças e que dará a grande oportunidade para que o povo possa expulsar os maus políticos da vida pública: é só escolher bem, digitar o certo, e confirmar.

Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas

Fonte: Rufando o Bombo

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PL 1904/24 que equipara o aborto a homicídio/ por Regiane Freire

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A Câmara dos Deputados aprovou em caráter de urgência a votação do projeto de lei que equipara o aborto ao crime de homicídio, inclusive nos casos de gravidez resultante de estupro, quando realizado após 22 semanas de gestação. Atualmente, a Lei garante o aborto em três situações: 1) para salvar a vida da mulher; 2) quando a gestação é resultante de estupro e 3) se o feto for anencefálico. Se o projeto for aprovado, condenará mulheres, adolescentes e crianças a responderem criminalmente por homicídio, caso façam aborto, obrigando a seguirem com a gestação.

 

O Código Penal prevê que, em casos de estupro, a pena para quem comete o crime varia entre 06 a 10 anos de prisão. Já o PL 1904 prevê pena de 20 anos de prisão para mulheres que realizarem aborto.

 

Mas qual o interesse político em levantar este assunto, colocando a pauta em votação de urgência? Interesses pessoais, ou melhor, ganância e poder. A direita conservadora vem pressionando para que este tema seja pautado na Câmara, seja para agradar eleitores ou para pressionar o governo com um tema delicado à nossa sociedade, haja vista a comoção social que o tema levanta. A preocupação principal do Presidente da Câmara é com seu eleitor interno (deputados), eis que teremos eleição para a presidência da Câmara, e Lira visa apenas o seu sucessor, que continuará mantendo a permanência do seu poder.

 

Em um país em que crianças são abusadas sexualmente e acabam encontrando resistência do próprio médico ao aborto, seja por crenças religiosas ou motivos pessoais.

 

Isso quando o caso não vai parar na justiça, onde a vítima também encontra relutância de alguns magistrados em conceder uma decisão favorável para que o aborto seja feito, demonstra que ao colocar um limite de tempo para que o aborto seja realizado, a vítima que tiver que aguardar médico ou a justiça, já teria alcançado as 22 semanas de gestação, e seria impedida de fazer o aborto. Estaríamos aí com um cenário de uma mãe traumatizada pela violência e mais uma criança para   adoção.

 

Quem tem o direito de escolher carregar ou não um filho gerado de uma violência sexual é a vítima.

 

Segundo o ministro dos Direitos Humanos Sílvio Almeida, o projeto infringe pactos internacionais firmados pelo Brasil, tornando o projeto inconstitucional, o que levará o assunto ao Supremo. Se for aprovado, será um retrocesso às garantias e direito adquirido por  mulheres a duras penas.

 

O Estado quer obrigar mulheres, adolescentes e crianças a seguir com uma gravidez resultado de uma violência sexual e responder criminalmente por isso. É brutal.

 

Regiane Freire é advogada e membro do Sindicato dos Advogados de Mato Grosso.

Fonte: Rufando o Bombo

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