Obra do Contorno Leste, que interliga a região do Distrito Industrial até a MT-251 (estrada de Chapada dos Guimarães), parou de vez e a retomada está prevista só para março. Lançada no dia 1º de agosto de 2020, com previsão de conclusão para 24 meses, ou seja, agosto de 2022, o atraso será de mais de dois anos se for concluída em setembro, como o anunciado neste início de ano.
Com extensão de 17,3 quilômetros, restam ainda mais 7 a serem pavimentados, além de sinalização, canalização de rede de esgoto em alguns trechos não pavimentados, readequação das vias secundárias nas rotatórias, construção de ciclovias, limpeza e acabamento. A intervenção pela metade gera transtorno aos moradores e comerciantes nos bairros que abrangem o Contorno Leste.
Mesmo sem a conclusão, Rosimar Mazeto de Jesus, 42, é um dos motoristas que trafegam pelo local. Ao menos duas vezes por semana, ele cruza de uma ponta a outra da via, pois mora no Jardim Industriário, mas trabalha na comunidade Barreiro Branco, próximo à MT-251.
“Trafegar pelo Contorno Leste é um desafio grande e muito perigoso em razão da falta de sinalização. Já teve acidente fatal, um motoqueiro perdeu a vida na rotatória que dá acesso à avenida Governador Jayme Campos. A falta de visibilidade é agravada no período noturno, pois a ausência de sinalização, associada à iluminação pública precária, e hábito irregular de motoristas trafegarem pela contramão da pista, aumentam os riscos de acidentes”. Durante o trajeto, Rosimar elenca outros problemas.
“Nos trechos que não foram pavimentados têm buracos, muita poeira na seca e barro quando chove, além de esgoto no meio da via que cruza os bairros João Bosco e Jardim Brasil. Muito mato alto e lixo espalhado em vários trechos também prejudicam as condições de segurança e trafegabilidade”.
CHUVAS
Vice-prefeito e secretário municipal de Obras Públicas, José Roberto Stopa justificou o período das chuvas, além das festividades de final de ano e o orçamento público fechado, como fatores determinantes para a paralisação da obra do Contorno Leste. “As chuvas não favorecem o setor de obras. Somente em março voltaremos aos trabalhos, pois não compensa mexer com asfalto agora, só vai dar prejuízo”.
A obra, com valor inicial de R$ 125 milhões, não evoluiu em ritmo acelerado por conta das desapropriações. Stopa enfatiza que apenas parte das negociações foi concluída e devidamente paga e o restante será quitado mês que vem.