Política

Cattani defende pena de morte no Brasil

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Em um momento de profunda dor e indignação, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) manifestou sua posição a favor da implementação da pena de morte no Brasil, após o trágico assassinato de sua filha, Raquel Cattani Maziero Xavier. A declaração do parlamentar ocorreu em uma entrevista ao programa “Jornal do Meio Dia”, da TV Vila Real, poucos dias após a brutal morte de Raquel, que foi esfaqueada 34 vezes pelo ex-cunhado, Rodrigo Xavier, em Nova Mutum, no dia 19 de julho.

Segundo as investigações da Polícia Civil, o crime foi meticulosamente planejado pelo ex-marido de Raquel, Romero Xavier, que não aceitava o divórcio. Raquel, uma empresária e produtora rural, estava em processo de separação quando foi violentamente atacada em sua própria casa, em um crime que chocou a comunidade local e revelou a fragilidade do sistema de proteção a vítimas de violência doméstica.

Em sua entrevista, Cattani expressou sua revolta com o sistema judiciário brasileiro, que ele considera insuficiente para lidar com crimes de tamanha brutalidade. “O que a Justiça determina é muito pouco. Muito pouco! Nós precisamos ter, inclusive, pena de morte no nosso País”, afirmou o deputado, evidenciando sua frustração com o que considera ser a leniência do sistema penal em casos de crimes violentos.

O sentimento de traição também foi destacado por Cattani, que revelou que Romero era alguém que ele considerava como um filho. “Nunca o teu inimigo vai te trair, porque teu inimigo já é teu inimigo. Você espera isso dele. Geralmente, quem te trai é seu amigo”, refletiu o deputado, compartilhando a dor de ter sido traído por alguém tão próximo.

Após o crime, Romero foi preso na casa de Cattani no dia 24 de julho, em um desdobramento que só aumentou a tragédia familiar. O deputado, ainda incrédulo, decidiu mantê-lo por perto até que a verdade sobre o assassinato fosse completamente esclarecida. “Quando nós soubemos do acontecido, o primeiro a desconfiar de qualquer um fui eu. Porém, nós não podíamos fazer nada enquanto não tivéssemos certeza de quem seria a pessoa que cometeu o crime”, explicou Cattani.

A brutalidade desse caso não apenas abalou a família Cattani, mas também acendeu debates sobre a segurança e a eficácia do sistema judiciário no Brasil. Ao defender a pena de morte, Cattani se junta a um número crescente de pessoas que acreditam que o país precisa adotar medidas mais rigorosas para combater a criminalidade, especialmente em casos de violência extrema.

O trágico episódio deixa uma marca profunda e levanta questões urgentes sobre a necessidade de reformas no sistema de justiça criminal do Brasil, enquanto a dor e a revolta de Gilberto Cattani ecoam em uma sociedade que ainda busca respostas para a violência que permeia o país.

 





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