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Mendes critica “pouco avanço” e diz que não deve ir à COP-29

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O governador Mauro Mendes (União) disse nesta quarta-feira (11) que avalia não ir à COP-29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontecerá de 11 a 24 de novembro, em Baku, capital do Azerbaijão.

 

A conferência é o principal evento global para discutir as questões climáticas e ambientais do Mundo. 

 

A informação foi dada durante sua participação na 1ª Conferência de Agronegócio do Bradesco BBI, em São Paulo.

 

Mendes contou que desde 2019, quando se tornou governador no Estado, participou de todos os encontros. De lá para cá, disse, viu poucas medidas serem efetivas na preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas.

 

“Nesses anos eu vi muito pouco resultado e estou me negando a ir nessa COP-29. Eu fiz um levantamento e, desde o Rio 92, em que aconteceu a COP-1, houve muitos enunciados, como o Acordo de Paris, Protocolo de Kyoto, e tantas outras definições foram tomadas e poucos avanços efetivamente aconteceram ao longo desse período diante de algo tão grave [mudanças climáticas]”, afirmou. 

 

Segundo Mendes, o Mundo precisa de medidas mais enérgicas para conter o avanço do aquecimento global.

 

“No início tinham muitas pessoas que duvidavam se esse negócio [aquecimento global] é para valer ou se é mais uma daquelas teorias conspiratórias que insurgem e não se efetivam. Hoje toda a corrente científica e todos nós não temos mais dúvida de que existe um processo de aquecimento”, disse.

 

“Em Mato Grosso não faz mais 30C°. Nós estamos a 42C° ou 43C°, e tem cidades que registram 45C°. Olha, a condição absolutamente diferenciada! Isso traz um risco muito grande ao agronegócio”, disse.

 

Cobrança ao exterior

 

Mendes apontou, sem especificar, que potências mundiais têm feito cobranças excessivas para que o Brasil atue com maior rigor contra o desmatamento dos biomas, mas descumprem metas quanto à redução da emissão de carbono, por exemplo.  

 

“Nós, brasileiros, temos a nossa consciência ambiental. Queremos preservar, mas o Mundo precisa fazer a sua parte. Cadê a redução das emissões da queima de combustíveis fósseis e principalmente do carvão? Nós últimos anos eles não cumpriram a meta e até aumentaram, em alguns países, a queima do carvão, que é um dos grandes ofensores nessas emissões”, disse.

 

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Fonte: Mídianews

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