POLÍTICA

Neri Geller nega rumores de pedido de exoneração e desmente especulações

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compra de arroz

BRENDA  GLOSS /FOLHA MAX

O agora ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, negou que tenha favorecido seu ex-assessor parlamentar e sócio de Marcello Geller, filho dele, no leilão de arroz que foi anulado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta semana. Além disso, em entrevista à BandNews, nesta quarta-feira (12), o ex-deputado federal demonstrou que a relação com o ministro Carlos Fávaro não é das melhores dentro da Pasta. 

“Volto a frisar, o Robson estava no meu gabinete até quatro anos atrás, não posso tolir ele de tocar a vida dele, não tenho grau de parentesco com ele. Ele está exercendo a corretagem no mercado desde o ano passado. Ele passou de 10, 25 leilões no ano passado. Aqueles valiam e não valem mais? Conversei com ele e fiquei chateado porque tenho uma história de 30 anos de trabalho no setor agropecuário. Isso não será jogado no lixo”, declarou. 

Geller teve sua demissão assinada e oficializada pelo ministro Rui Costa, da Casa Civil, hoje e ocorre após o ‘escândalo do arroz’, envolvendo processo de anulação do leilão de arroz, que na semana passada, visando conter uma eventual alta de preços ou desabastecimento do item, o governo federal promoveu a compra de 263 mil toneladas do alimento em um leilão promovido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). 

Ele afirmou que não será usado de ‘boi piranha’ ou ‘bode expiatório’ por ninguém e cobrou investigações da Polícia Federal no caso. “Esse edital foi politizado e eu não vou aceitar ser usado como bode expiatório. Que a Polícia Federal e a Justiça averiguem se tem qualquer irregularidade”, disparou Neri Geller. 

O ex-secretário explicou ainda como funciona o leilão. Segundo ele, primeiro a corretora participa do representando as empresas, depois tem cinco 5 dias para apresentarem as documentações e fazerem o depósito de 5% do montante da operação para que haja a habilitação. Em seguida, caso apresente a porcentagem, haverá um prazo de 90 dias para fazer a operação, ou seja, ir no mercado externo, avisar a Conab, que fará a certificação do produto.

“Alguém faz um depósito de 5% sem ter condições de operacionalizar? Vamos dizer que não foi apresentado os 5%, automaticamente ele é desclassificado. Se apresentou os 5% tem 90 dias para fazer a operação, que é ir no mercado lá fora, avisa a Conab, que faz a certificação, o produto é importado, chega no armazém indicado pela Conad, averigua-se e só depois é feito o pagamento. Eu não sei como pode ser politizado um tema assim. Somos o maior produtor do mundo e super organizados com isso”, garantiu.  

RELAÇÕES ESTREMECIDAS – De saída, Geller ainda afirmou que possui um respeito muito grande pelo presidente Lula e aliados mais próximos como a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimeneto Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, o vice-presidente Geraldo Alckmin, mas não mencionou seu ex-chefe, Carlos Fávaro. 

“O tempo vai esclarecer, já falei que tenho um respeito grande pelo governo,, desde o começo disse que esse leilão era um equívoco, a Esplanada sabe disso, mas sigo hierarquia, não sou o culpado. Tenho uma relação extraordinária com a frente parlamentar agropecuária e o governo precisa corrigir rumos de articulações políticas, e o Lula é inteligente e perspicaz e fará isso”, alfinetou Geller. 

Por fim, disse que está feliz com sua passagem pelo ministério, afirmou ter feito muitas ações importantes, inclusive nessa reta final da elaboração do Plano Safra. Ponderou que não poderia sair ‘atirando’ contra Fávaro por questões éticas e morais, mas o aconselhou a ouvir mais sua equipe técnica e seus ‘subordinados’. 

“Saio com a cabeça erguida, com a confiança do setor e a certeza de que o presidente Lula irá continuar fazendo um bom trabalho de viabilizar quem produz. Precisamos pacificar o país para deixar no passado essas crises, precisamos gerar emprego e renda. Não posso sair atirando no Fávaro até por ética e respeito ao cargo que ele exerce, mas que a relação com o Congresso Nacional com a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) precisam melhorar isso é fato. Não vou me ater a isso de queda, não torço por isso, quero que ele dialogue mais, pacifique, confie no andar de baixo de sua equipe técnica”, recomendou. 

Fonte: Rufando o Bombo

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Lula anuncia investimentos para expansão de universidades em São Paulo

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Os investimentos em educação ajudarão o país a alcançar o objetivo de tornar o Brasil um país menos desigual, a partir da igualdade de oportunidades para os filhos de pobres e ricos do país. A afirmação foi feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste sábado (29), em São Paulo, ao anunciar investimentos em novos campi no estado.

Quase R$ 1 bilhão em recursos federais terão como destino a expansão e a consolidação de universidades e institutos federais localizados em 40 municípios de São Paulo. Lula anunciou também a criação de um hospital universitário na região sul do estado.

No evento, Lula disse que as políticas de seu governo não estão restritas aos grupos mais vulnerabilizados, ainda que tenha “carinho especial” por estes. “Nós queremos formar cidadãos porque esse país não pode ser eternamente exportador de commodities. Este país tem que ser o exportador de inteligência e conhecimento. Por isso, precisamos garantir educação de qualidade para as crianças, desde o primeiro ano do ensino fundamental ou da creche”, disse o presidente. 

Segundo ele, a possibilidade de ascensão social se dá por meio da educação. “Só ficarei sossegado quando estivermos em um país em que as crianças disputem vaga na universidade não pelo berço ou hospital em que nasceram. O Estado tem de garantir ao filho mais humilde da empregada doméstica o direito de estudar na mesma universidade do filho da patroa. Não quero tirar nada de ninguém. Quero apenas igualdade de oportunidade. E que toda criança e adolescente tenham mais oportunidades do que tiveram seus pais”, acrescentou.

Lula acrescentou que, ao contrário do que muitos críticos de seu governo dizem, ele não faz um governo exclusivamente voltado aos pobres. “Eu quero governar o país para os empresários. Eu quero que os empresários ganhem dinheiro, porque ganhando dinheiro, geram emprego; se geram emprego, geram salário; se geram salário, geram consumo. E consumo gera mais comércio, mais emprego e mais salário. Eu quero que a economia cresça e que todo mundo cresça”, discursou o presidente.

Lula destacou que tem preocupação especial em fazer com que os investimentos sejam voltados aos pequenos empreendedores do país e que pequenos e médios empresários e comerciantes geram grande quantidade de empregos e, consequentemente, desenvolvimento para as periferias do país.

“É por isso que Fernando Haddad [ministro da Fazenda] está desenvolvendo a mais importante política de crédito já feita nesse país, voltada ao crédito. Se tiver crédito, tem desenvolvimento social. Se tiver crédito, a economia cresce. É por isso que queremos fazer política de crédito”, argumentou.

Também presente no evento, Haddad lembrou que a ampliação das unidades universitárias no interior de São Paulo é um desejo antigo do governo e das populações locais, mas que não havia espaço orçamentário para isso. “Na primeira oportunidade, o presidente pediu, a mim e ao Camilo Santana [ministro da Educação], para retomarmos esse campus que é o sonho acalentado por duas gerações de moradores da zona leste”. 

Camilo Santana disse que a volta de Lula à Presidência é também a volta da educação, enquanto prioridade de governo. “Além de recompormos orçamentos no ministério, abrimos as portas do MEC para o diálogo com os prefeitos, governadores, professores, estudantes, reitoras e reitores que não eram recebidos nos últimos anos”, disse.

Investimentos

De acordo com o Ministério da Educação, serão investidos R$ 939 milhões na expansão e consolidação de universidades e institutos federais localizados em 40 municípios paulistas. Durante a cerimônia de hoje, foram lançadas as pedras fundamentais do campus Zona Leste da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), do Hospital Universitário da Unifesp e do Campus São Paulo – Cidade Tiradentes do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).

A expectativa é de que, com a implantação do Campus Zona Leste da Unifesp, sejam criados quatro novos cursos de graduação: Arquitetura e Urbanismo; Administração Pública; Engenharia Civil e Engenharia Ambiental e Sanitária, que podem beneficiar até 2.760 novos estudantes. Além disso, outros 240 alunos correspondentes às vagas vigentes nos cursos de Geografia (Bacharelado e Licenciatura) também poderão usufruir das instalações.

Segundo o MEC, o novo hospital universitário terá 32 mil metros quadrados de área construída e contará com 350 leitos. A obra terá um investimento de R$ 157 milhões do Novo PAC. Já a expansão do Instituto Federal de São Paulo (IFSP) resultará na criação de 12 novos campi. Além dos localizados em Tiradentes e Jardim Ângela, estão previstas unidades nos municípios de Osasco, Santos, Diadema, Ribeirão Preto, Sumaré, Franco da Rocha, Cotia, Carapicuíba, São Vicente e Mauá.

O governo tem como meta gerar mais 16,8 mil vagas de educação profissional e tecnológica. A previsão de investimento chega a R$ 300 milhões.

Via: Agência Brasil

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STF tem maioria para reconhecer que escola deve combater discriminação

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O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, nesta sexta-feira (28), maioria de votos para reconhecer que escolas públicas e particulares devem coibir discriminações de gênero e sexual. 

A Corte analisa a questão no julgamento virtual de uma ação protocolada em 2014 para reconhecer que a obrigação consta no Plano Nacional de Educação. No processo, o PSOL alegou que o combate à discriminação está previsto no plano, mas de forma genérica.

Até o momento, seis dos 11 ministros votaram para reconhecer que escolas públicas e privadas devem coibir discriminações por gênero, orientação sexual, além de bullying e discriminações de cunho machista e transfóbicas.

Os votos foram proferidos pelo relator, Edson Fachin, além dos ministros Dias Toffoli, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. 

No voto condutor do julgamento, Fachin concordou com o PSOL e entendeu que é preciso explicitar o reconhecimento de proteção. “Uma restrição a direitos fundamentais desta natureza não apenas deveria estar posta expressamente, senão também haveria de ser acompanhada de argumentos dotados de extraordinário peso que a justificassem”, afirmou o ministro.

O julgamento virtual do caso será encerrado às 23h59 desta sexta-feira.

Via: Agência Brasil

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“Ambições e Erros Políticos: O Fim da ‘Rapaziada da Câmara Municipal de Cuiabá’

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FIM DO QUARTETO FANTASTICO

MARCIO EÇA DA REDAÇÃO

Na efervescente dinâmica política de Cuiabá, a “rapaziada” que um dia ecoou nos corredores da câmara municipal agora se vê dispersa, cada qual trilhando caminhos próprios após as eleições de 2020 redefinirem seu destino político.

Diego Guimarães, estrategista habilidoso, manteve-se firme na arena eleitoral. Conquistou a reeleição como vereador, consolidando seu papel influente na política local. Em seguida, alçou novos voos rumo à Assembleia Legislativa, onde suas habilidades políticas continuam a ser testadas em novos contextos.

Abílio Brunini, o líder carismático da “rapaziada”, não conseguiu replicar o sucesso municipal no pleito para prefeito em 2020. Seu compromisso anterior com Wellaton para o apoio em 2022 não se materializou, revelando fissuras na antiga aliança. Contudo, Abílio ressurgiu como deputado federal, uma posição que o coloca novamente no centro das atenções políticas estaduais.

Wellaton, o jovem em ascensão, viu seus planos de liderança serem moldados por acordos políticos que nem sempre se concretizaram. Distante de Abílio, agora aspira à vice na chapa de Eduardo Botelho, um movimento estratégico que poderia redefinir sua trajetória política.

Marcelo Bussiki, conhecido pela sua capacidade de articulação, sacrificou sua reeleição segura como vereador para ser o vice de Roberto Franca. No entanto, o resultado das urnas não foi favorável, deixando Bussiki sem mandato e evidenciando os desafios de alianças políticas no cenário local.

À medida que se aproxima 2024, novos capítulos se desenham. Abílio busca mais uma vez a prefeitura, sem o apoio de antigos aliados. Enquanto isso, Bussiki busca retornar à câmara, agora na chapa de Eduardo Botelho, um movimento que poderia reacender sua influência política.

Diego Guimarães, por sua vez, enfrenta o dilema de escolher entre apoiar Abílio ou se aliar a Botelho, uma decisão que poderá moldar seu futuro político.

Assim, a “rapaziada” que um dia simbolizou a promessa de renovação e oposição na política cuiabana agora se dispersa, cada qual navegando pelas águas turbulentas da política com suas próprias estratégias e aspirações.

Como diria Gonzaguinha, na incerteza dos destinos políticos, resta a esperança de que cada um encontre seu caminho para servir à cidade que um dia prometeram transformar.

Fonte: Rufando o Bombo

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