MATO GROSSO

O Conselho Nacional de Direitos Humanos recomenda apuração contra envolvidos em agressão de defensora pública em Novo Mundo

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O Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) emitiu uma recomendação formal solicitando a apuração de irregularidades e agressões ocorridas durante a desocupação da Fazenda 5 Estrelas, em Novo Mundo, situada a 785 km ao norte da capital.

No dia 27 de maio, a defensora pública Gabriella Beck foi detida enquanto exercia suas funções, prestando atendimento a um grupo de assistidos em na região de conflito agrário.

O CNDH solicitou ao Executivo Estadual a apresentação dos documentos que fundamentaram a ordem de desocupação e a atuação da Polícia Militar. O pedido inclui a identificação da cadeia de comando responsável pela operação, detalhando quem ordenou, incentivou, tolerou ou permitiu os abusos de autoridade durante a ação.

Além disso, o CNDH enfatizou a necessidade de cumprimento da Recomendação nº 1 do Conselho Nacional de Política Criminal, que propõe o uso de câmeras corporais pelos agentes de segurança pública. A recomendação ressalta a importância da utilização dessas câmeras, não apenas nas atividades urbanas, mas também em patrulhas rurais e operações relacionadas a conflitos agrários. 

À Secretaria de Segurança Pública do Estado, foi recomendado o afastamento imediato de todos os policiais envolvidos na ação e também a instauração de um procedimento disciplinar e a apresentação de antecedentes e histórico funcional do Major comandante da operação, para verificar se ele já respondeu a processos disciplinares ou cometeu alguma falta funcional durante sua carreira.

O Conselho exige ainda que, em até 20 dias, seja apresentado um relatório detalhado sobre o cumprimento dessas medidas. Além disso, a Polícia Militar deve fornecer um cronograma para cursos de atualização focados em Direitos Humanos, Reforma Agrária e na missão constitucional da Defensoria Pública, especialmente para a equipe da Patrulha Rural envolvida no incidente. 

O Ministério Público do Estado foi orientado a promover a educação em direitos humanos entre os agentes públicos, com destaque para a atuação da Polícia Militar em situações de conflito agrário. O CNDH também sugeriu a criação de mecanismos de monitoramento e acompanhamento das medidas adotadas, com a participação ativa da sociedade civil. 

“O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) criou através da Portaria 457/2024, o Projeto de Desenvolvimento Sustentável Novo Mundo, destinando a área em questão para a Política Nacional de Reforma Agrária e que resultará no assentamento definitivo das famílias acampadas”, diz trecho da recomendação assinada pelo vice-presidente da CNDH, André Carneiro Leão.

A Defensoria Pública de Mato Grosso já adotou várias das recomendações feitas pelo CNDH. Após tomar conhecimento da situação, a instituição prestou assistência e apoio integral à defensora Gabriella Beck. Coordenadora do Núcleo de Guarantã do Norte, Gabriella foi detida enquanto atendia a comunidade após a desocupação da Fazenda 5 Estrelas, que estava sendo realizada sem uma ordem judicial.

Durante a ação, Gabriella Beck, que havia sido solicitada pelos assentados via ofício da Comissão Pastoral da Terra (CPT), foi detida e teve seu celular confiscado à força por agentes da Polícia Militar. A intervenção violenta contra a defensora ocorreu enquanto ela tentava garantir os direitos dos assentados.   

Via: Defensoria Pública MT

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Após ação da Defensoria, recém-nascido de Confresa realiza implante de marca-passo em Cuiabá

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Após ação da Defensoria Pública de Mato Grosso, R.L.M.T., um bebê nascido em Confresa (1.049 km de Cuiabá), realizou um implante de marca-passo no Hospital Santa Helena, na capital, no dia 27 de maio, com 15 dias de vida.

O pedido de tutela de urgência antecipada foi proposto pelo defensor público Nelson Gonçalves de Souza Junior, no dia 24 de maio, e deferido pelo Juízo de Primavera do Leste no mesmo dia, durante o plantão, que avaliou a urgência do caso.

“A cirurgia durou cerca de duas horas. Fiquei apreensiva na hora, mas depois fiquei bem aliviada. Deu tudo certo, graças a Deus. A recuperação dele está sendo ótima”, relatou a mãe, R.S.M., de 21 anos.

Entenda o caso – Ainda no pré-natal, o ultrassonografista constatou que o feto apresentava um bloqueio atrioventricular total congênito, com risco de arritmia e insuficiência cardíaca, e necessitava de um implante de marca-passo.

Desse modo, segundo a mãe, ela foi imediatamente internada, na sexta-feira (10 de maio), e o parto ocorreu no domingo (12), em Confresa, sem intercorrências. O bebê nasceu com 36 semanas (cerca de oito meses de gestação).

Porém, o quadro dele evoluiu para bradicardia (ritmo cardíaco irregular ou lento) e, diante da urgência do caso, foi transferido no dia seguinte (13) para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital e Maternidade São Lucas, em Primavera do Leste.

Por conta da gravidade do caso, a Defensoria solicitou à Justiça a transferência dele para uma UTI neonatal, tipo 2, com suporte para cirurgia cardíaca, em hospital público ou particular.

A ação de obrigação de fazer, com pedido de tutela de urgência antecipada, foi proposta pelo defensor público Nelson Gonçalves de Souza Junior, no dia 24 de maio, incluindo os laudos médicos e orçamentos.

“Zelar hoje pela Primeira Infância é oferecer um presente ao passado e ao futuro, um presente que muda a representação dos tempos pretéritos e amplia o horizonte do porvir”, afirmou.

O defensor solicitou ainda o imediato bloqueio de verbas públicas nas contas do Estado, no valor de R$ 200 mil, para garantir a internação do bebê e a realização do procedimento cirúrgico em hospital da rede privada, se necessário.

“Que sejam incluídos o fornecimento de todos os exames e medicamentos necessários ao tratamento, além do custeio das despesas indispensáveis e necessárias ao tratamento do requerente”, diz trecho da ação.

Durante o plantão, o atendimento prosseguiu com a atuação do defensor público Rafael Pereira Cardoso. Mais tarde, no mesmo dia (24), a tutela provisória de urgência foi deferida pela juíza plantonista Patrícia Cristiane Moreira.

Com isso, o bebê foi transferido no dia 27 de maio para o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, onde passou pelo procedimento cardíaco para implantar o marca-passo, colocado na região abdominal. Segundo a família, ele está se recuperando bem.

“Recomendo a Defensoria porque o atendimento foi excelente, maravilhoso, muito rápido! Me deixou bastante surpresa”, revelou a mãe, que já retornou para Confresa com o filho.

Via: Defensoria Pública MT

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Defensoria Pública sedia reunião do CIAMP-Rua Nacional sobre políticas públicas para a população em situação de rua

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Defensoria Pública sedia reunião do CIAMP-Rua Nacional sobre políticas públicas para a população em situação de rua

Via: Defensoria Pública MT

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Defensoria Pública debate combate à violência contra idosos

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Durante a tarde desta quarta-feira, 26, a Defensoria Pública de Mato Grosso (DPMT) participou ativamente do 3º Seminário sobre o Dia de Conscientização e Combate aos Atos de Violência Contra os Idosos, realizado no auditório da OAB.

Há seis anos envolvida nessas reuniões, a DPMT tem constantemente sugerido pautas e abordado questões cruciais para os idosos, inclusive estabelecendo redes de apoio em parceria com centros especializados, assistentes sociais e centros de saúde.

A defensora pública Elianeth Cláudia de Oliveira Nazário, que integra o Conselho Estadual de Defesa das Pessoas Idosas (CEDEDIPI), representou a Defensoria Pública no evento e destacou a participação efetiva da instituição no Conselho, promovendo políticas públicas que protejam os direitos dos idosos e garantam sua autonomia, qualidade de vida e segurança. “A participação da Defensoria no CEDEDIPI tem promovido avanços significativos na proteção dos direitos dos idosos”, afirmou Elianeth.

Isandir Rezende, presidente do CEDEDIPI, ressaltou que a maioria dos casos de violência contra os idosos ocorre dentro do ambiente familiar, com mais de 90% dos crimes cometidos em Mato Grosso acontecendo nesse contexto. Ele também enfatizou a exaustão dos cuidadores, onde frequentemente “apenas um filho assume essa responsabilidade, enquanto o trabalho deveria ser dividido entre todos os filhos”.

O secretário adjunto de Direitos Humanos, Kennedy Dias, garantiu que “toda a temática da pessoa idosa dentro do estado será vencida”, destacando que “todas as políticas públicas, mais cedo ou mais tarde, passarão pelos direitos dos idosos, e são por essas políticas que estamos lutando”.

A participação da Defensoria Pública no seminário reforça o compromisso em promover a conscientização e o combate à violência contra os idosos, além de fortalecer as redes de apoio e as políticas públicas essenciais para a proteção deste grupo vulnerável.

Via: Defensoria Pública MT

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