Política

Parlamentares bolsonaristas aumentam pressão por impeachment

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No pós-7 de Setembro, parlamentares do campo bolsonarista aumentaram, no X, o foco de pressão sobre o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Grupo de deputados e senadores pedem que Pacheco dê andamento na Casa a um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

 

“Pacheco, ouça o grito do povo nas ruas! Amanhã [nesta segunda, 9], o Brasil e o mundo estarão com a atenção voltada para o Senado Federal”, postou Magno Malta (PL-ES), na noite de domingo (8), apesar da suspensão do ex-Twitter no Brasil. “Esperamos que o presidente do Senado dê seguimento ao pedido de impeachment de Alexandre de Moraes”.

 

De um aeroporto, Eduardo Girão (Novo-CE) publicou, na tarde de domingo: “Embarcando para a capital federal e levando na bagagem o pedido de impeachment”. Segundo ele, Pacheco teria confirmado um encontro na tarde desta segunda com um “grupo de parlamentares”.

 

Mais performático, Marcos do Val (Podemos-ES) postou imagens dele, com malas, em frente ao Congresso, em protesto contra Moraes. O senador teve contas bancárias e bens bloqueados pelo ministro, em agosto, por descumprimento de ordem judicial. Na última semana, Moraes teria autorizado o desbloqueio de parte da contas “para sua subsistência”.

 

“Depois de uma longa viagem de São Paulo a Brasília, encontro-me aqui novamente, alojado no Senado Federal, pois é o único lugar que tenho disponível para morar devido às medidas inconstitucionais e ilegais impostas pelo Ministro Alexandre de Moraes”, postou em inglês.

 

Mais tarde, outra leva de fotos e uma atualização: “Brazil, you won’t believe this! (Brazil, vocês não vão acreditar nisso!). Cheguei mais cedo para ficar no plenário e simplesmente me impediram de entrar”. Nas fotos, o senador aparece deitado em um colchonete, usando um paletó como cobertor. O post tinha 4 mil likes nesta manhã.

 

Na repercussão do ato bolsonarista na avenida Paulista ganharam tração no X posts de perfis estrangeiros sobre o 7 de Setembro, especialmente a partir da conta Rebel News, canal canadense de ultradireita. Seu fundador, Ezra Levant, esteve em São Paulo, entrevistando participantes. Duas das publicações mostravam mulheres dizendo ao microfone: “I love Elon Musk” e “Elon Musk, help us, please”.

 

Posts de Musk

 

O próprio Elon Musk, dono do X, não havia publicado até esta manhã (9) nenhuma cena dos atos brasileiros. No domingo, a única menção ao Brasil foi o comentário a um post que dizia que o X continuava no topo de downloads no país, apesar da suspensão. “Nada mal, dadas as circunstâncias”, escreveu Musk.

 

Ele, que inicialmente chegou a pedir o impeachment de Moraes em seu perfil, diminuiu a atenção ao caso brasileiro ao longo da semana. No lugar, mais espaço para temas da campanha eleitoral dos EUA e para suas outras empresas, SpaceX e Starlink.

 

No domingo, o destaque no perfil de Musk era para o anúncio da “missão Marte”. “As primeiras Starships para Marte serão lançadas em dois anos, quando a próxima janela de transferência abrir”, escreveu. “Se esses pousos forem bem, os primeiros voos tripulados para Marte serão em quatro anos.”

 

Além de expoentes do campo bolsonarista, outro grupo político que continua ativo no X, apesar da sua suspensão no Brasil, é o PCO (Partido da Causa Operária). Além de menções ao 7 de Setembro, críticas ao ministro Alexandre de Moraes, ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), à esquerda e à direita, sobrou também para a rede Bluesky, alternativa ao ex-Twitter que atraiu 3 milhões de novo usuários após o bloqueio. Reproduzindo avaliação feita pela Folha, o perfil escreveu: “É muito, muito, muito ruim”.

 





Fonte: Mídianews

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