Judiciario
Pivetta aciona Júlio por calúnia e pede indenização de R$ 50 mil
O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) entrou com uma ação na Justiça contra o deputado estadual Júlio Campos (União) por acusação de crime de calúnia. Ele pede uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil.
Apesar disso, o réu, em evidente má-fé, busca ressuscitar o episódio como se este fosse verídico e estivesse pendente de resolução
Pivetta acusa Júlio de “ataque calunioso” na divulgação de um vídeo no WhatsApp sobre o caso, arquivado por falta de provas, envolvendo sua ex-companheira, em Santa Catarina, por suposta violencia doméstica.
“O conteúdo audiovisual apresenta trechos de um programa televisivo que, à época, abordou o mencionado episódio, o qual já havia foi arquivado em virtude da inexistência de elementos probatórios que corroborassem a alegada prática de agressão”, diz trecho da ação, que será julgada pela 11ª Vara Cível de Cuiabá.
“Apesar disso, o réu, em evidente má-fé, busca ressuscitar o episódio como se este fosse verídico e estivesse pendente de resolução, com o intuito claro de desmoralizar o autor perante a sociedade e induzir os espectadores a enxergá-lo como um agressor”, afirma outro trecho da ação.
“A disseminação do conteúdo em questão revela uma clara intenção de macular a reputação do autor, ocasionando-lhe danos irreparáveis à honra e à imagem pública, ao passo que se baseia em inverdades e fabrica uma narrativa maliciosa que atenta contra sua integridade moral”, diz outro trecho.
Farpas na eleição
Victor Ostetti/MidiaNews
O deputado Júlio Campos, que foi acionado judicialmente
O vídeo foi veiculado pelo deputado no segundo turno das eleições municipais em Cuiabá, após o vice-governador criticá-lo por supostamente estar apoiando o candidato Ludio Cabral (PT). Pivetta apoiou e doou recursos ao então candidato Abilio Brunini (PL), que ganhou a eleição.
“O Sr. Júlio Campos, sentindo-se confrontado politicamente pelo autor no segundo turno das eleições municipais de 2024, resolveu requentar, em grupos de whatsapp com inúmeras pessoas, um tema que a Justiça de Mato Grosso e de Santa Catarina, com aval do Ministério Público, já decidiu que nenhuma culpa teve, ou crime cometeu, autor”, diz trecho da ação.
“Portanto, a única conclusão que se extrai é que o réu, propositalmente, buscou, em revide, arranhar a imagem do autor ao trazer novamente a público, sem o dever de falar a verdade, uma acusação da qual foi o autor indubitavelmente inocentado, tentando criar estado de ânimo nos interlocutores de que o atual Vice-Governador é um criminoso que responde a processos por violência doméstica, o que não passa de uma deslavada mentira”, diz outro trecho.
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