Política
Apesar de um ano sem avanço, empresa nega atraso na obra
O gerente-geral de obras do consórcio CS Mobi, Kenon Mendes, negou haver atraso nas obras do Mercado Municipal Miguel Sutil, embora a construção não tenha avançado durante um ano.
Temos histórico de obras públicas que começam sem estrutura e não termina, mas nosso compromisso é de entregar o mercado para o final do ano que vem
A obra, prevista para custar R$ 125 milhões, foi anunciada no ano passado como uma PPP (Parceria Público Privada) e, segundo o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), seria entregue em dezembro deste ano.
Porém, após a entrega do alvará de demolição em agosto do ano passado, o consórcio levou um ano para iniciar a obra. Kenon alegou que a inatividade ocorreu porque a empresa tentava conseguir licenciamentos e concluir projetos de engenharia.
“Nesse meio tempo fizemos estudos, sondagens, projetos executivos e licenciamentos. As obras de fato não estavam acontecendo, porque estávamos fazendo estudos para que tivéssemos toda a parte legal vencida”, disse.
As obras começaram neste mês e, conforme o cronograma contratual, a CS Mobi tem três anos de prazo máximo para concluí-la. A empresa, contudo, garante que entrega a construção no ano que vem.
“O contrato prevê 36 meses de obra a partir da última licença. Temos histórico de obras públicas que começam sem estrutura e não termina, mas não é nosso compromisso, então tomamos cuidado de licenciar detalhes. O nosso compromisso é de entregar o mercado para o final do ano que vem”, acrescentou.
O projeto
O projeto prevê entre sete e oito pisos, sendo três destinados à construção de 180 estabelecimentos comerciais, e os demais para 500 vagas de estacionamento.
O espaço, conforme a CS Mobi, seria voltado para lazer, com área gourmet, tendo também escritórios de advocacia, clínicas médicas e outros empreendimentos.
Queixas
A Reportagem do MidiaNews visitou a obra em abril e encontrou um canteiro com apenas um funcionário e tudo parado.
A lentidão tem incomodado os comerciantes das redondezas, que reclamam da queda nas vendas e dizem que a obra não será entregue no prazo.
“Desde que demoliram, não vi evolução. De vez em quando vemos alguém trabalhando, mas é raro. E a gente ainda corre risco porque a rua ali na lateral é escura e sem fluxo, o que chama a atenção da criminalidade, gente que pula para usar droga”, reclamou um comerciante que preferiu não se identificar.
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