POLÍTICA

Mais de 6 mil processos foram julgados pelo Plenário Virtual do TSE em 4 anos

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Nesta quarta-feira (6), o Plenário Virtual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) completa quatro anos de funcionamento com mais de seis mil processos julgados e 187 sessões realizadas. A modalidade de julgamento, instituída em 2019, é disciplinada pela Resolução TSE nº 23.598/2019, que atende ao que está previsto na Constituição Federal, que determina a razoável duração do processo e os meios que garantam rapidez de tramitação (artigo 5º, inciso LXXVIII, da CF).  

Na época da instauração, os julgamentos por meio eletrônico já ocorriam com êxito em outros tribunais, em especial no Supremo Tribunal Federal (STF), onde o ambiente do Plenário Virtual foi adotado em 2007. Nos tribunais superiores, como o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), a inauguração da ferramenta ocorreu em 2016.

“Apesar de a dinâmica ser diferente daquela vivida no Plenário físico, com os integrantes presentes, o uso de togas e horário de início, as sessões virtuais são realizadas com a mesma emoção: com debates (escritos), juntada de votos e até mesmo a realização de sustentações orais por parte de advogados habilitados”, descreve o assessor-chefe da Assessoria do Plenário (Asplen) do TSE, João Paulo Oliveira.

Como funciona

No Plenário Virtual, o processo somente é incluído em sessão de julgamento após o relator disponibilizar no sistema a proposta da decisão, contendo ementa, relatório e voto. A partir da inserção, os ministros dispõem de prazo regimental aplicável a cada situação para concluir a análise processual.

Fora do período eleitoral, as sessões são realizadas semanalmente, tendo início às sextas-feiras e duração de cinco dias úteis. Já durante o período eleitoral, os julgamentos virtuais têm duração de sete dias corridos, podendo ainda ser designadas sessões extraordinárias, a critério da Presidência do TSE.

“Pelo fato de durar mais tempo (cinco dias úteis), os membros têm um tempo maior para refletir sobre as matérias contidas na pauta de julgamento e decidem caso a caso”, explica João Paulo.  

Por via de regra, os processos que vão a julgamento no Plenário Virtual tratam de questões que estão pacificadas pela jurisprudência do TSE. Entretanto, decisões monocráticas que concederem ou, em grau de recurso, mantiverem a concessão de tutela provisória, tanto cautelar como antecipada, devem ser submetidas à análise do Plenário.

Além disso, os ministros podem pedir destaques em relação aos processos em exame na sessão virtual, para que o assunto seja examinado em uma das sessões plenárias ordinárias da Corte, que acontecem todas as terças (a partir das 19h) e quintas-feiras (a partir das 10h).

Por fim, para fazer uma sustentação oral no Plenário Virtual, o Ministério Público Eleitoral (MPE) e advogados habilitados devem preencher o formulário de inscrição disponibilizado no Portal do TSE.

Quantitativo

Os julgamentos em sessões realizadas por meio eletrônico contribuem para que os ministros possam analisar um número maior de processos, complementando as sessões que ocorrem presencialmente. Confira, na tabela abaixo, as quantidades de sessões e julgamentos realizados no Plenário Virtual, por ano.

Ano

Quantidade de sessões

Quantidade de julgados

2019

01

34

2020

48

1.365

2021

40

1.994

2022

58

2.008

2023

40

1.317

TOTAL

187

6.718

Durante a gestão do ministro Alexandre de Moraes, foram julgados 2.455 processos somente nas sessões virtuais. Além desses números, ainda há duas sessões em curso, ainda não finalizadas, com 121 processos nas pautas para julgamento.

Eficiência e transparência jurisdicional

João Paulo Oliveira também ressalta que, embora as sessões realizadas no Plenário Virtual não sejam televisionadas ou transmitidas pelo canal do TSE no YouTube, as pessoas podem acompanhar, em tempo real, a situação dos processos em julgamento por meio do site do TSE.

“Com o advento do Plenário Virtual, em 2019, restou demonstrado o avanço tecnológico que reforça, semanalmente, o compromisso do Tribunal Superior Eleitoral com a agilidade e a transparência na prestação jurisdicional”, concluiu o assessor-chefe.

JV/EM, DM

Fonte: TSE

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CNJ investigará desembargador que negou prioridade a advogada gestante

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu neste domingo (30) uma reclamação disciplinar contra o desembargador Luiz Alberto de Vargas, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 4ª Região, sediado em Porto Alegre.

A medida foi tomada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, após o surgimento do caso envolvendo a advogada Marianne Bernardi, que está grávida de oito meses, e teve pedido de prioridade de sustentação oral negado durante uma sessão virtual realizada em 27 de junho.

A reclamação é um procedimento prévio que antecede a eventual abertura de processo disciplinar contra magistrados. Para o ministro, o procedimento é necessário para averiguar a conduta do desembargador.

“Tais questões exigem do Judiciário um olhar atento e que abomine todas as formas de discriminação ou violência, o que inclui tratamento adequado e paritário dispensado àqueles que exercem os serviços no Poder Judiciário, além daqueles que, de qualquer forma, se utilizam das suas dependências ou são usuários dos serviços prestados”, afirmou Salomão.

A seccional da Ordem do Advogados do Brasil (OAB) no Rio Grande do Sul (OAB) também acompanha o caso e deve apresentar uma denúncia contra o magistrado ao CNJ e à corregedoria da Justiça do Trabalho.

De acordo com a OAB, o Estatuto da Advocacia garante à advogada gestante o direito de ser ouvida antes de outros advogados durante as sessões de julgamentos nos tribunais de todo o Brasil.

Audiência

Marianne afirmou que ficou das 9h às 16h30 aguardando o processo ser chamado para julgamento.

Durante a sessão, ao negar o direito de preferência, o desembargador Luiz Alberto de Vargas alegou que a preferência não vale para sessões virtuais, somente para presenciais.

“É minha posição, não vou mudar. O problema está sendo criado pela doutora Marianne, não por mim. A doutora teve uma hora para conseguir outro advogado para substituí-la, já que está passando mal. Não posso fazer mais do que isso. Esse assunto já tomou muito tempo da sessão”, afirmou o magistrado.

Em seguida, a advogada argumentou que seu direito estava sendo desrespeitado pelo magistrado. Ela foi defendida por outros desembargadores, advogadas e pelo procurador do Trabalho que estavam na sessão. “Doutor, eu não estou criando nenhum problema aqui na sessão. É um direito legal sendo desrespeitado pelo senhor”, disse.

Em meio ao impasse, o magistrado chegou a dizer que não sabia se a profissional estaria realmente grávida ou não. Ao ouvir o questionamento, ela se levantou da cadeira e mostrou a barriga de gestante para a câmera.

Outro lado

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do tribunal e perguntou se o gabinete do desembargador Luiz Alberto de Vargas pretende se manifestar sobre o episódio. A reportagem aguarda retorno.

Via: Agência Brasil

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POLÍTICA

Carlos Fávaro Cita Nomes para Vice, mas Não Define Chapa de Lúdio em Lançamento de Candidatura

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PSD RACHADO

REDAÇÃO DO RUFA 

No lançamento oficial da candidatura de Lúdio Cabral como postulante à prefeitura de Cuiabá, a presença do Ministro Carlos Fávaro, do PSD, trouxe expectativas e incertezas quanto ao apoio efetivo do partido. Enquanto o evento foi marcado por discursos e especulações sobre quem seria o vice na chapa de Lúdio, Fávaro  revelou nomes , mas sem definir um como o vice na chapa de Lúdio 

Embora Fávaro tenha destacado diversos nomes internos do PSD como possíveis candidatos a vice, como a Medica Natasha, Bruna, a jornalista Rafaela( filha do Ministro), e mencionado o ex- vereador Misael Galvão, líder reconhecido do Shopping Popular, as principais lideranças do partido em Cuiabá manifestaram apoio a Eduardo Botelho, rival de Lúdio, o que pode indicar uma divisão interna significativa.

Fávaro também mencionou uma aproximação entre o deputado Max Russi, do PSB, e o grupo político do governador Mauro Mendes, que apoia Eduardo Botelho como candidato próprio à prefeitura. Essa movimentação sugere um cenário complexo de alianças e interesses políticos em jogo, onde tudo é possível conforme destacado pelo próprio ministro.

Fonte: Rufando o Bombo

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POLÍTICA

As Relações familiares e as “divergências politicas” entre os Rivas e os Fagundes

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2026 EM DEBATE

Pablo Rodrigo  A GAZETA 

Em palanques opostos nas principais cidades de Mato Grosso, a deputada estadual Janaina Riva (MDB) e o seu sogro, senador Wellington Fagundes (PL), travarão uma disputa particular com o objetivo de chegarem fortalecidos nas eleições de 2026, para seus projetos pessoais. Enquanto Fagundes visa disputar o governo do Estado, Janaina tentará uma das duas vagas ao Senado.

 

Porém, neste ano, os dois se enfrentarão partidariamente, já que o MDB e PL se enfrentarão nas principais cidades, exceto em Sinop, onde o MDB apoiará a reeleição de Roberto Dorner (PL).

 

‘Tirando Sinop, nós vamos nos enfrentar em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Primavera do Leste, Barra do Garças, Sorriso e em tantos outros municípios. Mas acredito que isso não irá prejudicar nossa relação’, disse Janaina Riva, que é casada do empresário Diógenes Fagundes, filho do senador.

 

Apesar de acreditar que a disputa não ultrapassará o palanque a disputa eleitoral, Janaina não esconde que a prioridade sempre será o seu projeto político e não do sogro.

 

‘O ideal era que nós dois chegássemos fortalecidos em 2026. Mas o Wellington sabe que entre priorizar o meu projeto e o dele, eu vou escolher o meu. Assim como ele escolherá o dele’, aponta.

 

Porém, ela acredita que nenhum dos dois buscará atrapalhar o outro, até porque, segundo ela, uma aliança pode ocorrer lá na frente. ‘Ele tem o sonho de ser governador e eu senadora. Analisando a atual conjuntura, tudo indica que estaremos em lados opostos também em 26. Mas tudo pode acontecer’, pondera.

 

No entanto, Janaina lembra, que em relação à disputa ao governo, entre os atuais nomes, ela tem preferência pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). ‘Ele sabe [Wellington] que é muito difícil eu não apoiar o Pivetta. Ele sempre me apoiou, então tenho que retribuir’, disse.

 

‘Mas se a gente conseguir chegar lá sem atrapalhar um ao outro já será uma vitória. Porque o Wellington nem tanto, mas eu sou bem incisiva e empolgada nas eleições’, analisa.

 

Janaina Riva casou com o filho de Wellington Fagundes em 2018. Nas eleições daquele ano, ela pediu licença do MDB para apoiá-lo na disputa ao governo, quando ele foi derrotado pelo governador Mauro Mendes (União). Já em 2022, os dois estiveram juntos no mesmo palanque, quando Fagundes foi reeleito senador e ela deputada estadual.

Fonte: Rufando o Bombo

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