Judiciario

Viúva rebate MPE e diz que pedido atrasa sentença contra réus

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A viúva do advogado Roberto Zampieri, Adriana Ribeiro Garcia Bernardes Zampieri, rebateu o Ministério Público Estadual (MPE) e pediu sua permanência como assistente de acusação na ação penal que investiga o assassinato do marido. Zampieri foi morto a tiros em dezembro do ano passado, em Cuiabá.

 

Superadas as ponderações sobre o que é mais importante ao processo – o seu bom e célere andamento – o pedido de destituição dessa assistente de acusação é absolutamente equivocado

O MPE requereu a destituição dela da ação sob alegação de que seu assistente de acusação “tumultua” o processo. Adriana é representada pelo advogado Giovane Santin. O pedido ainda será analisado pelo 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

 

A viúva classificou o requerimento do Ministério Público como “equivocado” e disse que o documento causa “surpresa”, uma vez que há pleitos mais “importantes” para o andamento do processo, como a apresentação das alegações finais para prolação da sentença dos acusados.

 

“Inclusive, diante da circunstância de haver réus presos e da urgência que o feito requer, desde já se postula que o pleito do Ministério Público seja postergado para apreciação por ocasião da prolação de sentença, para que não se tenha qualquer prejuízo ao bom andamento do processo com discussões acessórias”, escreveu.

 

“Superadas as ponderações sobre o que é mais importante ao processo – o seu bom e célere andamento – o pedido de destituição dessa assistente de acusação é absolutamente equivocado”, acrescentou.

 

A viúva ponderou que não há uma única manifestação, conduta ou vírgula proferida que possa ser interpretada como atentatória aos interesses do Ministério Público na ação penal.

 

Afirmou que existe apenas um único ponto divergente entre as partes referente ao pedido de restituição do aparelho celular do seu marido, do qual o MPE é contra, mas que não dizem respeito à apuração do assassinato.

 

O único objetivo desse pedido, conforme ela, é preservar a privacidade da sua família, para que os dados que não digam respeito ao homicídio sejam preservados.

 

“Assim, o que se tem é que o ponto de divergência entre o Ministério Público e a assistente de acusação não é sobre a linha acusatória ou às provas produzidas, mas apenas sobre o conteúdo excedente, para além do necessário à investigação/apuração do delito de homicídio, de modo que não há o conflito de interesses sustentado pelo Ministério Público, a justificar a destituição dessa assistente”, disse.

 

“Reafirme-se, por fim, que a família da vítima, acima de qualquer outra pessoa ou instituição, por mais que possa ser detentora do constitucional direito de acusar, almeja ver processados e condenados os responsáveis pelo covarde ato que vitimou Roberto Zampieri, de modo que não adotou e nem adotará qualquer ato que possa colocar em risco o resultado útil dessa ação penal ou de outras que eventualmente venham a ser proposta”, pontuou.

 

O crime 

 

Roberto Zampieri foi assassinado no dia 5 de dezembro de 2023 em frente de seu escritório, no bairro Bosque da Saúde, na Capital.

 

Ele havia acabado de sair do escritório e entrado em seu Fiat Toro, quando foi atingido por dez disparos de pistola.

 

Antônio Gomes da Silva, Hedilerson Fialho Martins Barbosa e o coronel reformado do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas foram denunciados e respondem a ação penal.

 

Antônio é acusado de ser o executor, enquanto Hedilerson seria o intermediário e Caçadini o financiador do crime.

 

Já o fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo foi indiciado por ser o suposto mandante do crime.

 

A suspeita é de que o crime teria sido cometido por conflito envolvendo disputa de terra.

 

Leia mais: 

 

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Fonte: Mídianews

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